Top 5: Filmes de luta

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Leia também a resenha de Rocky Balboa.

Quem diria que passados 16 anos da última luta de um tal de Rocky Balboa, ele tornaria, já velhinho, a subir num ringue para um último confronto? Isso mesmo, Rocky Balboa, a sexta parte (e provavelmente a última. Ou não…) da cinessérie aporta agora em nossos cinemas trazendo mais 12 assaltos de pugilato entre o incansável Rocky e mais algum adversário impiedoso.

Como nós aqui no DELFOS somos fãs dos filmes e do personagem vivido por Sylvester Stallone (pausa para um clássico berro: “Adriaaaaaaaannnnnn!”), achamos que só a resenha do novo filme não faria jus à série. Então eis aqui mais um Top 5. Dessa vez a temática são os filmes de luta, englobando vários estilos além do boxe, para dar uma maior diversidade e maximizar o potencial de ossos quebrados.

Critérios de escolha? Como sempre, nenhum além do gosto do escriba e da memória do mesmo. Por isso, nada de ficar bravo porque nenhum filme do mestre Bruce Lee apareceu na lista (mera questão de falta de memória e impossibilidade de reassistir aos filmes, nada mais) pois, como sempre, o espaço dos comentários aí embaixo é todo seu para deixar seus próprios cinco tremendões. Recado dado, é hora de entrar no ringue e soar o gongo.

5 – Clube da Luta (Fight Club – Alemanha/EUA – 1999)

Estilo de luta: Porrada sem nenhuma técnica.

Como é a pancadaria: Embora as lutas sejam apenas um pretexto para o filme tratar de temas mais sérios, como o lugar do homem no mundo moderno e o consumismo como definidor da personalidade de alguém, as violentas pelejas do Clube servem para os anestesiados participantes voltarem, através de pancadas, a sentirem alguma coisa, nem que seja dor.

Nível do nocaute: Pela parte da luta, é uma vitória por pontos, já que não há técnica e nem muitas regras. Apenas um monte de olhos roxos, inchaços e dentes arrancados. Pelo filme como um todo, é um nocaute fragoroso, pois sua temática é um verdadeiro soco no estômago de nossa sociedade atual. Um dos filmes mais fortes e necessários dos últimos tempos.

4 – O Tigre e o Dragão (Wo hu cang long/Crouching Tiger, Hidden Dragon – Taiwan/Hong Kong/EUA/China – 2000)

Estilo de luta: Kung Fu

Como é a pancadaria: Dois mestres em artes marciais (Chow Yun-Fat e Michelle Yeoh) buscam uma espada roubada por uma jovem rebelde filha de nobre (Zhang Ziyi, possivelmente a mulher mais bonita do mundo) e também mestre na arte de distribuir bordoadas. E tome seqüências de luta coreografadas à perfeição, verdadeiros balés marciais, onde a lei da gravidade não se aplica. E no meio disso, de bônus, ainda há uma história de amor para satisfazer aos mais românticos.

Nível do nocaute: De jogar a toalha. Esse é o filme responsável por popularizar no Ocidente o gênero de filmes de artes marciais onde as pessoas voam, tão populares no Oriente há tempos (e que inclusive inspiraram Matrix). Antes, apenas pessoas mais antenadas (como Quentin Taranntino, que homenageou o gênero em Kill Bill Vol. 1 e Vol. 2) já atentavam para a beleza de tais filmes. Depois de seu estouro (e sua consagração com quatro Oscars) ficou mais fácil para nós, humildes ocidentais, encontrarmos outras obras do mesmo calibre, como Herói e O Clã das Adagas Voadoras, por exemplo.

3 – Menina de Ouro (Million Dollar Baby – EUA – 2004)

Estilo de luta: Boxe

Como é a pancadaria: Luta de mulheres, baby! A garçonete Maggie Fitzgerald (Hilary Swank) encontra no boxe feminino uma válvula de escape para suas frustrações e uma chance de sacudir o marasmo de seu cotidiano. Com a ajuda de um treinador durão (Clint Eastwood) ela logo se revela muito talentosa, mas eis que uma tragédia acaba por interromper bruscamente sua nova carreira.

Nível do nocaute: Nocaute técnico. As cenas das lutas são bem realistas e mostram que mulheres boxeadoras têm tanta ou mais disposição que os homens. A virada na trama lá pela metade da projeção é um verdadeiro cruzado que atravessa qualquer guarda. Acima de tudo, é um filme bonito de se ver. Não por acaso, recebeu alguns merecidos Oscar.

2 – Touro Indomável (Raging Bull – EUA – 1980)

Estilo de luta: Boxe

Como é a pancadaria: Trata-se da cinebiografia do boxeador Jake La Motta, dirigida por Martin Scorsese e com Robert De Niro no papel de Jake (que lhe valeu um Oscar). La Motta foi campeão dos pesos médios, mas a mesma fúria com que aniquilava seus adversários no ringue dava as caras em sua vida pessoal, tornando-o um sujeito de temperamento instável e agressivo, o que acabou por provocar seu declínio.

Nível do nocaute: Nocaute completo. Scorsese filma com a qualidade de sempre, e num preto-e-branco muito bacana ainda por cima. As cenas de luta são muito bem coreografadas e não se estendem somente ao ringue, visto a personalidade de La Motta. E se ainda não está convencido, eu já mencionei que é um filme do Martin Scorsese?

1 – Karatê Kid – A Hora da Verdade (The Karate Kid – EUA – 1984)

Estilo de luta: Karatê, oras!

Como é a pancadaria: O jovem Daniel LaRusso (Ralph Macchio) muda-se para uma cidade nova e passa a ser hostilizado pelos boyzinhos karatecas locais, os odiosos Kobra Kai. Para sair dessa encrenca, ele conta com a ajuda do tremendaço Sr. Miyagi (Pat Morita), que lhe ensina toda a filosofia do karatê, para que ele dê o troco em seus desafetos num torneio.

Nível de nocaute: Adversário na lona em menos de um minuto de combate! Um clássico absoluto dos anos 80, e, por conseqüência, da Sessão da Tarde, que gerou mais três seqüências (a última com Hilary Swank de Menina de Ouro no lugar de Ralph Macchio) e até um desenho animado. Mas, voltando ao filme, o golpe final de Daniel-san no clímax da película já vale pelo filme todo (aliás, procurando fotos do filme na Internet para ilustrar a matéria, me surpreendi com a quantidade de imagens de anônimos imitando a mesma pose do referido golpe final). Sr. Miyagi ficaria contente com a vitória do filme aqui na primeira colocação.

Ainda de pé após todos esses rounds? Então pode erguer o cinturão e o troféu, pois você passou incólume pelos cinco filmes de luta mais legais deste nosso pequeno especial Rocky Balboa. E se quiser uma revanche, digo novamente, o espaço aí embaixo é todo seu para apresentar seus próprios lutadores. Até a próxima.

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Alfredo De la Mancha
Alfredo é um dragão nerd que sonha em mostrar para todos que dragões vermelhos também podem ser gente boa. Tentou entrar no DELFOS como colunista, mas quando tinha um de seus textos rejeitados, soltava fogo no escritório inteiro, causando grandes prejuízos. Resolveu, então, aproveitar sua aparência fofinha para se tornar o mascote oficial do site.