Layers of Fear: Inheritance

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Layers of Fear é um jogo muito bem-feito, mas que falha no aspecto medo. Isso não significa que você não deve jogá-lo. Ainda assim, é uma experiência forte e bastante caprichada.

Em dois de agosto, ele ganhou uma DLC chamada Inheritance, que traz uma narrativa mais clara. Agora você controla a filha do pintor que protagonizou o jogo principal. Ela retorna à casa da família que abrigou a tragédia que já conhecemos e, enquanto explora os cômodos, revive dolorosos flashbacks da sua relação com seu pai.

O layout da casa é o mesmo da casa principal, aquela que podemos explorar em alguns momentos de Layers of Fear nos quais não rolam alucinações. Cada cômodo que você entra, ativa um flashback, que é o que pode ser chamado de “fase”. Alguns deles são curtinhos, basicamente pequenos filminhos, enquanto outros são mais elaborados e remontam ao Layers of Fear que já conhecemos.

Curiosamente, o DLC não repete o truque que deu tão certo na aventura básica, aquilo de mudar o cenário quando você não está olhando. Aqui a exploração é mais normal, mas é claro que acontecem coisas assustadoras. Se bem que eu diria que Inheritance pega ainda mais leve no terror, focando mais no sentimento da garota que sofreu tanto nas mãos da sua família.

Talvez a coisa que mais diferencie o DLC é que, durante os flashbacks, você joga com uma criança, o que coloca a câmera bem próxima do chão, como nos filmes clássicos do Steven Spielberg. Assim, é comum você ter que olhar para cima para abrir portas ou escalar os móveis para alcançar onde você quer chegar.

Layers of Fear já era um jogo curto. É até curioso um jogo tão curto ganhar um DLC. Não surpreendente, Inheritance também é bem curtinho, durando talvez pouco mais de uma hora. Acrescenta bastante à história, no entanto, além de ser bem-sucedido em não repetir o truque utilizado na aventura principal. No final, trata-se de um belo adendo para quem gostou de Layers of Fear e quer um pouco mais daquele mundo e daquela atmosfera caprichada.

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