Sabe o que me surpreendeu? Quando eu constatei que não tínhamos uma crítica aqui no DELFOS de Jurassic World: Reino Ameaçado. Sinceramente não lembro o que aconteceu para que nem Cyrino nem eu tenhamos feito isso. Fiquei até em dúvida se eu tinha assistido. E sabe que não tinha? Felizmente, corrigi este erro e agora estou plenamente informado para construir esta crítica Jurassic World Domínio.

CRÍTICA JURASSIC WORLD DOMÍNIO

Ainda bem que eu assisti a Reino Ameaçado antes de ir a essa cabine. Afinal, como você provavelmente já sabe, Jurassic World Domínio é uma continuação direta, de um filme que acaba na metade.

Após os dinossauros escaparem da ilha onde estavam isolados, o mundo precisa aprender a conviver com eles. Há correntes de pensamento que desejam matá-los, explorá-los ou protegê-los.

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O que você faria com essa carinha?

O casal mais bonito de Hollywood, que estrelou o filme anterior (Chris PrattBryce Dallas Howard), está morando isolado da civilização, tendo adotado aquela menina clone. Obviamente, é necessário que eles se escondam, porque a menina é valiosa e os malvadões querem estudá-la. É óbvio que ela acaba sendo raptada, e daí os dois bonitões vão atrás de recuperá-la.

CRÍTICA JURASSIC PARK DOMÍNIO

Paralelamente a isso, uma praga de gafanhotos gigantes vem destruindo plantações e desequilibrando a cadeia alimentar. Eles claramente foram geneticamente alterados, mas quem faria isso? E por quê? Cabe aos protagonistas de Jurassic Park (Sam Neill e Laura Dern) descobrirem. E como nenhuma reunião de elenco está completa sem o Jeff Goldblum, ele vai ajudá-los nessa difícil missão.

Como diz aquele ditado, todos os caminhos levam à Biosyn. Então é óbvio que os dois grupos vão se juntar em algum momento. E dessa vez o elenco original é realmente importante para a história, não é apenas um bookend como Jeff Goldblum foi em Mundo Ameaçado. E é bem legal ver os dois mundos colidindo. Até porque eu, particularmente, lembro muito mais do trio original do que da nova turma.

CRÍTICA JURASSIC PARK 6

É muito bacana que há bastante química entre o elenco antigo e o novo. Jeff Goldblum, como sempre, rouba todas as cenas em que aparece. Ele é o encarregado de apontar quão absurdo é o filme que estamos assistindo e por mais que essa piada seja repetida de jeitos diferentes várias vezes durante a projeção, ela nunca enche o saco.

Você sabe, eu sei. Cultura pop, Hollywood, heavy metal… é tudo uma baita fanfarronice, feito para divertir e alegrar. Não tem porque essas coisas se levarem tão a sério. E Jeff Goldblum está aqui para apontar justamente isso. Tipo esse filme sobre monstros geneticamente alterados para matar é ridículo, não é? E isso não é o máximo?

MONSTROS GENETICAMENTE ALTERADOS PARA MATAR

E aí entramos também em quanto Jurassic World alterou a premissa original de Jurassic Park. A história sempre foi um blockbuster pipoca, e a gente adora isso aqui no DELFOS. Originalmente, tinha uma pegada mais científica que convencia, que levou ao pré-meme “Jurassic Park could happen“.

Agora o que são animais como Tiranossauros e Velociraptores perto do Indomitus Rex? Jurassic World está tão distante de Jurassic Park quanto Resident Evil 6 estava do original. E tudo bem, essa baboseira também pode ser legal.

E este é um filme de ação absurdamente frenético e empolgante. É daquele tipo bem raro em que os heróis estão em perigo o tempo todo. Tipo, literalmente não tem fôlego aqui. Eles vão do fogo para a frigideira para o Inferno. A coisa escala tão rápido e com tanta frequência que você mal tem tempo de questionar quão absurda é a história. Ainda bem que temos o Jeff Goldblum no elenco para apontar isso sempre que necessário.

CRÍTICA JURASSIC WORLD DOMÍNIO E OS DINOSSAUROS PÁSSAROS

Uma coisa que me surpreendeu positivamente é que temos aqui alguns dinossauros com design de pássaros. Pois é, incluindo penas e bicos. Essa ideia de que os dinossauros do passado eram próximos de pássaros é algo que já circula há alguns anos, mas que ainda não era conhecido em 1993, quando saiu o primeiro filme.

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Na imagem: um dinossauro sem penas e sem bico.

Acredito que essa é a primeira vez que vejo esse design em um filme de alto orçamento, que visa fazer disso um visual realista, não cômico. Ainda que sim, cause estranhamento ver um dinossauro com penas e bico quando estamos tão acostumados com aquele visual tradicional de um T-Rex.

Mas até aí, a maior parte dos monstros aqui não são dinossauros que realmente existiram, mas criaturas tão reais quanto o Godzilla. Então estética e narrativamente faz sentido que os dois tipos coexistam.

EU GOSTEI BASTANTE DE JURASSIC WORLD DOMINION

Não arrisco dizer que é o melhor filme jurássico. Para isso, precisaria assistir de novo aos três originais. Só lembro bem mesmo do primeiro, que é um dos que mais assisti na vida, mas o dois e o três sumiram na minha memória. Porém, digo sem receio que gostei muito mais de Dominion do que de Reino Ameaçado ou Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros. E eu gostei deles também. Então se você gostou dos anteriores, é realmente fácil recomendar este, que é ainda mais divertido. Aqui, pega minha recomendação telepática e leve até o cinema. O lanterninha vai entender o que significa.

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