Zap! HQ: resultado de pesquisa de mercado é divulgado

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Em setembro deste ano, o Allan te contou que o parceiro do DELFOS, o Zap! HQ, estava promovendo uma pesquisa para melhorar o mercado nacional de quadrinhos.

Se você, amigo delfonauta, dedicou um pouco do seu tempo respondendo ao questionário, chegou a hora de ver os resultados!

A Zap! HQ postou as informações em forma de gráficos ou listas, nos três links abaixo. Vale lembrar que os dados não estão interpretados, apenas organizados, justamente para que cada um possa avaliar e formar sua opinião sobre o assunto. Uma ótima forma de gerar uma discussão sobre o que o consumidor pensa e como as editoras deveriam agir.

Primeira parte.
Segunda parte.
Terceira parte.

Consideremos aberta a discussão!

Avaliando gráfico a gráfico, vi que o brasileiro que lê histórias em quadrinhos traz o costume desde criança, em sua maioria cursa ensino superior, tem alergia a roteirista nacional e é pão duro. Poxa, uma revista mensal com quatro histórias de 24 páginas cada (96 páginas no total), por R$ 3,00? E estou falando de impressão, não de versão digital.

Não sou uma leitora assídua de quadrinhos. Para ser mais exata, tenho apenas duas coleções de mangás: Death Note e Cowboy Bebop. Mas tenho alguma noção do custo de impressão, divulgação e venda de um livro. Acho que R$ 3,00 não é uma quantidade que cubra o custo e dê lucro suficiente para dar continuidade ao projeto.

As grandes editoras estão passando por profundas mudanças, já que não vendem mais como antigamente. O mercado, de uma forma geral, está precisando de reciclagem urgente. Se o gosto do brasileiro se reflete de fato em suas compras, acredito que querer pagar R$ 3,00 em uma revista não colabora muito com o quadro do paciente. Pois, segundo interpretação pessoal da questão 19, aprecia-se uma revista nacional a cada oito internacionais.

De forma resumida, a venda de histórias em quadrinhos em geral não anda lá essas coisas. Se a venda de revistas nacionais já é esmagada pelas gringas, pagar tão pouco por uma obra torna o projeto praticamente inviável.

Por outro lado, um custo baixo, porém justo, pode alavancar a HQ nacional enquanto as gringas tentam recauchutar suas histórias e reorganizar seus processos de venda.

Enfim, ainda preciso pensar muito para formar uma opinião. Você pode me ajudar, mostrando o seu ponto de vista aí nos comentários. Que tal? 🙂