Outbuddies DX é um metroidvania 2D disponível para Xbox One, Switch e PC. A ênfase aí é no “metroid”. Assim como Gato Roboto, suas influências são bem claras. Ao contrário de Gato Roboto, este dá para deixar passar sem receio.

OUTBUDDIES DX

Outbuddies DX coloca você no papel de um cientista que acaba preso em um mundo submerso. Nem arma você tem no início. Então o jeito é sair explorando para, depois de uma boa quantidade de upgrades, conseguir escapar.

O mapa é enorme, e o jogo tem um incrível apego ao não verbal. Até mesmo seu menu de opções é confuso por causa disso, pois eu não sabia quando uma opção estava ativa ou não. Boa parte da sua navegação é ajudada por ícones, mas sem conhecer o jogo, e sem palavras explicando, é difícil entender o que significam.

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O que esse ícone na parede significa?

A jogabilidade é totalmente puxada de Metroid. Logo você arranja uma arminha e uma bombinha. Você já começa com habilidade de rolar, nadar e pular de parede em parede, mas o gameplay nunca parece certo. O jogo parece ser programado para ativar as ações quando você larga o botão, não quando aperta. Isso torna até coisas banais em games, como wall jumps, mais difíceis do que deveriam ser.

As bombinhas servem para abrir paredes, mas assim como em Metroid, não há nada “avisando” quais paredes podem ser quebradas. Então você acaba bombando tudo que vê pela frente, menos o lugar certo para progredir com a história.

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As portas coloridas lembram muito Metroid.

Outra semelhança com Metroid são as portas coloridas. Cada cor necessita de uma arma específica para abrir, e é claro que você começa no meio de um monte de portas fechadas. O jogo não te diz para onde ir, e basicamente te solta em um mapa enorme pouco depois de um breve tutorial, falando “se vira agora, mermão”. Sei que tem gente que gosta desse tipo de filosofia de design, mas definitivamente não é para mim.

AUDIOVISUAL

Não ajuda o visual e as músicas deixarem a dever. Uma coisa interessante na música é que ela modifica seu arranjo de acordo com a situação. Entre em combate, por exemplo, e ela mantém a melodia, mas fica mais épica do que quando estiver apenas explorando. É um toque bacana, mas no fim das contas não disfarça o fato de que as composições simplesmente não são muito legais.

O visual até tem algum charme, com personagens cabeçudinhos e animações simpáticas. Porém, há poucas cores e detalhes, e o que parece legal a princípio se torna apenas monótono.

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Ei, brôu! Pra onde eu vou?

Outra coisa legal é que você pode ver o mapa inteiro logo de cara, mas ele é composto por retângulos. Quando você entra no retângulo, fica mais detalhado, mostrando o layout de cada sala. Isso é especialmente legal pois você pode saber de antemão onde há atalhos, e acaba servindo de guia para uma exploração que, tirando isso, é bastante aberta.

Por tudo isso, Outbuddies DX é recomendado para quem jogou Metroid no Nintendinho, pirou o cabeção, e torceu o nariz para todo o resto que foi acrescentado ao gênero depois disso. Se isso te descreve, vale a pena experimentar.