Dawn of the Monsters é um dos jogos com maior distância entre promessa e realidade. Um beat’em up com temática kaiju simplesmente não tinha como dar errado. Porém, o jogo final é chato e repetitivo, como você pode verificar na minha análise de 2022. Agora ele recebe um DLC, que vem sob o título Dawn of the Monsters Arcade Edition. Pois eu joguei o DLC para que você não precise fazê-lo. Vem ver o que achei.

Análise Dawn of the Monsters: beat’em up kaiju é repetitivo e chato

DAWN OF THE MONSTERS ARCADE EDITION

O DLC Arcade Edition tem duas adições substanciais. O primeiro deles é o novo personagem, Meteor Temujin. Trata-se de um robô gigante saído diretamente dos tokusatsus clássicos, inclusive controlado por um time de cinco pessoas. E como praticamente tudo do jogo quando está no campo das ideias, eu simplesmente adoro.

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Meteor Temujin é um robô gigante que parece saído do Changeman.

Jogar com ele, no entanto, não traz tantas novidades. Mesmo carregando uma espada, seus ataques ainda são lentos e as porradas carecem de impacto. Dawn of the Monsters é um beat’em up que comete um grande pecado: dar porrada simplesmente não é gostoso.

Meteor Temujin pode ser usado livremente em todos os modos de jogo, inclusive a campanha, como ela era em 2022. Porém, este DLC traz uma nova modalidade: o tal modo arcade.

ARCADE EDITION

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Se você já jogou qualquer beat’em up arcade, sabe o que vai encontrar aqui. É uma campanha resumida, com apenas 11 fases, e limite de vidas. Você seleciona seu herói e vai jogando através delas, com a oportunidade de escolher upgrades entre as fases. Perdeu todas as vidas, é game over sem choro. Não há continues, então o único jeito de tentar de novo é jogando tudo desde o início.

É o tipo de experiência que estes jogos costumavam ter em videogames como Super Nes e Mega Drive (com exceção da ausência de continues), então não é nada realmente novo. É basicamente um Dawn of the Monsters retrô e resumido, o que pode agradar fãs do jogo.

DAWN OF THE ARCADE

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Para mim, particularmente, não sinto necessidade de um modo “sem salvar” nos meus jogos de soquinho. Na verdade, apesar de ser um veterano do gênero desde o primeiro Double Dragon, quando pego um desses jogos hoje eu faço questão que salvem entre as fases. Caso contrário simplesmente perco a vontade de jogar.

Aqui, no entanto, há uma diferença. Não só o modo arcade é opcional, como é vendido à parte. Então se você comprar este DLC, muito provavelmente já sabe de antemão que curte este tipo de experiência mais punitiva. Porém, se você não gostou do jogo quando ele saiu ano passado, definitivamente não vai ser com esse adendo que ele vai te conquistar.