Esse aqui eu encontrei por acaso, enquanto xeretava no site stephenking.com.br, que, como você já deve ter adivinhado, trata-se de uma página brasileira dedicada ao escritor de terror. Trata-se de um documentário produzido e exibido pela BBC, em 1999.

Como está escrito na própria matéria do site em questão, King, embora sempre faça pontas nos filmes baseados em suas obras, e costume dar palestras em universidades, não é muito de falar sobre a sua vida. Dá poucas entrevistas e há pouco material biográfico disponível a seu respeito. E quando há, é não autorizado, como esta biografia que resenhei.

Eu nunca tinha me tocado disso, mas é verdade. Até por isso, acho que mesmo antigo, vale a pena recomendar Shining in the Dark. Ainda mais agora que ele está novamente em evidência com as adaptações de A Torre Negra e It: A Coisa, nas telas de cinema.

À época do documentário, Stephen King estava acompanhando as filmagens de À Espera de um Milagre, baseado em seu romance de mesmo nome. Por isso, há várias cenas de bastidores da produção, bem como depoimentos do diretor Frank Darabont e do astro Tom Hanks sobre a importância e as qualidades do autor.

Gente como Kathy Bates (que ganhou um Oscar de melhor atriz por seu trabalho em Louca Obsessão) e Mick Garris (amigo do escriba e que dirigiu diversas adaptações de sua obra para cinema e televisão) também falam.

Delfos, Stephen King
King em cena do documentário.

Porém, o mais legal mesmo é a presença do próprio King, falando sobre sua vida pessoal. Suas origens na pobreza, acontecimentos de infância que inspirariam momentos de seus livros e a labuta até chegar ao sucesso são tratados por ele de forma franca e com bastante simplicidade.

O autor, apesar do enorme sucesso, da fama e do dinheiro, parece ser um cara bem pé-no-chão. E demonstra isso ao revisitar Durham, sua cidade-natal no estado do Maine, mostrando para os espectadores coisas como a casa onde morou na infância, sua escola e por aí vai.

Também se emociona genuinamente ao falar do pai, que abandonou a família quando ele era apenas um bebê. E ele próprio explica porque evita falar muito de si mesmo em frente às câmeras, preferindo um estilo mais low profile.

Por ter apenas 50 minutos de duração, o doc se foca mesmo nas origens do autor e em seus primeiros sucessos, indo mais ou menos até a época de Misery. Assim, não é um trabalho que traça um panorama completo sobre sua carreira, preferindo focar mesmo em seu lado humano, do qual fala sem nenhuma ressalva e sem embelezar nada.

Desta forma, para quem quiser conhecer um pouco mais de sua vida pessoal, acaba sendo uma boa pedida. É possível assisti-lo no próprio site stephenking.com.br, inclusive legendado em português por colaboradores da página em questão. Quem estiver interessado em conferir, é só clicar no link logo acima.