O amigo delfonauta já ouviu falar do jogo Bodies, Bodies, Bodies? Eu também não. Deve ser coisa de estadunidense, mas aqui no Brasil a gente tem vários joguinhos parecidos. Sabe aqueles em que um jogador é sorteado para ser o assassino, e os outros têm que descobrir quem é o vilão? Pois então, está é nossa crítica crítica crítica Morte Morte Morte.

CRÍTICA MORTE MORTE MORTE

Aqui acompanhamos um grupo de jovens bonitos que marcam de passar uns dias na mansão dos pais de um deles. Eles estão sozinhos no casarão e querem apenas curtir a vida, como todos os jovens. Como a gente aqui no DELFOS já assistiu a alguns filmes, sabemos o que acontece, né? É claro que eles vão começar a morrer um a um, como em qualquer slasher que se preza. É por isso que eu faço questão de não fazer nada que me traga alegria. Muito menos com pessoas bonitas. Não quero ser assassinado, afinal de contas.

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Um monte de jovens bonitos passando uma noite sozinhos no meio do nada? O que poderia dar errado?

Também como a imensa maioria dos bons slashersMorte Morte Morte não se leva a sério. Mas o curioso é que ele meio que concentra quase todo seu humor no último ato. Em especial em uma cena em que os jovens ficam se acusando. Acontece que, como qualquer jovem de hoje, eles são woke. Então a conversa acaba ficando engraçada pela extrema empatia que eles demonstram com questões de etnia e saúde mental.

Depois disso, o humor continua, culminando em uma conclusão absurda, no bom sentido. Mas antes disso ele é um slasher mais tradicional. Mais Sexta-Feira 13 (original) do que Jason Ataca Nova York, sabe? E quando segue essa linha, não é tão legal.

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Ele é aquilo que você espera. Todo mundo desconfia de todo mundo e eventualmente aparece um presunto. A desconfiança também vai passando de um para outro de acordo com o momento do filme, levando o espectador a achar que sempre temos um culpado diferente.

O final e a revelação em si são legais, mas tudo que vem antes da conversa SJW supracitada é bem genérico. Dessa forma, o filme não empolga e deixa até um tanto entediado durante dois terços de sua curta duração.

Também me incomodou muito a constante citação e desconfiança de um personagem chamado Max. Eu fiquei o tempo todo pensando “Quem é Max?” e só conseguindo me lembrar de dois homens no filme inteiro, nenhum deles depositário desta alcunha. Passei o filme inteiro pensando que era uma falha minha por não lembrar do personagem, achando que o Max era o assassino, pois sumiu quando o bicho começou a pegar. No final das contas, o Max literalmente não tinha aparecido mesmo no filme, e dá as caras só na última cena. Fala sério, né? Por que colocar a desconfiança num personagem que a gente nem sabe que existe? Isso não é um bom roteiro.

O PODER DE UM FINAL

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Porém, o final é uma parte especialmente poderosa em uma história. Um fim mal pensado, como o de Lost, pode frustrar tudo que veio antes, mesmo que a jornada tenha sido boa. Morte Morte Morte é o contrário. O filme não é grande coisa, mas o final é legalzinho, e daí até dá para sair do cinema um satisfeito.

Não é nada que vai mudar sua vida, longe disso, mas para ver no streaming em uma tarde chuvosa pode ser uma boa pedida.