Dica de Documentário: Batman & Bill faz justiça ao co-criador do Homem-Morcego

E mostra que Bob Kane não era um cara muito legal.

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Quando se trata de documentários, eu tenho um gosto bem específico. Adoro docs sobre bandas e/ou músicos, mesmo que sejam de estilos que eu não conheça ou mesmo que eu nem goste de ouvir. E gosto muito de documentários sobre qualquer coisa com temática nerd.

Como este é um gênero que não costuma receber muitos exemplares em nossas telas, resolvi que toda vez que eu assistir a algum filme do estilo legal, que eu considere que valha uma menção, o recomendarei aqui no DELFOS.

Abro os trabalhos com Batman & Bill, lançado coisa de alguns meses atrás pelo Hulu (e disponível também numa rápida viagem à Argentina). Fãs do Batman já devem ter notado que antigamente, em toda HQ, série, filme, etc, vinha sempre o crédito “Batman criado por Bob Kane” e que de uns tempos para cá essa linha mudou para “Batman criado por Bob Kane com Bill Finger“.

O documentário conta justamente a história de Finger, escritor de quadrinhos que criou inúmeros elementos e personagens da mitologia do Cruzado Encapuzado (incluindo sua história de origem) e foi sacaneado na cara dura por Bob Kane, que durante décadas recebeu sozinho todo o crédito pela gênese de um dos heróis mais famosos (e rentáveis) da cultura pop.

Através da jornada de um escritor estadunidense obcecado por conseguir os devidos créditos para o já falecido Bill Finger, vamos sabendo mais sobre a história de vida até então pouco conhecida de uma das principais e mais influentes figuras da Era de Ouro das HQs.

Obviamente, fãs do Batman são o principal grupo indicado para o filme, mas a história que se desenrola em seus 93 minutos é tão boa e cheia de reviravoltas que não há como não se emocionar com este documentário, mesmo para quem nunca abriu um gibi do Batman na vida.

No fim das contas, Batman & Bill é uma história de cunho humano, sobre justiça, sobre fazer o certo e o nobre, todos conceitos muito comuns para os super-heróis, mas muitas vezes difíceis de serem aplicados justamente por quem controla esses personagens tão cheios de bons ideais.