Análise Sisters Royale: jogo de navinha a pé

O subtítulo do jogo é Five Sisters Under Fire!

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Análise Sisters Royale, Delfos, Sisters Royale, Alfa System, Navinha, Bullet Hell

É hora do regozijo dos fãs de jogos de navinha. Esta análise Sisters Royale: Five Sisters Under Fire trata do primeiro jogo do gênero desenvolvido pela queridona Alfa System desde Castle Of Shikigami III, de 2007. A boa notícia é que ele traz tudo que você espera do gênero, uma diversão arcade rápida, colorida e sem compromissos. A má? Bom, ele simplesmente não tem muita sustância.

ANÁLISE SISTERS ROYALE

A história é bem bobinha e engraçadinha. Tem um vilão chamado Seytan, e uma profecia que diz que cinco meninas superpoderosas vão se juntar para vencê-lo. Estas irmãs existem, mas elas se odeiam e não estão nem aí para a população. Daí, anos depois, elas se reencontram e o povo se regozija todo, achando que elas finalmente vencerão o Seytan. Porém, o objetivo do encontro delas não é cívico, mas simplesmente brigar por um homem.

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Você escolhe uma das irmãs e seu objetivo é vencer todas as outras, e sua própria consciência. Cada irmã tem uma fase tematizada e, não interessa quem você escolha, a ordem e as fases em si são sempre as mesmas.

Porém, as personagens são absurdamente diferentes, tornando uma experiência única jogar com cada uma delas, mesmo que nas mesmas fases. Além disso, a história – contada através de textos e desenhos estáticos – muda de acordo com a heroína escolhida.

Outra coisa interessante é que, apesar de ser um jogo de navinha tradicional, as personagens não voam, mas simplesmente correm automaticamente para cima.

SISTERS OF METAL

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Briga de irmãs.

Todas elas têm dois tipos de ataques. Um tiro normal, e outro chamado summon, que é basicamente um especial ilimitado. Este pode envolver absorver balas inimigas e devolver ou girar espadas enormes ao seu redor. E elas têm também bombas, uma ação limitada que, além de causar uma destruição mais generalizada, deixa o jogador invencível por alguns segundos.

O jogo tem um visual típico de fliperama, com cores vivas e chamativas. Por ter scrollagem vertical, ele só usa um terço da tela. Além de isso ser um desperdício, eu fiquei realmente com medo de as molduras causarem burn-in na minha TV. Tem a possibilidade de girar a tela, e assim aproveitar melhor o espaço, mas é claro que para isso você precisa girar sua TV. Ou, mais realisticamente, o Switch, separando os controles e deixando o console na vertical.

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E mesmo assim a tela de jogo não ocupa a tela inteira.

Apesar de muito bonito, não é um visual exigente tecnicamente, mas curiosamente é bastante comum a ação ficar em câmera lenta. Sim, há centenas de balas na tela a todo momento, mas estas são simplesmente bolinhas coloridas. Na geração atual, é comum os jogos colocarem centenas de NPCs muito mais elaborados, então parece mesmo um problema técnico de Sisters Royale.

SUSTÂNCIA

Como um tradicional fliperama dos anos 90, Sisters Royale é incrivelmente curto. Em pouco mais de uma hora, eu joguei a campanha inteira três vezes, em todas as dificuldades disponíveis.

Felizmente, ele não usa sua curta duração e alta dificuldade contra o jogador. Sisters Royale é um jogo “papa-fichas”, mas felizmente você tem quantas fichas desejar. Usar um continue zera seus pontos, mas você pode jogar até o fim se desejar. Eu usei 13 continues no easy e no normal, e 23 no hard.

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De quantos continues você precisa para sobreviver a isso?

E ainda bem que é assim, pois se não fosse, acredito que não chegaria muito longe. Dá uma olhada na imagem acima. Sisters Royale é um bullet hell orgulhoso do título. Os chefes soltam tantas balas ao mesmo tempo que ficam praticamente invisíveis. Caramba, na imagem eu sequer sei onde está a minha heroína.

Apesar da curta duração, por incrível que pareça Sisters Royale sofre de repetição. Todas as fases têm um chefe intermediário que é basicamente um quadrado. Você luta contra este quadrado cinco vezes na campanha inteira, o que parece uma oportunidade perdida. O design dos personagens e inimigos é excelente, e seria legal ter mais alguns chefes bacaninhas no jogo.

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Em cerca de duas horas você consegue jogar a campanha inteira com todas as personagens. Depois disso, o replay envolve tentar terminar sem usar continues para conseguir uma posição bacana nas leaderboards.

Este é o tipo de desafio que é hardcore demais para mim. Sisters Royale é um jogo bonito e divertido, mas com uma campanha que dura de 20 a 30 minutos, talvez não seja jogo suficiente para você. Fãs da Alfa System, no entanto, se sentirão em casa.

Você pode comprar Sisters Royale na Nintendo eShop.