Dragon Quest XI S, Switch, Delfos

Sabe Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition? Não?! Pois é, apesar do nome grande e intimidador, este importante lançamento do Nintendo Switch é um JRPG descomplicado, com um início bastante acolhedor.

Dragon Quest XI S, Switch, Delfos
Que maneira fofa de dizer como encontrar quests no jogo! E, ainda bem, são poucos pontos rosas bonitinhos no mapa – não há excesso de informações como é comum em jogos de RPG e mundo aberto.

Bem, pelo menos por enquanto! Vamos esclarecer: este não é um review de Dragon Quest XI S. Assim como fizemos com The Legend of Zelda: Breath of the Wild, o texto de hoje abre uma sequência de artigos sobre a experiência de jogar esta aventura.

Esta é uma boa forma de escrever sobre RPGs – são experiências com dezenas, às vezes centenas de horas de duração. O desenvolvedor não espera que você termine o jogo numa tacada só. Em especial, este parece ser o caso de Dragon Quest XI S.

Portanto, aqui seguem minhas primeiras trapalhadas em Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age – Definitive Edition.

Dragon Quest XI S – parte 1: Sem avatar e sem nome

Causar boas primeiras impressões é uma necessidade básica no nosso mundo e Dragon Quest XI S conseguiu este feito comigo.

As cutscenes são lindas e cuidadosamente editadas. Este é o primeiro Dragon Quest no meu currículo gamer, mas logo de cara, fica muito claro quem é do bem, quem é do mal e o que está acontecendo. Poucos JRPGs são assim.

O protagonista é a reencarnação de um herói chamado Luminary. Logo após seu nascimento, o reino onde ele mora é atacado. Sua mãe e irmã não sobrevivem, mas elas conseguem enviá-lo por um rio, num resgate que é uma referência clara a Moisés.

O Luminary é adotado e cresce numa vila, onde se afeiçoa por uma garota loira chamada Gemma. Nessa hora, meu melhor amigo e consultor pessoal de JRPGs, que chamei para conferir o jogo, fez uma piada ruim sobre claras, ou ovos. Eu o ignorei, é claro. Depois, ele disse que todo Dragon Quest sempre tem um herói que salvou o mundo. Já este comentário eu achei útil.

Dragon Quest XI S, Switch, Delfos
Ok, essa fala da Gemma pode não expressar o reconhecimento pelo modelo de mulher independente pelas quais muitas lutam hoje em dia. Mas olha esses olhos azuis!

Devo dizer, o roteiro de Dragon Quest XI S é absurdamente similar a vários jogos clássicos de The Legend of Zelda. Há semelhanças com Ocarina of Time, Skyward Sword, ou até com o próprio Breath of the Wild. Claro, todos eles são derivados da jornada do herói de Joseph Campbell. De qualquer forma, o importante neste Dragon Quest é que a história é bem executada e tem ótimos personagens.

Dragon Quest XI S – parte 1: As configurações básicas

Testei a dublagem em inglês no início, mas no quesito vozes, eu sou muito mais roots e logo optei pela versão japonesa. O exagero típico de animês dos nossos dubladores orientais, além do fato de eu não entender absolutamente nada (a não ser talvez Arigatô), dão um gostinho especial para o jogo.

Dragon Quest XI S, Switch, Delfos
Este jogo é lindo, em grande parte, graças ao mestre Akira Toriyama.

Nos gráficos, estou feliz e grato com a versão original, em 3D. Esta Definitive Edition do Switch, tem uma versão em 2D do jogo, mas ela é mais recomendada para os saudosistas.

Dragon Quest XI S, Switch, Delfos
Nesta versão para o Switch, você tem opção de jogar em 2D. É a mesma história, diálogos, combates – mas nem de longe tão bonito quanto em 3D!

Aliás, vale ressaltar que o jogo é realmente lindo como nas capturas deste texto. Ele roda bem, em 30 fps, apesar de as texturas e as folhagens carregarem enquanto você anda. Não tem a maior resolução do mundo, mas a direção de arte e a trilha sonora, maravilhosa, seguram bem. Para o modo portátil, a performance é perfeita.

No próximo texto, vou falar sobre o interessante sistema de combate, menus e outras mecânicas do jogo. Até lá!