Shinsekai, Shinsekai: Into the Depths, Capcom, Switch, Delfos

Shinsekai: Into the Depths saiu no final de 2019 exclusivamente para o Apple Arcade, e ficou conhecido por ser o jogo mais tipicamente de console do serviço da maçã. Além disso, a não ser que eu esteja enganado, era o primeiro novo título da Capcom desde 2006, quando lançou Dead Rising Lost Planet.

Se não esqueci algum lançamento posterior, vão aí quase 15 anos nos quais a desenvolvedora, uma das mais criativas dos games, lançou apenas continuações, remakes e relançamentos. E isso colocou Shinsekai fortemente no meu radar. Desde então, espero o eventual lançamento dele para consoles. E isso finalmente aconteceu no final de março, quando Shinsekai: Into the Depths foi lançado de surpresa para o Switch.

SHINSEKAI: INTO THE DEPTHS

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Shinsekai: Into the Depths é um metroidvania 2D, mas embora faça parte de um gênero saturado atualmente, ele tem muita personalidade própria. Apesar de trazer fórmulas típicas do estilo, como upgrades que abrem novos caminhos, jogá-lo é uma experiência única. E, pelo menos por algumas horas, bem interessante.

Você controla um mergulhador, e isso torna seus movimentos únicos. Você anda e pula, mas de forma muito lenta. Porém, pode usar seu tanque de oxigênio para aumentar sua velocidade e se mover livremente pela água. O oxigênio funciona como sua vida, o que torna fazer isso perigoso, porém, no tempo que passei no jogo, nunca faltou O2 para mim.

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Repare na água vermelha.

O seu progresso é realmente limitado pela pressão que sua roupa aguenta. Isso é representado no jogo por uma mudança na cor da água. Onde for vermelha, você não pode ir ainda. Pelo menos até dar um upgrade no traje.

Eventualmente, você adquire um Submarino, que permite descer até áreas mais profundas, mesmo sem upgrades. Outra vantagem é explorar preso a um cabo, o que na prática fornece ar infinito, em troca de movimentação mais limitada. Porém, foi mais ou menos por aí que Shinsekai me perdeu.

E NUNCA MAIS ME ACHOU

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We all live in a yellow submarine.

Acontece que é pouco depois de pegar o submarino que Shinsekai se torna realmente aberto. No caso, a parte onde eu cheguei coloca três objetivos no mapa, todos em águas vermelhas. E eu senti que explorei todo o cenário aberto para mim, mas não consegui encontrar os upgrades necessários para progredir com a campanha. Depois de algumas horas, acabei desistindo.

A lentidão dos movimentos, até mesmo do submarino, foram vitais na minha desistência. Shinsekai não é difícil, mas ir de um ponto a outro do mapa leva muito tempo. Além disso, é bem chatinho ficar saindo e voltando do submarino a toda hora para explorar os caminhos mais estreitos. Especialmente se você não sabe para onde ir.

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Ainda que explorar com o cabo preso – ou seja, com ar infinito – seja divertido.

Foi exatamente o que me fez desistir do primeiro The Surge, com o agravante da lentidão de Shinsekai. Ou seja, eu senti que explorei tudo, mas não conseguia encontrar o caminho para progredir. E como o cenário é praticamente igual o jogo inteiro, fica bem difícil encontrar a solução assistindo a vídeos de gameplay.

Eu vejo com bons olhos Shinsekai trazer algo novo a um gênero faturado. Igualmente, o fato de ele ser a primeira criação da Capcom em quase 15 anos o torna um título interessante para qualquer fã de games. Infelizmente, não foi dessa vez que saiu algo realmente empolgante. Espero que isso não iniba a empresa de nos apresentar novas criações no futuro.