O ano de 2017 vai se aproximando do fim (passou rápido, não?) e é hora de repassarmos o que de melhor aconteceu nele na cultura pop. Claro, um dos destaques absolutos foi a bombástica estreia do novo DELFOS. E já que este foi um ano de grandes novidades, eis mais uma: ao invés de publicarmos nosso especial dos melhores do ano no começo do seguinte, como costumeiramente fazíamos, decidimos colocá-lo no ar agora neste final de dezembro, para encerrar o ano com chave de ouro.
Dando a largada nos serviços, a tradicional lista dos melhores filmes. Este ano a coisa está bem variada, com uma lista eclética, com direito a animação, filme nacional, ficção científica, um terror e, claro, um orgulhoso representante dos filmes de super-heróis. Óbvio, muita coisa boa ficou de fora. Alguns desses filmes, como Homem-Aranha: De Volta ao Lar, só para ficar num exemplo, não entraram por muito pouco. Apenas mais um indicativo de que este ano foi muito bom em termos cinematográficos.
Os critérios, você bem conhece, mas não custa nada relembrar: os filmes têm de ter estreado em nossos cinemas ou em alguma outra plataforma disponível no país neste ano e o resto resume-se a puro gosto pessoal. Então, passemos ao que de melhor o cinema me ofereceu neste 2017. Mas antes, vamos ao que mais desapontou:
D&D – Decepção Delfiana: A TORRE NEGRA (The Dark Tower – EUA – 2017)
Aquela que possivelmente é a obra da vida de Stephen King. Uma série épica de livros que poderia render um monte de filmes e uma franquia pra lá de lucrativa misturando faroeste, ficção científica, terror e fantasia. Ao invés disso, tivemos um longa de 90 minutos tão insosso e sem tesão que praticamente enterra qualquer possibilidade disso acontecer. Um excelente exemplo de como a preguiça em fazer algo direito pode matar franquias em potencial.
E olha que este foi um ano excelente para Stephen King nas telas. It: A Coisa faturou os tubos, arrepiou plateias mundialmente e está inclusive nesta lista mais para frente (desculpe o spoiler!). E ainda tivemos as boas adaptações de Jogo Perigoso e 1922 no Netflix. Nesse sentido, a versão para as telonas de A Torre Negra deixou muito a desejar.
Menção Horrorosa – o pior do ano: TRANSFORMERS: O ÚLTIMO CAVALEIRO (Transformers: The Last Knight – EUA – 2017)
Eu realmente não entendo como esses filmes continuam sendo feitos. E como continuam arrecadando horrores na bilheteria. Se isso é um indicativo do que o grande público realmente gosta de assistir no cinema, a humanidade está condenada. E alguma coisa precisa ser feita em relação a Michael Bay urgentemente. O homem está conseguindo uma façanha: tornar explosões chatas e sem graça! Isso faz dele não um diretor de cinema, mas sim um criminoso.
E olha que esse ano também não faltaram sérios candidatos a pior do ano. É só lembrar que tivemos uma animação baseada em emojis! Repito: emojis! Na hora de desempatar, o critério foi simples: a animação em questão tinha menos de uma hora e meia de duração, enquanto esta incoerência de robôs alienígenas transformistas parte cinco e contando, me tirou duas horas e meia de vida. Por conta disso, ganhou o grande prêmio. A maior bomba de 2017! Sacou? Bomba, explosões, Michael Bay… Tudo está relacionado!
5 – BINGO: O REI DAS MANHÃS (idem – Brasil – 2017)
O cinema brasileiro não é aquela Brastemp, mas de vez em quando nos mostra um vislumbre de seu grande potencial. Bingo é uma história que foge dos padrões batidos de nossa filmografia. Um filme de temática pop, cuja trama está arraigada na memória afetiva de toda uma geração. Ao mesmo tempo é tecnicamente excelente e muito bem atuado. Quem dera nossos cineastas contassem mais histórias com essa pegada. Sem dúvida nossa filmografia seria muito mais variada e bem-avaliada.
4 – THOR: RAGNAROK (idem – EUA – 2017)
Jamais pensei que algum dia incluiria um filme do Thor numa de minhas listas de melhores longas. Mas, como diz o ditado: nunca diga nunca. Eis que o terceiro filme do deus do trovão surpreendeu ao dar um enorme salto de qualidade em relação aos seus antecessores. E, sobretudo, ao se assumir de vez como uma comédia de ação, ao invés de tentar se disfarçar de filme de ação com toques cômicos. Cortesia do diretor Taika Waititi, oriundo da comédia e que abraçou de vez e sem a menor vergonha esse aspecto cômico que o personagem sempre teve no cinema. Resultou no mais surpreendente e divertido de todos os filmes de super-herói a dar as caras em nossos cinemas este ano.
3 – LEGO BATMAN: O FILME (The LEGO Batman Movie – EUA/Dinamarca – 2017)
Eis aí outra surpresa. Por ter estreado tão no início do ano, quase me esqueci desta excelente animação, e da nota tão alta que conferi a ela. Ainda bem, para escrever essa matéria, fui pesquisar listas de lançamentos do cinema no ano para refrescar a memória de tudo que chegou aqui e assim não o deixei para trás. Teria sido um erro terrível.
Este não só é um dos melhores filmes do Batman já lançados no cinema, como é uma das mais carinhosas e divertidas homenagens ao personagem já feitas. Sem contar que também é uma ótima porta de entrada para apresentar o personagem às crianças. Para quem é fã do Cavaleiro das Trevas, como eu, foi uma das mais engraçadas experiências que tive no cinema no ano em questão.
2 – IT: A COISA (It – EUA – 2017)
O melhor filme de terror que vi no ano, e o que trouxe Stephen King, que andava em baixa por conta de um monte de adaptações ruins recentes de seus trabalhos, novamente aos holofotes. O filme, que adapta apenas metade de seu livro, investe forte num elenco de personagens bem trabalhados, no horror que funciona tanto quando é feito de forma prática quanto quando utiliza bem o CGI.
E, sobretudo, por escancarar a ligação desta história e do próprio Stephen King com outro fenômeno da cultura pop, Stranger Things. Ambos os trabalhos estão intimamente ligados e são bem complementares. Mas claro, It: A Coisa também se sustenta por si só. E para quem quer um ótimo filme de terror, esta foi a grande pedida do ano.
1 – BLADE RUNNER 2049 (idem – Reino Unido/EUA/Canadá – 2017)
Fazer uma sequência tardia de um dos maiores clássicos cult da ficção científica era um risco gigantesco e quase certo de manchar o bom nome de Blade Runner. Felizmente, o diretor canadense Denis Villeneuve era o nome certo para o serviço. E entregou um dos melhores sci fis de anos recentes.
Completamente digno do longa de 1982, não só utilizando seus conceitos, como ainda expandindo-os. E isso num filme com uma levada totalmente diferente do esperado para uma produção blockbuster de grande orçamento. Não é todo mundo que consegue uma coisa dessas.
E não é que Denis Villeneuve e seu A Chegada foram os meus campeões dos melhores filmes de 2016? Isso não é mera coincidência. Hum, acho que tenho um novo ídolo…
Enfim, esta foi a minha lista. Agora queremos conhecer a sua. E aí, quais os seus cinco filmes favoritos deste ano? E o que mais o decepcionou? E qual você considera como o pior lançamento de 2017? Compartilhe conosco nos comentários. E nos vemos nos cinemas em 2018!