Vader Immortal é uma excelente experiência no universo de Star Wars

Olha, mãe! Virei um jedi!

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Vader Immortal, Delfos, VR

Vader Immortal é um dos apps de realidade virtual que mais atiçaram meu interesse. Porém, ele surgiu como um exclusivo dos sistemas Oculus. Em 2020, aconteceu o que esperava. Saiu para PS VR. Meses depois, eu finalmente tive oportunidade de jogá-lo, e venho aqui te contar tudo. Bora?

VADER IMMORTAL: UM FILME INTERATIVO

Vader Immortal não é apenas um jogo. Eu o classificaria como um filme interativo com combate. Nele, você acompanha a jornada do Darth Vader em busca do poder de conquistar a morte, como prometido por Darth Sidious no Episódio III. Você é um piloto sem nome e sem voz que pode ser a chave para isso.

Vader Immortal, Delfos, VR
Usando a força com a mão esquerda, e o sabre com a direita.

Na maior parte de seus três capítulos, você vai seguir um NPC e fazer interações simples, como puxar alavancas e abrir portas. Quando rola combate, você pode usar o sabre de luz e a força. Apesar do foco do jogo não ser no gameplay propriamente dito, a coisa funciona muito bem, e certamente o que temos aqui poderia ser expandido para um jogo de ação mais elaborado.

VADER IMMORTAL E SEUS VALORES DE PRODUÇÃO

Para ser sincero, a história de Vader Immortal não é nada muito especial. Porém, se torna excelente graças ao fato de ser em VR e especialmente graças aos seus enormes valores de produção. O roteiro, por exemplo, foi escrito por David S. Goyer, que escreveu O Cavaleiro das Trevas.

Vader Immortal, Delfos, VR
É muito especial ser enforcado pelo Darth Vader em VR.

O elenco também conta com Maya Rudolph, que dubla a droide Zo-E3. E ela faz um excelente trabalho. Admito que não sou muito fã dos filmes dessa moça, mas a droide em questão é extremamente simpática e espoleta. Ela é responsável pela personalidade e humor do jogo.

DARTH VADER DE PERTINHO

Eu sei que pelas imagens dessa matéria não parece grande coisa (o Playstation não gera imagens bacanas do gameplay de VR). Porém, o jogo é lindíssimo, um dos mais bonitos que tive o prazer de ver no PS VR. Com o headset colocado, a coisa é tão bela e elaborada quanto um Star Wars Squadrons, por exemplo. Além disso, não podemos ignorar o tremendo impacto narrativo que uma história em VR tem.

Permita-me citar uma cena do comecinho da campanha para ilustrar. Sua nave é capturada por um Star Destroyer. Um comandante do Império diz que o Lorde Vader quer falar contigo, e que não espera que você sobreviva. A porta abre. Você ouve aquela famosa respiração. O Vader aparece e caminha na sua direção. Ele chega muito perto e, graças ao VR, você tem uma noção exata da altura dele. E ele é enorme. Eu sinceramente fiquei intimidado, o que nunca aconteceria se fosse um filme de cinema. Essa é a magia do VR.

Vader Immortal, Delfos, VR
A imagem está feia, mas acredite, com o headset essa cena é muito marcante.

Em outro momento, na parte da imagem acima, você luta contra robôs ao lado do Lorde Sith em pessoa. Ele faz miséria com os robôs, destruindo vários no tempo de você vencer um. Mas mesmo assim foi um momento que vou guardar com carinho na minha memória.

Vader Immortal é dividido em três episódios, e dá para fazer todos eles em cerca de duas horas. Ou seja, é mais ou menos a duração de um filme. Uma coisa chata/curiosa é que cada episódio é um jogo separado, com troféus e saves totalmente independentes. É uma forma bem menos elegante do que o jeitão Telltale, que juntava tudo em um único programa, com cada episódio funcionando basicamente como um DLC.

VADER IMMORTAL E O MAIS PURO GAMEPLAY

Como falei antes, o foco de Vader Immortal não é no gameplay, mas na narrativa. Porém, ele tem uma base de combate muito bem construída. E, se você quiser apenas usar a força e um sabre de luz contra uns stormtroopers, ele traz essa possibilidade no Dojo.

Dojo é uma série de 40 arenas em cada episódio, totalizando 120 “fases”. Nelas, você tem todas as habilidades da campanha, e o objetivo é apenas vencer inimigos. Na verdade, tem até alguns poderes que não estão na história, como force lightning e jogar o sabre de luz.

Vader Immortal, Delfos, VR
Eu fiquei realmente surpreso quando minha mão começou a soltar raios.

O fato de ser em VR e usar movimentos reais faz com que essas arenas tragam uma imersão que simplesmente não existe em outros jogos de Star Wars. Eu pegava um droide com a força, jogava num stormtrooper enquanto arremessava meu sabre de luz em outro robô. Quando o sabre de luz voltava, cortava na metade um outro inimigo. É sem dúvida o mais próximo que eu já me senti de “ser um jedi”. É tão legal que é uma pena que a campanha não tenha mais combate.

Isso porque, no final das contas, o Dojo é apenas uma sequência de arenas. É divertido, sem dúvida, mas não segura a atenção com a mesma força que uma campanha. E conectar o PS VR dá trabalho demais só para jogar uns cinco ou dez minutos. Como um brinde à história interativa, no entanto, o Dojo é muito bem-vindo.

MAMÃE, EU SOU UM JEDI!

Eu sinceramente esperava que Vader Immortal fosse muito bom. E mesmo assim ele superou muito minhas expectativas. Talvez uma boa comparação seja com Batman: Arkham VR, que também é uma história interativa com a intenção de fazer você se sentir o Batman. E ambos estão entre minhas experiências VR preferidas.

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