Star Wars Trilogy: Apprentice of the Force

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Aproveitando o lançamento da caixa de DVDs da trilogia original de Star Wars, a Ubisoft decidiu fazer algo inédito no mundo dos games: um único jogo abrangendo toda a saga de Luke Skywalker e os rebeldes contra o maligno Império Galáctico.

O jogo é dividido em três partes distintas, cada uma representando um dos episódios da trilogia. Entre as fases, você é apresentado a um pedacinho da história, contada através de fotos dos filmes com a cor meio azulada. Inclusive muitos dos diálogos (apresentados através de textos, não existem vozes no jogo) são os mesmos dos filmes, ou seja, a história do jogo é bem fiel.

Muitos dos cenários dos filmes também estão representados no jogo, como Mos Eisley, Hoth, e até mesmo o treinamento com Yoda em Dagobah. Os gráficos são muito legais, em especial os movimentos dos personagens, que chegam até a lembrar jogos como Flashback de tão legais. O som, por outro lado, está muito abafado. As músicas são as mesmas fantásticas composições de John Williams de sempre, porém não estão bem representadas nesta versão. A completa ausência de vozes também faz falta.

No decorrer da história, Luke vai aprendendo a dominar a força e vai ganhando seus poderes Jedi. Na primeira parte (o Episódio IV), Luke usa apenas uma arma laser e vai aprendendo algumas habilidades sem muita graça como correr e rolar no chão. Já no início do Episódio V no entanto, Luke começa a usar seu sabre de luz e aí a diversão aumenta substancialmente, já que os poderes Jedi também começam a dar as caras. Não são muitos e nenhuma novidade está presente em relação a outros jogos como o Jedi Academy, por exemplo. Aqui temos o pulo duplo, o Force Push, que serve para empurrar inimigos e coisas, o Force Blitz, que nos jogos anteriores se chamava Force Speed, que nada mais é do que aquele Bullet Time a la Max Payne, o Jedi Slash, que mata todo mundo na tela e o básico poder de cura.

Aliás, pode parecer que quando você adquire o poder de cura o jogo se torna mais fácil, mas é exatamente o contrário. A partir deste momento, a quantidade de inimigos aumenta exponencialmente, para obrigar você a usar a cura durante as batalhas. O grande problema é que você fica paralisado enquanto está se curando, ou seja, completamente indefeso.

O jogo é basicamente aquele side-scrolling que só é usado atualmente, e infelizmente, nos jogos de Gameboy Advance, ou seja, você vai correndo para a direita, matando carinhas e pulando buracos até chegar no final da fase, bem no estilo Mega Drive ou Super Nes (saudosistas, deliciem-se). Com freqüência, durante o seu caminho, você vai ser impedido de prosseguir e um monte de inimigos vai invadir a tela. Essa é a hora de saciar seu instinto Wolverine, sacar seu sabre de luz e dilacerar todo mundo. Algumas fases diferentes também estão no jogo, como o ataque à Estrela da Morte no Episódio IV, onde você controla a famosa X-Wing e a corrida das Speeder Bikes no Episódio VI.

Contudo o mais legal mesmo é que finalmente temos um jogo onde podemos controlar e ver os personagens principais da série. Chega de Mara Jade, Kyle Katarn, Desann e esses carinhas que só quem acompanha os games de Stars Wars conhece. Aqui você joga com Luke, mas têm aparições durante o jogo de R2-D2, Obi Wan Kenobi, Princesa Leia, Han Solo, etc. Mas o melhor é que finalmente você pode lutar contra os vilões da série, como Boba Fett e, principalmente, Darth Vader. Até o Imperador dá as caras, embora você não chegue a lutar contra ele.

Acabando o jogo, você libera uma seleção de fases bem podre, onde você só pode jogar novamente os combates com os chefes, uma fase bônus onde você tenta exterminar a maior quantidade de inimigos possível e uma desnecessária sessão de fotos, cuja única foto que vale a pena é uma da Princesa Leia de biquíni.

Se você gosta de Star Wars, sente saudades da época em que os gráficos de videogame não eram quadradões ou está cansado de jogar com um personagem tendo apenas a visão da nuca dele, não perca este jogo. É bem divertido, embora um pouco repetitivo.