A esta altura do campeonato você já assistiu a Vingadores: Guerra Infinita, correto? E deve estar imaginando o que vai acontecer com o universo cinematográfico Marvel agora que a casa literalmente caiu, não é?
Bom, pois não é em Homem-Formiga e a Vespa que você vai encontrar respostas (talvez pistas), visto que ele repete exatamente o mesmo esquema do primeiro filme, inclusive o fato de ser lançado imediatamente após um longa dos Vingadores.
Se o primeiro longa vinha depois de Era de Ultron para apresentar o diminuto herói e deixar o clima mais leve após a destruição na Sokovia, este aqui vem para dar uma limpada no palato após a chegada de Thanos em Guerra Infinita.
A história continuará em Vingadores 4, mas, por enquanto, novamente o Homem-Formiga serve como um interlúdio, para dar uma refrescada com uma aventura muito mais leve e totalmente contida. Quem estava esperando pela continuação da grande história dentro do MCU, pode se decepcionar. Quem quer apenas um filme divertido de super-heróis sem grandes ligações, pode gostar.
ELE ENCOLHE
Essencialmente, Homem-Formiga e a Vespa resgata o clima geral do primeiro filme, aplicando a “lei da continuação” (aquela que dita que uma sequência precisa ser maior em todos os aspectos), visto que agora temos a Vespa junto a Scott Lang. Temos uma vilã, a Fantasma, com um poder mais legal. Temos sequências de ação mais elaboradas. E sim, também temos mais Luis! E eu é que não vou reclamar disso.
Na trama, após a visita de Scott ao reino quântico no final do primeiro filme, Hank Pym e Hope Van Dyne desenvolvem um plano para resgatar a Vespa original, Janet Van Dyne, que está presa lá há décadas. Para isso eles precisam mais uma vez da ajuda de Scott.
Ao mesmo tempo, as relações entre eles estão estremecidas após as ações de Scott na Guerra Civil. Mas a aparição da Fantasma, uma vilã capaz de ficar intangível e desaparecer, e que está atrás justamente da tecnologia que Hank precisa para trazer sua mulher de volta, vai fazer com que o trio precise se unir para repelir a vilã, executar o resgate e rumar em direção a um final feliz.
ELE ESTICA
É essencialmente o primeiro filme, novamente, com a já referida lei das continuações, e pequenas inversões. Tipo, se o primeiro era essencialmente um filme de roubo, neste são os heróis que precisam correr atrás de algo que lhes foi surrupiado.
Há coisas legais, como as motivações da Fantasma, que é uma vilã muito mais desenvolvida e interessante que o Jaqueta Amarela do primeiro. E a presença da Vespa, com um traje mais avançado que o do Homem-Formiga, gera as melhores cenas de ação.
As quais, por sinal, estão bem mais desenvolvidas, utilizando-se muito bem dos poderes de encolhimento e crescimento não só dos personagens, mas também de objetos.
No mais, as piadinhas estão de volta. É um filme muito mais leve que a grande maioria da Marvel, parecendo um grande Sessão da Tarde, uma aventura de matinê redondinha para você se divertir enquanto o próximo capítulo da saga de Thanos não chega.
Visto sob essa pegada de Sessão da Tarde, ele é bem competente, ainda que basicamente apenas repita e amplifique tudo que deu certo no primeiro. É um daqueles casos onde tudo que há de melhor nele estava nos trailers. Não há grandes surpresas, mas é um mais do mesmo muito bem feito.
Só que ele também pode causar aquele mesmo efeito de Homem de Ferro 3 (que, fora o que vou falar agora, também foi ruim de doer) de decepção por não ter qualquer ligação com o primeiro Vingadores. Após uma aventura de escopo muito maior, pode ser difícil para alguns fãs voltar a uma narrativa de escala reduzida (e sim, o trocadilho foi intencional).
ELE CAVALGA FORMIGAS VOADORAS
Em suma, Homem-Formiga e a Vespa, assim como o primeiro Homem-Formiga, é um filme menor dentro do MCU. Isso não é necessariamente um demérito, visto que a intenção de ambos os longas é justamente ser algo mais leve e solto dentro dessa grande narrativa.
Pode ser mais descartável e desagradar quem esperava pela continuação do arco maior, mas visto apenas como um filme independente, é uma boa aventura que mata de forma agradável uma tarde de sábado num multiplex qualquer.
CURIOSIDADE:
– O longa tem duas cenas pós-créditos. A primeira é muito legal e a segunda é uma bobagem.
LEIA NOSSAS RESENHAS DO UNIVERSO CINEMATOGRÁFICO MARVEL:
– Homem de Ferro – Onde tudo começou.
– O Incrível Hulk – Até por favelas cariocas o gigante esmeralda passou.
– Homem de Ferro 2 – Agora com ainda mais Tony Stark.
– Thor – E não é que o deus do trovão é meio fanfarrão?
– Capitão América: O Primeiro Vingador – Apresentando a última peça que faltava na fase 1.
– Os Vingadores – The Avengers – O filme de super-heróis mais esperado da história.
– O Hulk de Ang Lee – Não faz parte da história, mas, ei, é o Hulk!
– Homem de Ferro 3 – Has he lost his mind? Can he see or is he blind?
– Thor: O Mundo Sombrio – A fanfarronice está de volta.
– Capitão América 2: O Soldado Invernal – O Sentinela da Liberdade está de volta. E dessa vez é pessoal.
– Guardiões da Galáxia – Somos como o Kevin Bacon.
– Vingadores: Era de Ultron – Toninho Stark e seus superamigos estão de volta.
– Homem-Formiga – Encerrando a fase 2 da Marvel no cinema.
– Capitão América: Guerra Civil – De que lado você está?
– Doutor Estranho – O Mago Supremo da Terra faz sua estreia no MCU.
– Homem-Aranha: De Volta ao Lar – Eu acho que o Hulk deve ser cheiroso.
– Thor: Ragnarok – É o Hulk numa banheira.
– Pantera Negra – Cultura é mais importante do que raça.
– Vingadores: Guerra Infinita – 10 anos, 18 filmes, seis joias!