Dragon Quest XI S – parte 4: você ama muito MCGuffins?

Este jogo é realmente muito longo!

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Dragon Quest XI S, Switch, Delfos

McGuffin é uma técnica comum e interessante de roteiro que faz os personagens buscarem por algum objeto (pedras, espada, anel, Ciri!). Quando tem o tal do McGuffin, a história só avança de verdade quando eles encontram o dito cujo.

Para esta série de artigos sobre a Definitive Edition de Dragon Quest XI S, estou sacrificando os dedos e as horas de sono, como todo JRPG exige. Leia as outras partes ou venha comigo neste quarto capítulo!

Dragon Quest XI S – parte 4: orbs são McGuffins!

Após dezenas de horas de jogo, os personagens precisam encontrar seis orbs para acessar a árvore sagrada de Yggdrasil. Sim, seis orbs é igual a seis pedras do infinito.

Dragon Quest XI S está cheio de McGuffins, o que faz da jornada um verdadeiro zigue-zague de barata tonta. Hero tem um teletransporte (Zoom) para voltar a lugares já visitados. Isso dá aquela boa economizada de tempo, mas várias áreas novas são acessadas via barco. Sim, temos um navio, que é bem rápido. Quando você veleja, os encontros com inimigos são aleatórios.

Dragon Quest XI S, Switch, Delfos
Este ataque do Erik é um dos mais úteis do jogo.

O mundo abre na segunda metade do jogo. Na parte em que estou, a experiência está menos linear. Por isso, é possível cumprir objetivos e enfrentar chefes mais difíceis fora de ordem.

Dragon Quest XI S, Switch, Delfos
É por isto aqui que você pode esperar no jogo!

A vantagem de abrir o jogo só depois de um bom tempo é que Erdrea (nome do continente em que se passa a história) fica familiar. É muito legal revisitar lugares que conheço tão bem e descobrir o que aconteceu. Como já falei algumas vezes, não sou contra backtracking, desde que seja bem-feito.

Dragon Quest XI S, Switch, Delfos
Em várias áreas, você pode montar monstros após vencê-los e acessar lugares secretos.

As sidequests ficam mais comuns e chegam a 60 ao todo. Todas são o que você espera do gênero: fale com alguém que precisa de ajuda, derrote um inimigo ou consiga um item, volte e ganhe uma recompensa. Algumas delas liberam habilidades, skill trees e itens muito importantes – e podem ser bem chatas de fazer. As piores são as que envolvem vencer algum inimigo com algum “Pep Power” específico. Como falei no último artigo, esses estados são aleatórios, então dá um baita trabalho conseguir executá-los.

Dragon Quest XI S – parte 4: uau, este jogo é gigantesco

Delfonauta, Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition é absurdamente enorme. Quando você acha que ele está acabando, pode ter certeza que tem mais 20 horas de jogo. Pelo menos!

Não é uma experiência para quem tem pouca paciência para JRPGs ou pouco tempo disponível. Estou com mais de 50 horas de jogo e pesquisei quanto falta. Para o meu desespero, falta muita coisa!

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Lá se vai a minha ideia de terminar estes artigos ainda neste mês…

Com este jogo, percebi o quanto o Switch é vantajoso – se eu não pudesse jogar no modo portátil, provavelmente levaria o dobro de semanas para chegar aonde estou.

Outra coisa: refazer a build dos personagens e as roupinhas podem comer horas e mais horas de jogo. Se você não administrar bem seu tempo, vai empacar na Fun Size Forge, ou nas Skill Trees, sem progredir e avançar a história.

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Tipo isso. Note que o menu, nesta captura, é da versão em 2D.

Dragon Quest XI S – parte 4: e o conteúdo adicional deixou ele ainda maior!

Como você sabe, esta Definitive Edition para o Switch está cheia de conteúdo adicional. Tem um trecho novo, que dura cerca de quatro horas, em que você controla os personagens do seu time individualmente.

Gostei dessas partes, mas acho que elas deveriam ser opcionais, ou serem selecionadas à parte, uma vez que diminuem surpresas muito legais da história.

Fora isso, os desenvolvedores incluíram um carinhoso modo 2D que revisita momentos clássicos de Dragon Quest. Uma dessas partes é obrigatória, mas as outras precisam ser liberadas no decorrer do jogo.

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Para quem quer revisitar momentos clássicos do jogos anteriores, pode ser um prato cheio.

Sinceramente? É algo bem nostálgico e que terá mais apelo com quem é fã de longa data da série. Apesar do capricho, estes trechos não têm as vantagens modernas do jogo em 3D – os encontros são aleatórios, os menus são muito mais complicados e as batalhas, muito mais demoradas.

Dragon Quest XI S – parte 4: muito cuidado com spoilers

Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age tem muita reviravolta. E, para um jogo que parecia uma aventura tão leve e descompromissada, ele tem alguns momentos bastante tristes, que quase tiraram lágrimas dos meus olhos (eu disse quase).

O que posso recomendar é procurar não saber o que acontece. Mesmo conhecendo a jornada do herói de cabo a rabo, tem muitas partes emocionantes no jogo.

Ainda tenho muito jogo pela frente, mas por aqui, estamos acabando. No próximo capítulo (deseje-me boa sorte), encerro a série e faço um saldo sobre a experiência toda. Até a próxima!