Pessoalmente, 2021 esteve entre os piores anos da minha vida. No começo do ano, eu tomei uma decisão errada relacionada ao DELFOS e ainda estou lidando com as consequências. Os problemas que surgiram disso provavelmente estarão além da minha capacidade financeira para resolver. Mais para o final do ano, eu passei uma semana internado na UTI. 2022 há de ser melhor. Como diziam os Beatles, não dá para piorar. Mas, ei, tivemos games, né?

E ESTES SÃO OS MELHORES GAMES DE 2021

Como sempre, a lista é minha e é pessoal, baseada nas minhas experiências. Isso significa que ela é totalmente objetiva e imparcial, como absolutamente tudo que publicamos no DELFOS. A lista abaixo não reflete necessariamente os jogos com as maiores notas em nossas análises, mas os que mais marcaram meu ano e se mantiveram vivos na minha memória. Eu sei, eu sei, alguns jogos tiveram notas maiores, mas este para mim foi um ano em que os blockbusters me marcaram bem mais. E vale dizer que este ano eu não tive acesso a alguns jogos que poderiam estar na lista (especialmente da Microsoft e da Square Enix), então se faltar alguma coisa, provavelmente foi por isso. Basicamente, em 2021 eu só joguei videogame a trabalho.

Mas como sempre, vamos começar nossa lista dos melhores games de 2021 com um jogo que tinha tudo para ser legal. E daí deu ruim. Vale lembrar que você pode clicar no nome do jogo para ler a nossa análise ou cobertura relacionada (quando disponível).

D&D – Decepção Delfiana: ULTRA AGE (PS4, Windows, Switch)

Análise Ultra Age: boas ideias não tornam algo bom

Ultra Age é um hack and slash com boas influências e ambições. Porém, na hora de executar não deu certo. Tem chefes demais, sérios problemas de dificuldade (começa muito fácil e depois fica difícil demais) e pouca variedade em geral. E é uma pena, porque a primeira impressão que ele causa é ótima. Mas no final das contas, acabei parando de jogar com raiva.

Menção Horrorosa – o pior do ano: MANEATER: TRUTH QUEST (PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series, Switch, PC)

Impressões Maneater Truth Quest: quando o DLC piora o jogo base

Pela primeira vez, temos um DLC nessa lista. E um DLC para um jogo legal. Porém, ao invés de expandir no que Maneater tinha de bom, ele opta por elaborar o que havia de mais pentelho. As missões de história do DLC já começam exigindo níveis absurdamente altos, e sobem consideravelmente depois das primeiras. Isso não é um DLC de história, é um DLC de grinding. E eu odeio grinding.

A experiência inesquecível do ano: THE VALE: SHADOW OF THE CROWN (Xbox One e PC)

Análise The Vale: Shadow of the Crown – videogame sem vídeo

The Vale: Shadow of the Crown não é um dos melhores do ano. Mas mesmo assim é ótimo, e é diferente de absolutamente qualquer coisa que eu já tenha jogado. É um videogame sem vídeo. Pois é, a única imagem presente no jogo é a tela título que você vê acima. De resto, são apenas bolinhas. Dá para jogar com a TV desligada se você tiver o console ligado a caixas de som independentes. É uma experiência única, que eu acho que qualquer fã de games deveria experimentar.

Menção honrosa: IT TAKES TWO (PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series, PC)

Análise It Takes Two: precisa mesmo de dois

Como eu amei It Takes Two, meu amiguinho leitor. De tudo que joguei este ano, It Takes Two é o que mais tenho vontade de jogar de novo. E é também o que terei menos possibilidade de fazê-lo. Sabe por quê? Porque ele precisa de dois. E isso para mim é um dealbreaker. Combinar horário com outra pessoa para jogarmos do início ao fim um jogo de 10 horas ou mais é praticamente impossível para um adulto. Eu mesmo não acredito que consegui fazê-lo uma vez, que dirá de duas? Mas puxa, como eu gostaria. Essa campanha é tudo que eu gosto nos videogames. Excelente audiovisual, narrativa, gameplay. Simplesmente uma delícia. Mas… precisa de dois.

