E hoje temos mais um jogo de medinho. Felizmente, este é muito melhor do que Dreadout 2. Portanto, espero que você me acompanhe na análise MADiSON. Caso contrário, talvez eu precise usar os rituais de possessão que aprendi no jogo para te convencer a ler.

O TEXTO ABAIXO FOI PUBLICADO EM 9 DE AGOSTO DE 2022. FOI ATUALIZADO EM 1 DE MAIO DE 2024 POR CAUSA DO LANÇAMENTO DA VERSÃO DE PS VR 2.

ANÁLISE MADISON

MADiSON é um jogo de terror que está entre os walking simulators e os “pernas-pra-que-te-quero” estilo Outlast. Na verdade, a maior parte da campanha é assustadora, sim, mas não perigosa. Há apenas dois segmentos em que você pode morrer, e mesmo nesses casos o perigo é mais um timer do que um monstro que te persegue pelo cenário.

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Vovó estava certa.

Tirando estes dois trechos, você vai explorar uma casa assustadora, cenários alternativos, viajar no tempo e resolver muitos quebra-cabeças. Não há combate propriamente dito.

MAD-I-SON E O FILHO LOUCO

Em MADiSON, você controla um jovem que logo de cara é acusado pelo pai de ter feito coisas horríveis. O pai o trancou em um quarto, onde o jogo começa. Sem saber o que aconteceu, você vai solucionar puzzles para sair do quarto, abrir as muitas portas trancadas e descobrir o que aconteceu. E não demora para descobrir que o que aconteceu, na verdade, é que o moleque está em processo de possessão demoníaca. FML!

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MADiSON definitivamente não é um jogo único. Aqui no DELFOS mesmo já analisei algumas dezenas de jogos do tipo “casa assombrada”. Porém, trata-se de um jogo bem-feito, com puzzles elaborados e excelentes gráficos, além de ter uma história totalmente falada.

PUZZLES ELABORADOS

Na verdade, eu diria que os puzzles, para mim pessoalmente, são elaborados demais. Ele começa sossegado, mas admito que em seus últimos 30 ou 40%, estava com um guia do lado o tempo todo. Caso contrário, simplesmente não saberia para onde ir. Se precisar, usei este guia do Gamesradar.

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Eu gostava de brincar com câmeras instantâneas quando criança.

O grande gimmick do gameplay é uma câmera instantânea. Você pode fotografar qualquer coisa, mas em alguns momentos específicos, as fotos podem abrir passagens, revelar senhas ou simplesmente possibilitar avançar. Tirar as fotos em si é bem gratificante, graças ao som, à possibilidade de chacoalhar pra revelar mais rápido e ao uso dos gatilhos do Dualsense.

Os puzzles vão do básico “pegar trocinho em um lugar e usar em outro” a um ponto especialmente interessante em que você usa a câmera para viajar no tempo entre três períodos. É bem bacana, e fiquei em dúvida se nas versões da geração passada isso geraria algum tipo de loading. No PS5, tem um jogo de luzes e áudio que dura alguns segundos, mas quando para você está automaticamente no novo cenário.

ANÁLISE MADISON HALE E SEU RITUAL SATÂNICO

MADiSON é um jogo relativamente curto. Jogando com calma e tranquilidade, eu ganhei um troféu que exigia terminar a história em menos de seis horas. Há também um outro que exige um tempo menor para quem quiser brincar de speedrun. Mas o importante é que foi uma experiência interessante e assustadora.

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MADiSON consegue colocar perigo, muitas vezes inexistente em jogos de terror mais no estilo quebra-cabeças. Porém, ele não se empolga a ponto de fazer com que a campanha toda seja um jogo de gato e rato, como Outlast 2. O fato de as perseguições acontecerem em momentos pontuais deixam o jogador tenso – afinal, você não sabe quando vão acontecer. Mas depois que elas acabam, pode voltar a explorar com sossego por mais algum tempo. Períodos calmos são tão importantes em criar um clima de terror quanto a ação assustadora, e MADiSON se dá bem nisso.

Desta forma, acho difícil que MADiSON seja o jogo de terror mais marcante que você já jogou, mas certamente trará algumas horas de tensão e diversão. E isso, a meu ver, é mais do que suficiente para uma recomendação delfiana.