Silver Lining é o terceiro e último capítulo de A Cidade que Nunca Dorme, série de DLCs lançados pela tremendona Insomniac para seu igualmente tremendão Spider-Man de PS4.

SILVER LINING

A história já começa com uma tradicional viradinha de gibi. O Cabeça de Martelo, baleado ao final do capítulo anterior, não morreu. E ele está roubando vários equipamentos da Silver SableBig mistake, delfonauta! Se você jogou a história principal ou conhece a personagem dos gibis, sabe que Sable não é alguém com quem você quer se meter.

Homem-Aranha, claro, quer resolver o problema, mas ele tem óbvias discordâncias em relação às atitudes psicopatas da dona Prata. Assim, ele se mete no meio deste duelo de titãs para prender o Cabeça de Martelo ao mesmo tempo que tenta impedir a mercenária de matá-lo e comê-lo no café da manhã.

Spider-Man, Silver Lining, Delfos, Insomniac
Não! Má menina!

Além das novas missões de história e das atividades secundárias, este DLC traz três novas roupas, uma delas a do desenho Homem-Aranha no Aranhaverso. Não faz parte do DLC, mas quase na mesma data, a Insomniac também liberou de graça e para todo mundo a tão pedida roupa que o herói usou nos filmes de Sam Raimi (e que você confere na imagem acima). Desta forma, a única versão cinematográfica do herói com a qual não podemos brincar neste jogo é a do Andrew Garfield. Por que será?

NOVIDADES?

Silver Lining não traz muitas novidades. Os tipos de inimigos são os mesmos de antes, mas desta vez as lutas vêm repletas daqueles mais avançados, como o dos chicotes e o grandão da minigun. Isso, combinado às longas batalhas com alta proliferação de desafetos, torna este DLC muito mais difícil do que o jogo principal ou os capítulos anteriores.

Spider-Man, Silver Lining, Delfos, Insomniac
Mas ei, dá para lutar ao lado da Silver Sable.

Há também dois chefes, um curtinho e outro mais elaborado. O conteúdo secundário é mais do mesmo. Mais bases com ondas de inimigos (o que, convenhamos, já tinha demais no jogo principal), mais desafios da Screwball e o retorno dos colecionáveis, que não apareceram em Turf Wars.

Os colecionáveis são parecidos com os de The Heist. Ao pegar um deles, você ouve um áudio que vai contando uma história. Pegue todos e você ouvirá a origem de um personagem do gibi que a Insomniac vinha provocando com migalhas desde o lançamento do jogo, em setembro.

UM NOVO DUNGEON

O mais legal, no entanto, é que, ao contrário dos capítulos anteriores, este traz um novo dungeon. Ou seja, uma fase mais linear, com mais exploração e narrativa do que as missões “vá até o ponto X e vença os inimigos” tradicionais dos mundos abertos. A inclusão destes dungeons foi o que deixou o jogo principal tão bom, e os DLCs, em comparação, tão fracos, então foi algo bem-vindo para encerrar a história. Lado negativo? O dungeon em questão é no esgoto.

Spider-Man, Silver Lining, Delfos, Insomniac
Só porque eu costumava elogiar a Insomniac por ter feito o primeiro jogo do Aranha sem fase de esgoto.

Desde o primeiro capítulo desta série de DLCs, eu sentia que eles foram desenvolvidos por um time B da Insomniac. Esta impressão não mudou em Silver Lining. É legal que haja um dungeon por aqui, mas não espere a mesma qualidade daqueles da campanha.

Felizmente, algo que os DLCs mantiveram do jogo original foi a qualidade do roteiro e das atuações. A história que Silver Lining conclui é bem típica de gibi de super-herói, cheia de exageros e superlativos e bem contra o mal. E o humor continua afiadíssimo. Esta última parte me fez literalmente gargalhar mais de uma vez. É raro vermos um Homem-Aranha tão simpático e tão engraçado quanto o da Insomniac, e isso é algo que o jogo manteve durante toda a história.

Spider-Man, Silver Lining, Delfos, Insomniac
O Homem-Aranha esteve aqui.

CONCLUINDO A HISTÓRIA – E A RESENHA

Para resumir bem minha opinião sobre esta trilogia de DLCs, eu diria que, se ela estivesse incluída no jogo principal, teria diminuído a minha empolgação com ele.

Como um conteúdo extra – e vendido à parte – acaba acontecendo como normalmente acontece com DLCs: você paga mais caro por um conteúdo em menor quantidade e qualidade. A história é legal, mas o gameplay não acompanha a narrativa, como acontece na campanha.

Spider-Man, Silver Lining, Delfos, Insomniac
Um rostinho que só uma mãe poderia amar.

Se eu recomendo? Acredito que A Cidade que Nunca Dorme vale a pena para pessoas exatamente como eu: que desejam jogar um pouco mais deste excelente jogo, mas não têm tempo de jogar toda a história de novo. Afinal, é possível terminar as três partes do DLC jogando com calma em duas tardes. É seu caso? Então bora!

Spider-Man, Silver Lining, Delfos, Insomniac, Stan Lee
E um rostinho que todos os nerds amam.

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