Top 5: Filmes de 2008 (Rezek)

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Um grupo de cegos num orfanato recebe a ajuda de três super-heróis. Novo projeto da Marvel? Não, são os melhores do ano segundo o Rezek.

5 – O Orfanato (El Orfanato – Espanha – 2007)

Quando li a frase que está no pôster desse filme (“Um conto de amor, uma história de terror”) fiquei intrigado e decidi vê-lo assim que tive chance. Achei um ótimo filme, que lembra bastante Os Outros e também um filme de terror francês chamado Jogos Sinistros (cujo título original ao pé da letra seria “Jogos de Crianças”). O filme é tão bom que conseguiu manter a minha seriedade mesmo com a presença do ator que fez o Senhor Barriga do Chaves! Isso é um grande feito! Achei que fosse dar gargalhadas quando o cobrador de aluguéis aparecesse, mas o suspense da história é tão bem construído que nem notei quando vi aquele senhor velho e ainda mais gordo do que na época em que cobrava os 14 meses de aluguel atrasados do Seu Madruga. O roteiro é bom e a conclusão melhor ainda. Não entendi porque o Corrales disse que parece um terror genérico estadunidense feito na Espanha, sendo que jamais num filme americano você veria um final pessimista e nesse estilo “é a vida, mas fazer o quê?” que só os europeus têm coragem de mostrar. Sim, é triste, é assustador e é uma história de amor. Uso as palavras do Ditador Delfiano para conceder a O Orfanato, com muito orgulho, a minha marca registrada: um típico Filme-Rezek.

4 – Ensaio Sobre a Cegueira (Blindness – Canadá/ Brasil/ Japão – 2008)

Pense na seguinte idéia: o semáforo sinaliza o verde e somente um dos carros parados não se move. De dentro dele, o motorista grita “estou cego”. A partir daí, a epidemia de uma cegueira branca e inexplicável atinge toda uma população e gera o caos. Legal, né? Agora coloque essa grande história, escrita por José Saramago, nas mãos de um grande diretor como Fernando Meirelles. Acrescente Mark Ruffalo e uma atriz já indicada ao Oscar, como Julianne Moore. Tem como ser medíocre? Definitivamente não.

3 – O Incrível Hulk (The Incredible Hulk – EUA – 2008)

Todos sabem que sou um grande fã do trabalho de Edward Norton e, desde que fiquei sabendo que ele faria uma nova versão do Hulk, fiquei ansioso e também um pouco receoso. Isso porque achei que, mesmo sendo ele próprio um fanático pelo gigante esmeralda, esse reboot não daria em muita coisa, depois daquela enorme e entediante decepção que foi o Hulk de Ang Lee. Ainda bem que eu estava enganado e o Sr. Antivírus novamente foi além de minhas expectativas. O filme é muito bem-humorado, tem cenas de ação bem legais, e tem Edward Norton falando português! E o vilão ainda por cima é o Tim “Sou feio mas só faço filme bom” Roth. Do Hulk anterior, só senti falta mesmo da Jennifer Connelly, que, aliás, era a única coisa boa do filme, mas a Miss Aerosmith, Liv Tyler, também provou dar conta do recado. E olha que o recado é verde e gigantesco!

2 – Homem de Ferro (Iron Man – EUA – 2008)

A maior prova de que Homem de Ferro é um filmaço é que o assisti de um jeito extremamente desconfortável e não consegui nem piscar. Mas antes que você pense algo malicioso a meu respeito, vou esclarecer: estava a 20 mil pés de altitude, espremido na classe econômica de um vôo internacional, bem no meio da fileira, com um velhote roncando ao meu lado. Ainda por cima, a tela era daquelas de cristal líquido de sete polegadas que fica na parte de trás da poltrona da frente. Manjou agora o quadro assustador? Pois é. Ainda assim, fiquei vidrado na história do Tony Stark. Ótimo roteiro, atores muito bem escolhidos e, para completar, a presença marcante da Miss Coldplay, Gwyneth “Fico muito melhor ruiva e agora só falta o bacon” Paltrow.

1 – Batman – O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight – EUA – 2008)

Não preciso dar muitas explicações para a minha escolha do melhor do ano, tendo em vista que não é nenhuma surpresa e talvez até uma opção unânime, mas aqui vão alguns motivos: Heath “Deixei a vida para entrar na história” Ledger nos apresenta um Coringa absurdamente maluco e divertido, porém assustador, sombrio e atormentado, de forma que se ganhar um Oscar póstumo (como já se cogita por aí), não será nem um pouco injusto; o enredo está muito bem amarrado, melhor ainda do que o do Batman Begins e acho que comparar o personagem do Duas-Caras ao Venom do terceiro Homem-Aranha não faz o menor sentido! É uma provocação desnecessária de quem prefere o lançador de teias ao homem-morcego. Ademais, não concordo que este filme tenha sido superestimado. É realmente tudo o que falam! É o melhor do ano! É o Cavaleiro das Trevas!

Menção Horrorosa – o pior do ano: O Olho do Mal (The Eye – EUA – 2008)

O maior problema desse remake é que a versão original é muito boa e, ao contrário de O Chamado, este não traz nada de inovador e as soluções encontradas para trazer ao ocidente todo o misticismo do lado de lá (que costuma ser a parte mais assustadora dessas histórias orientais) não funcionam muito bem aqui. Além do mais, é tempo das pessoas da indústria cinematográfica estadunidense perceberem que esses remakes de terror asiático já deram o que tinham que dar.

D&D – Decepção Delfiana: Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull– EUA – 2008)

Até agora estou me perguntando como foi possível que este filme tenha recebido o Selo Delfiano Supremo. Não é nem de longe o melhor Indiana Jones, as piadas envolvendo a velhice de Harrison Ford não são engraçadas, o enredo não é atraente, Cate Blanchett se esforça, mas parece perdida no papel e o que diabos foi aquela conclusão para o mistério? Achei uma das piores conclusões de um blockbuster estadunidense em anos! Se bobear até Missão Marte tem um final melhor que esse! E depois o Corrales diz que não gostou do final de O Orfanato! Acho que estou em outra dimensão ou então aconteceu um paradoxo na cadeia espaço-tempo. Sim, daquelas que podem destruir todo o universo! Isso é “barra-pesada”!

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