Circle II Circle – Consequence of Power

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Desde que conheci o Savatage, em meados de 1997, me tornei fã absoluto da banda. Gosto de todos os discos, sem exceção. Quando a banda encerrou as atividades, tentei cortar os pulsos com facas de bolo Pullman e a única coisa que me confortou foi saber que os ex-membros tinham fundado outras bandas. O talentoso e adiposo Jon Oliva veio com o Jon Oliva’s Pain, o guitarrista Chris Caffery arriscou cantar em alguns discos solos, Zak Stevens fundou o Circle II Circle, e ainda temos a maravilhosa Trans-Siberian Orchestra, com vários remanescentes do Savatage.

Consequence of Power é o quinto disco do Circle II Circle. O disco começa com a faixa Whispers in Vain que até tem alguns riffs legais no meio dela, mas não passa de uma música mediana. Péssima escolha para abrir o disco. A música seguinte, Consequence of Power, em compensação, é muito boa. Essa música tem um andamento mais rápido, refrão pegajoso e um solo inspirado.

Out of Nowhere e Remember são músicas pesadas, mas com refrões bem melódicos. Destaque para o riff destruidor do meio de Remember que faria até a Sandy bater cabeça. Já em Mirage, novamente o guitarrista Andy Lee mostra todo seu virtuosismo.

Uma das minhas faixas preferidas deste disco é Episodes of Mania, que tem um riff pesadíssimo. Zacarias Estevão está cantando muito e toda a banda mostra o melhor de si. A música seguinte, Redemption não deixa o nível cair e nos prepara para o melhor do disco.

Para um fã de Savatage, escutar a oitava faixa, Take Back Yesterday é o equivalente a passar uma noite inteira assistindo Arquivo X com a Scarlett Johansson. Tudo bem, não é tão legal assim, mas essa música lembra muito aquilo que o Zaca fazia em sua antiga banda, e pra mim é a melhor do disco.

Na sequência, temos Anathema, que é apenas uma música boa, que honra o disco, mas não se destaca. Por fim, para delírio de todos, Blood of an Angel é uma balada que poderia muito bem estar no disco Dead Winter Dead, do glorioso Savatage.

Consequece of Power é um excelente disco que demonstra que, apesar da inevitável semelhança com Savatage em algumas faixas, o Circle II Circle está cada dia mais formando o seu próprio estilo. Destaque para Zak Stevens que demonstra ser um dos melhores vocalistas do seu estilo, e para o excelente guitarrista Andy Lee. O filho do Savatage está crescendo, e com saúde!