Planet of LanaPlanet of LanaPlanet of Lana. Uma das partes mais difíceis de escrever é começar. Às vezes eu enrolo postando no nosso Twitter. Às vezes eu me forço a começar mesmo sem estar inspirado. Daí temos parágrafos como este iniciando a análise. Vamos ver se ajudou então? Depois do intertítulo a gente descobre.

ANÁLISE PLANET OF LANA

Planet of Lana é o que se convencionou chamar de puzzle plataforma cinematográfico. É o estilo que na minha infância foi popularizado por games como Flashback (recentemente homenageado em Lunark) e Out of This World. Mais recentemente, ganhou uma nova onda graças aos títulos da Playdead, como Limbo e, especialmente para este caso, Inside.

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Mas convenhamos que esta imagem tem a maior vibe de Flashback.

Tematicamente, Planet of Lana lembra bastante Somerville. Se tanto, eu diria que Planet of Lana é um Somerville que deu certo. Embora a sensação de jogar seja mais semelhante mesmo a Inside.

DENTRO DO LIMBO DO PLANET OF LANA

Aqui você controla uma menina chamada, wait for it, Lana, que tem toda a aldeia capturada por máquinas que parecem invasores alienígenas. Sozinha, ela resolve ir atrás das máquinas na esperança de salvar sua irmã mais velha e seus colegas de aldeia. Mas ela não fica sozinha por muito tempo. Logo, a menina faz um novo e fofinho amigo: Mui.

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Ele ronrona!

É aí que Planet of Lana de fato começa. Você controla a menina diretamente, mas pode dar ordens e orientações a Mui. Essa é a pegada da maior parte dos puzzles. Com caminhos bloqueados, você precisa descobrir um jeito de conseguir passar tanto com Lana quanto com Mui.

Às vezes a coisa é simples, como ficar em um “botão” para criar uma plataforma onde o outro pode pular. Outras vezes pode ficar bem complexo. Tem um caso em específico que eu simplesmente não teria saco de resolver sozinho, e dou graças a Belzebu por existirem walkthroughs.

CASOS ESPECÍFICOS

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Se você sabe para onde olhar, esta imagem tem a solução para o puzzle mais chato do jogo.

Os quebra-cabeças em geral não são inéditos. Talvez o mais marcante disso é que, sempre que tem água, você precisa buscar por uma espécie de jangada para carregar o Mui até a outra margem. Pois é, exatamente como em The Last of Us.

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Mui, como Ellie, não sabe nadar.

Mais do que resolver os quebra-cabeças, no entanto, o que realmente me agrada nesses jogos é a parte cinematográfica. É se envolver com a história e com a ação roteirizada que acontece a todo momento. É sofrer com as dificuldades e vibrar com as alegrias que Lana e Mui compartilham.

CINEMATOGRÁFICO

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Planet of Lana tem muitos cenários como este, que arrancam “uaus”.

Planet of Lana é bem próximo do que seria um jogo da Playdead, com o diferencial de trazer mecânicas de companheirismo. Apesar de não ser coop e nem poder ser jogado dessa forma, você precisa sempre pensar de acordo com as habilidades de ambos os personagens.

O legal é que a desenvolvedora fez um excelente trabalho na criação de Mui. Este é um tipo de companheiro que precisava ser adorável. E embora ele seja basicamente uma bolinha preta, é capaz de extrair vários “óun”. O jeito que ele balança o bumbum antes de dar um pulo mais alto, por exemplo, é puro charme. Até mesmo coisas fora do gameplay contribuem para o fator adorável. Por exemplo, tem uma conquista para fazer carinho nele. E o nome da conquista é “ele ronrona”. A maioria dos jogadores vai naturalmente fazer carinho no bichinho, e imediatamente aparecer uma conquista com este nome acrescenta muito ao fator tátil do jogo, mesmo sendo apenas descritivo.

DELÍCIA CINEMATOGRÁFICA

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Temos muitos jogos atualmente que visam ser Limbolikes, mas poucos realmente merecedores desta alcunha. Planet of Lana sem dúvida faz por merecer. Ele tem uma vibe mais positiva e esperançosa do que os games da Playdead, mas consegue pegar muito do que a desenvolvedora tem de especial e colocar num game para chamar de seu.

A duração, por volta de quatro horas, me pareceu ideal para este tipo de jogo. Particularmente, fico muito mais animado de jogar uma experiência como essa e terminar em uma tarde do que ficar meses jogando algo interminável e cheio de estatísticas. Se você acha quatro horas curto demais, Planet of Lana está disponível no Gamepass, mas mesmo que não estivesse, eu recomendo a compra. É um joguinho simpático, interessante e muito agradável.