O Fim da Escuridão

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Alfredo, Alfredo de la Mancha, Delfos, Mascote, Alfred%23U00e3o, Delfianos

Mel Gibson. Eu tenho medo dele. Você não? Ora, admito que até considerava o sujeito um cara legal na época do Máquina Mortífera, mas daí veio isso. E depois isso. Resultado: hoje não consigo mais olhar para o caboclo e não ver um sujeito doido, sádico e fanático religioso. Aliás, a forma que eu vejo o ator hoje é mais ou menos assim (e ignore o espaço em branco abaixo):

E sabe o que é pior? Eu não comecei a vê-lo assim depois desse episódio do South Park. A percepção mudou imediatamente depois de ver o snuff A Paixão de Cristo e o episódio do desenho em questão apenas refletiu perfeitamente o que eu estava pensando. Mas falemos de O Fim da Escuridão, primeiro filme em que Mel Gibson atua desde Sinais.

Não que estivesse fazendo falta, considerando os últimos papéis do cara. 

Aqui ele é um policial cuja pimpolha é cruel e repentinamente assassinada. Como o psicopata pai em luto que é, ele sai investigando as causas do crime por conta própria. E logo descobre uma conspiração que vai até o governo dos EUA e da qual todo mundo, tirando ele, parece fazer parte.

Pois é. Fnord e tal… 

Claro, conspiração por conspiração, creio que o delfonauta consegue lembrar de uma pá de filmes excelentes que poderiam competir com esse. Ou seja, a história do governo malvado e do policial honrado já foi contada inúmeras vezes. A seu favor, O Fim da Escuridão tem algumas excelentes e brutais cenas de ação. Poucas, verdade, mas muito boas.

No final das contas, temos aqui um longa mediano que merece ser visto por amantes de teorias da conspiração ou de filmes policiais. Desde que, é claro, eles consigam ver Mel Gibson como um pai de família sentimental, não como um sujeito que sai por aí de cueca atirando a esmo e caçando judeus em Hollywood. Isso automaticamente já me exclui da lista.”