Top 5: Melhores Filmes de 2009 (Guilherme)

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Depois de ficar um ano fora do Top 5 delfiano de filmes (provavelmente por preguiça, não me lembro do motivo), eis aqui, segundo eu mesmo, os melhores filmes de 2009. Segundo as regras, eu deveria escolher um pior e uma decepção, mas, graças aos preços faraônicos dos cinemas, escolhi muitíssimo bem o que assistiria e não vi nada que eu considerasse ruim ou decepcionante. Acho que dei sorte, sei lá.

Assim sendo, fiz, de bônus, um Top 5 dos discos que saíram neste ano. Na semana que vem os delfonautas saberão o que é que fez meus vizinhos gritarem de dor de ouvido no ano passado.

5 – Watchmen: O Filme – (Watchmen – EUA – 2009)

Admito que nunca tinha lido a história em quadrinhos de Watchmen, que, dizem os quadrinhófilos de plantão, é a melhor coisa já feita pelo homem desde o pão de fôrma. Sendo assim, fui ver o tal do filme sem nenhuma expectativa ou medo de algo não ser igual à fonte.

O que vi foi uma história bacana, bem contada e com trilha sonora excelente, tirando uma ou outra exceção. A cena do enterro com The Sound Of Silence da dupla Simon & Garfunkel, por exemplo, ficou linda. Não revolucionou minha vida e nem me fez ficar desesperado pra ler os quadrinhos (embora eu tenha feito isso mais tarde), mas valeu bastante o ingresso.

Agora, era realmente necessário mostrar o bilau azul do Dr. Manhattan em todo o seu brilho de vampiro emo? Bote um par de calças decentes, homem de Deus!

4 – Operação Valquíria – (Valkyrie – EUA – 2008)

Engraçado, mais um filme sobre a Segunda Guerra que eu gostei. O curioso é que eu sempre odeio filmes com esse tema. Enfim, desde que vi o trailer, estava curioso pra assistir a Operação Valquíria, mas acabei não tendo companhia para ir ao cinema e esperei sair em vídeo. Foi, aliás, o primeiro filme que assisti em blu-ray.

Narrativa legal, pouca enrolação, boa interpretação do Tom Cruise (por alguma razão, eu sempre gostei do jeito dele atuar), etcétera e tal. Enfim, um bom filme. Como até minha avó já sabe, a tal Operação Valquíria do título foi um plano mirabolante para assassinar Hitler. E, como principalmente minha avó sabe, já que ela já estava por aqui na época da Segunda Guerra, Hitler só morreu mais pra frente. Nesse caso, já dava para saber como o filme acabaria, mas não deixou de ser bem legal. Se pelo menos alguém tivesse a coragem de fazer um filme sobre a Segunda Guerra sem se importar com fidelidade histórica…

3 – Coraline e o Mundo Secreto – (Coraline – EUA – 2005)

Acho que todo e qualquer leitor deste site conhece algo do Neil Gaiman, né? Sendo assim, não preciso falar do cara. Acho que o trabalho dele, ao contrário das coisas nerds que normalmente são faladas aqui, tem apelo universal. Coraline, por exemplo, é uma espécie de Alice no País das Maravilhas mais moderninho e sombrio, e foi um livrinho que li bem rápido e com bastante gosto uns bons anos atrás. Fiquei ansioso para vê-lo quando soube que seria adaptado para o cinema.

A parte chata é que fui forçado a vê-lo dublado. A parte boa é que o cinema era 3D, então uma coisa compensou a outra, e a primeira eu pude resolver assim que ele saiu em DVD. Bem, acabei perdendo a segunda, e… Ah, deixa pra lá. Quanto à adaptação, achei que ficou muito legal. Como toda adaptação (que é uma palavra que já deixa isso claro), não é 100% fiel à origem, mas só xiitas reclamam disso. Basta ver as duas coisas como distintas, ué. Eu me diverti pra caramba, e é isso que vale. A outra coisa divertida foi ver a criançada chorando de medo, já que é um filminho bastante sombrio e assustador, e a parentada tava crente que era um Monstros S. A. ou coisa alegrinha parecida.

2 – Star Trek – (Star Trek – EUA – 2009)

Mais um pra eu começar com o papo de que não conheço quase nada da franquia. Todo mundo conhece o William Shatner como o Capitão Kirk, mas eu só o conheço como o lendário Denny Crane de Boston Legal, minha série favorita do mundo inteiro. Também tenho uma vaga memória de, com uns sete ou oito anos, ver um filme onde tinha um elfo espacial ou coisa parecida morrendo isolado do resto do pessoal numa nave.

Entretanto, como atualmente detesto Guerra nas Estrelas com um bocado de forças, principalmente porque os filmes novos conseguiram a façanha de estragar os velhos na minha memória, e porque sempre ouvi dizer que ou você gosta de Guerra nas Estrelas ou de Jornada nas Estrelas (tipo Beatles Vs. Rolling Stones), resolvi ver o novo da franquia. Era um reboot, então presumi que não precisava de conhecimento prévio.

Um pipocão muito do legal, é isto que este filme é. O William Shatner Jr. soube interpretar um capitão Kirk muito engraçado, efeitos especiais legais, história divertida, sem exagero de sidekicks cômicos e, principalmente, ausência da megalomania imbecil que matou a série do George Lucas. Espero que ele tenha comido o chapéu do Indiana Jones quando viu este filme e notado a oportunidade jogada fora com aquelas três porcarias.

1 – Bastardos Inglórios – (Inglorious Basterds – EUA/Alemanha – 2009)

Eu gosto de Pulp Fiction, nunca vi Cães de Aluguel e achei os dois Kill Bills bacaninhas, mas sem graça e com hype o suficiente pra não fazer a menor questão de ver mais nada do Tarantino. Fui ver o Bastardos Inglórios por pilha de amigos, e serei grato a eles por muito tempo na minha vida.

Geralmente, filmes da segunda guerra são dramas sobre judeus indefesos. Bem, com estes judeus aqui o bicho pega. Ao que parece, alguns deles aprenderam técnicas de guerra com heróis reais como Rambo, John Matrix, Jack Slater, Braddock, Ellen Ripley e Snake” Plissken e resolveram se vingar dos nazistas, os vilões mais malignos e populares da história contemporânea. Misture isso com a já tradicional violência tarantinense, com uma boa dose de nonsense, mande fidelidade histórica pras cucuias e você tem o melhor filme dos últimos tempos, sem exagero. Eu ri muito, muito mesmo, principalmente por causa da atuação impecável do Brad Pitt, e pela primeira vez na minha vida fiquei com vontade de aplaudir no final de um filme. Só faltou Big Gun do AC/DC na trilha sonora.”