Você conhece a história. Em 11 de setembro de 2001 os EUA sofreram uma série de ataques terroristas, dos quais o mais famoso foi a queda das torres do World Trade Center, atingidas por dois aviões comerciais sequestrados por terroristas. A partir daí a terra do Tio Sam entrou em guerra contra a Al Qaeda e invadiu o Afeganistão atrás de Osama Bin Laden, mentor dos ataques.

12 Heróis conta a história real de uma unidade das Forças Especiais do exército que foi a primeira a entrar em combate contra o Talibã após o 11 de setembro. E veja só, o Thor, o General Zod e o Luis fazem parte desse destacamento de 12 soldados com a missão de se juntar a uma milícia afegã e destruir a principal base de operações do Talibã no Afeganistão.

Só pela temática, você já deve ter a noção de que este é um daqueles filmes que se encaixa na categoria “God bless America” de patriotismo exacerbado e a visão dos EUA como um farol moral. E se encaixa mesmo. Embora não tenha tanta patriotada e bandeiras tremulando, há um maniqueísmo exacerbado e a ideia de que a resposta a um ataque é a retaliação sem questionar absolutamente nada.

Se o tema não é muito simpático a quem não veio dos USA, ao menos poderia ser um bom filme de guerra. Mas na verdade ele me lembrou o tempo todo um Rambo III que se leva a sério demais, querendo às vezes ser mais drama do que rajadas de fogo.

Delfos, 12 Heróis, CartazCaso priorizasse a ação, poderia ser até algo divertido e hiperbólico, mas ele quer contar uma história e aí cai nessa situação de que ela simplesmente não tem nenhum apelo ou simpatia para um não-estadunidense.

As cenas de guerra, tiroteios e explosões até são bem feitas, mas no fim das contas nem são tantas assim. E a longa duração do filme prejudica seu andamento, deixando tudo um tanto arrastado. O fato de que o ar condicionado da sala estava no ajuste “nova era glacial” também não ajudou em nada a deixar a sessão mais confortável!

Enquanto congelava em minha poltrona batendo os dentes, passei grande parte do tempo torcendo para 12 Heróis acabar logo. A história é bem padrão do heroísmo dos soldados estadunidenses lutando pela liberdade, justiça e o american way e as cenas de ação, apesar de boas, não são o suficiente para segurar o resto do filme.

Eu até gosto de filmes de guerra, mas esse aqui não deu muita liga. Fica difícil de recomendá-lo para alguém, principalmente porque deve ter coisas melhores em cartaz. Mas se você gosta de umas explosões e não se incomoda com esse discurso dos EUA como os salvadores do mundo, pode até dar uma chance, desde que não vá esperando grande coisa.