OS MELHORES GAMES DE 2021

Chegou a hora. Bora escolher o que de mais bacana saiu em 2021!

5 – KENA: BRIDGE OF SPIRITS (PS4, PS5, PC)

Análise Kena Bridge of Spirits: lindeza delicinha

Ah, Kena… talvez o jogo mais impressionante do ano. Isso porque, apesar de ser um dos mais bonitos que saíram em 2021, de forma alguma é o de maior orçamento. Mas Kena é muito mais que beleza. Kena é um jogo de plataforma 3D que é simplesmente uma delicinha. É retro em seu gênero, mas moderno em seu audiovisual e gameplay. E eu amo isso. The Gunk, jogo parecido que saiu apenas para Xbox, também é muito legal, e o recomendo caso você não tenha acesso a um Playstation. Mas Kena é um tantinho melhor.

4 – METROID DREAD (Switch)

Análise Metroid Dread é muito impressionante!

Quase sempre tem um metroidvania na minha lista de melhores do ano. Mas é a primeira vez que tem um Metroid propriamente dito. Metroid Dread foi uma das experiências mais imersivas e empolgantes que eu tive esse ano. Só não está mais alto na lista porque não traz opções de dificuldade e ele fica difícil a ponto de ficar chato próximo ao final. Mas até lá… delícia!

3 – RESIDENT EVIL VILLAGE (PS4, PS5, Xbox Series, Xbox One, Stadia, PC)

Análise Resident Evil Village: uma aventura de terror

Se tem dois gêneros que eu acho que funcionam melhor em videogames do que em qualquer outra mídia, estes seriam terror e aventura. Resident Evil Village combina os dois. E combina ainda um dos visuais mais impressionantes do ano, performance técnica absurda e, claro, um gameplay muito agradável. Até da história eu gostei, e isso não é algo que costuma ser um grande destaque nos Resident Evils. Infelizmente, a campanha não se mantém em alta durante toda a sua duração – que já é relativamente curta – mas talvez Resident Evil Village traga os altos mais altos do ano.

2 – XUAN YUAN SWORD 7 (PS4, Windows, Xbox One)

Análise Xuan Yuan Sword 7: hack and slash é a maior surpresa do ano!

Essa foi a minha grande surpresa. Xuan Yuan Sword é uma série muito popular na China, mas apenas lá. Xuan Yuan Sword 7 saiu no ocidente, com uma mudança de gênero polêmica. Era um RPG em turnos, e se tornou um hack and slash. Entendo a decepção de quem gosta do primeiro, mas eu gosto muito mais do segundo. E sinto que temos muito menos hack and slashes hoje do que RPGs em turnos. Basicamente, Xuan Yuan Sword 7 me deu a experiência que eu esperava de Ultra Age, e trouxe de brinde alguns dos cenários mais belos do ano. Chega a ser incrível que o jogo consiga ser tão bonito tendo apenas versões para a geração passada.

1 – RATCHET E CLANK EM UMA OUTRA DIMENSÃO (PS5)

Análise Ratchet e Clank: Em Uma Outra Dimensão

Se você lê meus textos, deve saber que plataforma 3D é meu gênero preferido. E Ratchet e Clank é uma das melhores séries do gênero. Seu gameplay é perfeito, o jogo é altamente acessível, o roteiro é muito engraçado e, claro, foi um dos poucos lançamentos exclusivamente next-gen que saíram em 2021. Foi um dos casos em que eu ficava checando meu e-mail repetidamente esperando o código de review chegar. Quando chegou, digitei-o no PS5 com um enorme sorriso no rosto. E esse sorriso não sumiu mais até os créditos finais rolarem. Espero que o próximo Ratchet não demore tanto para sair, mas com a Insomniac ocupada fazendo games já anunciados do Homem-Aranha e do Wolverine, provavelmente não veremos outro tão cedo.

E essa foi a minha lista de melhores games de 2021.

Que faltou nela? Eu sei que ainda preciso jogar Guardiões da GaláxiaHalo InfinitePsychonauts 2 e um dia pretendo chegar neles. Mais alguma recomendação? E qual é a sua lista dos melhores games de 2021? Me conta nos comentários!