Acho que faz muito tempo desde que eu fiz uma crítica positiva para um terror sobrenatural. Pois chegou a hora de mudar isso. Bem-vindo à nossa crítica Fale Comigo, o longa de terror australiano que vem fazendo ondas nas redes sociais.

CRÍTICA FALE COMIGO

Este é o tipo de filme que fica mais legal sem contar muito, então vou fazer uma sinopse bem vaga. Aqui acompanhamos um grupo de jovens que usa uma mãozinha mágica para invocar espíritos. Porém, eles não fazem isso para falar com alguém específico ou por um motivo nobre. Não, é pura molecagem mesmo. Eles se juntam, algum voluntário permite que o espírito possua seu corpo e eles ficam rindo em volta dele antes de cortar a conexão.

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Vai dar cocozão, né? É óbvio. Afinal, este é um filme de terror, não uma comédia chamada “Fale Comigo: Uma Mãozinha Muito Louca“. Mas admito que o filme me surpreendeu com os caminhos que segue. Tipo, você sabe que vai rolar cocozão, mas não sabe em que momento exatamente, pois eles fazem a invocação muitas vezes.

TERROR HABILIDOSO

Ajuda na qualidade o fato de ele não se render a clichês sobrenaturais, como gatos pulando com aumento de trilha sonora. Mas a direção em geral é bem legal. Tem um monte de cenas criativas, e outras que são deveras chocantes, mas de forma diferente do que você espera em um longa como este. O final também é bacana, fechando o ciclo de forma bem satisfatória.

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Não é perfeito, no entanto. Embora seja bem curto, com pouco mais de 90 minutos, ele não entretém o tempo todo. Em especial, o trecho depois que o cocozão dá as caras é um tanto arrastado, e leva vários minutos para voltar a ser chocante ou assustador de novo.

Ainda assim, Fale Comigo é um bom terror sobrenatural. Bom, mas não ótimo. Mas isso já o destaca bastante de seus patrícios. Se você está a fim de um filminho legal envolvendo fantasmas e espíritos, esta é uma indicação que faço diretamente a você.