Olha só! Depois do excelentíssimo – e nada soulslike – Soulstice, temos mais um game surpreendentemente bacanudo neste final de ano. Esta é nossa análise Tinykin, delicinha de plataforma 3D, que combina Super Mario OdysseyPaper MarioPikmin. Vem comigo e se delfone todo com vontade!

ANÁLISE TINYKIN

Parece uma mistura um tanto estranha, como colocar mostarda no sorvete, né? Na verdade, a expectativa de que ele seria no estilo de Pikmin, que não me agrada tanto, me deixou um tanto desanimado. Porém, não demorou para eu perceber que Tinykin era muito mais um plataforma 3D do que um jogo de estratégia. Os Tinykin do título funcionam, sim, mais ou menos como os Pikmin. Porém, eles acabam sendo mais recursos para o que você tem que fazer. Como munição em um jogo de tiro, sabe?

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Tinykin parece Paper Mario, mas o gameplay puxa mais de Super Mario Odyssey.

Então permita-me explicar essa mistura estranha. Tinykin tem lindos gráficos semelhantes em estilo a Paper Mario. E é lindo, com personagens muito bonitinhos e expressivos. O gameplay, no entanto, é bem parecido com Super Mario Odyssey. Cada uma das fases acontece em um cenário bem largo, e você tem um punhado de objetivos.

Sempre tem um principal, que avança a história. Mas há sempre muito a explorar e a brincar, a ponto de que eu diria que você não está “jogando direito” se não aproveitar essas oportunidades. E onde entram os Tinykin na história? Ora, vou até repetir o intertítulo anterior, já que o assunto é o mesmo e daí o Google enche menos o saco com o SEO.

ANÁLISE TINYKIN

Como em Pikmin ou em Overlord, os únicos dois games de “minions” que eu conheço bem, os Tinykin são coletados pelas fases e têm habilidades determinadas por suas cores. Logo você estará com dezenas desses fofos bichinhos te seguindo. E deve usá-los para abrir passagens ou carregar coisas de um ponto a outro.

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Ou para estender correntes de eletricidade.

O que diferencia Tinykin consideravelmente de Pikmin é que os bichinhos são, literalmente, recursos. Você pode precisar de 10 Tinykin “bombinhas” para quebrar uma passagem. Mas uma vez que você tenha o suficiente, basta chegar lá e usá-los. Não há uma grande estratégia do que fazer com eles. Você sabe o que fazer sempre que encontra a necessidade de usá-los. A questão é se você tem amiguinhos suficientes e, claro, se vai “gastá-los” para cumprir aquele objetivo.

E aí está a pegada. Os Tinykin, em geral, são consumíveis. Os explosivos ou os elétricos desaparecem quando usados. Os que carregam coisas ficam “presos” ao que estão segurando até que aquilo seja colocado no lugar certo (funcionando basicamente como inventário). O mais livre são os verdinhos, que podem ser usados para subir um no outro e assim permitir que você alcance plataformas altas. Então os Tinykin são importantes e vitais para progredir. Mas o jogo é muito mais focado no pula-pula e na exploração do que em solucionar problemas.

TINYKIN É MUITO DELICINHA

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Dá pra subir muito alto com os Tinykin verdinhos.

Tinykin é um game totalmente low-stress. Não há combate nem inimigos e acredite, isso não faz a menor falta. Simplesmente porque o ato de explorar, de pular de uma plataforma a outra é extremamente delicioso. Há um certo problema com a câmera, que está longe de figurar entre as melhores dos plataformas 3D, mas o level design e o gameplay são tão bons que isso se torna apenas um inconveniente. Especialmente porque, como não há falha, o pior que uma câmera pentelha pode fazer é exigir que você a reposicione.

Ou melhor, há alguma falha. Cair na água ou de alturas muito altas mata o herói. Mas isso simplesmente o coloca de volta na plataforma de onde você caiu, então é totalmente indolor.

Completam o fator delicinha Tinykin não ser longo demais. Há apenas um punhado de fases, todas grandes e bem completas, mas poucas. Assim, dá para terminar o jogo em umas duas tardes sossegadas e muito gostosas. Particularmente, eu gostaria que mais jogos hoje em dia tivessem esse tipo de duração.

PEQUENA FAMÍLIA

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Tinykin é, portanto, um joguinho delicioso. Simpático, bonito e gostoso de jogar. Daqueles que você passa a campanha inteira com um sorriso no rosto e chega ao final sem se estressar ou passar raiva. É o típico videogame como escapismo, como diversão descompromissada, algo que está cada vez mais raro na indústria atualmente. É um jogo da Nintendo feito por outra empresa e disponível em várias outras plataformas. Uma das grandes surpresas do ano e uma recomendação que eu faço para você com todas minhas forças.