O Maravilhoso Mundo Das Notas Musicais

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Que atire a primeira pedra quem nunca sentiu prazer ao ouvir uma música de gênero diferente daquele que gosta. Imagine só falar isso diante de uma turminha true from hell! É linchamento na certa! O que essas criancinhas não entendem é que, se não fosse a pré-existência de outros gêneros, o nosso tão amado Heavy Metal seria muito diferente, quiçá nem existisse.

Mas eu não quero falar da origem deste gênero, suas influências e tal, quero simplesmente expor os motivos que me levam a crer que é perfeitamente natural gostarmos de outros gêneros musicais, alguns dos quais a plebe ignorante dá risadas quando dizemos que têm a ver com o Metal.

O que nos faz gostar de determinado gênero musical? Apenas a sonoridade, ou seja, o seu arranjo instrumental? Responder “sim” a esta pergunta me parece muito leviano. Há algo muito mais profundo e espiritual do que isso, algo que penetra na alma muito mais do que meros timbres. Creio que o principal motivo que nos leva a bater palmas para este ou aquele tipo de música seja outro, e é até bastante óbvio: o feeling, ou, como prefiro aqui chamar, a atmosfera da música.

Fala aí, quantas vezes você já não ouviu uma música não pesada cuja atmosfera era parecida com a de uma música pesada da qual você gosta, e por isso mesmo acabou lhe agradando? Isso é mais comum do que muitos imaginam. O problema é que os trues jamais admitirão isso (pelo menos enquanto ainda forem virgens).

“Ah, mas eu gosto apenas de som pesado!”, exclama o delfonauta. Tudo bem. Mas aí eu pergunto: você gosta de tudo que é pesado? Já estou até ouvindo um sonoro “não”. E por quê? Ora, porque nem tudo que é pesado tem aquela atmosfera de que você gosta. E pode ter certeza, certas atmosferas não são exclusividade de apenas um gênero musical. Algumas vezes certos gêneros são considerados distintos apenas por questões de arranjo instrumental.

Quem nunca ouviu uma Dance Music que tinha uma linha melódica similar às de Metal Melódico, por exemplo? Ou um Techno com riffs que lembravam um Thrash? E, pasmem, música brega, daquelas bem choronas, que fez você pensar em Gothic/Doom?

Poderíamos até dizer que, eventualmente, certas canções poderiam pertencer a um gênero, mas estão “disfarçadas” de outro por “culpa”, simplesmente, dos benditos arranjos instrumentais. Aliás, o que é esse tal de Sertanejo Universitário senão Pop Rock/Hard Rock sem peso e sem lindas guitarras, ou seja, “disfarçado” de música sertaneja?

É claro que a sonoridade nos atrai (e muito) para um determinado gênero musical, mas temos que concordar que, se não fosse sua atmosfera, certamente torceríamos (e torcemos) o nariz para ele.

Particularmente, eu já cheguei à conclusão de que tudo de que eu gosto tem a mesma essência. Pode não ter a mesma origem, mas a “alma” é a mesma. É diferente, mas ao mesmo tempo é igual, entenderam? Metal, Rock, New Age, Música Clássica, Folk, música Andina e Árabe, etc. Demorei um pouco a sacar, mas agora sei que tem um motivo para eu gostar de tudo isso: a atmosfera, cacilda! Quero dizer, em música clássica só me agradam aquelas músicas com atmosferas parecidas com as que eu encontro em músicas de Metal ou New Age (por exemplo) de que gosto, e por aí vai.

No fundo, tudo tem uma ligação. É como se fossem todos membros de uma mesma família. São diferentes, cada um com sua individualidade, mas todos estão ligados pelo sentimento, pelo feeling.

Para concluir, fica aí a mensagem de que não devemos ter preconceitos. A música não é para segregar, mas para divertir. Seja ao som de um doce violino, ou de uma guitarra vitaminada, a festa continua, e todos estão convidados.