Análise SpongeBob SquarePants: Battle for Bikini Bottom – Rehydrated

Da série: quando o nome do jogo é grande demais, a resenha fica sem título.

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Battle for Bikini Bottom é um jogo do Bob Esponja lançado em 2003 para Gamecube, PS2 e Xbox. Admito que eu nunca tinha ouvido falar dele, então me surpreendi por ele ter sido escolhido para receber o luxuoso tratamento de um remake. E é desse remake que falaremos hoje, na nossa análise SpongeBob SquarePants: Battle for Bikini Bottom – Rehydrated.

ANÁLISE SPONGEBOB SQUAREPANTS: BATTLE FOR BIKINI BOTTOM – REHYDRATED

Apesar de eu não ter ouvido falar do jogo 17 anos atrás, eu vi que o anúncio do remake foi bem recebido. Aparentemente, muita gente tinha boas memórias dele. E, ao jogar essa nova versão, é fácil ver o porquê. Apesar da má fama de jogos licenciados, Battle for Bikini Bottom é uma delicinha.

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Cores, cara! Lembra quando os games eram coloridos?

Trata-se de um plataforma 3D, aka meu gênero preferido. E é daqueles jogos bem felizes, cheio de cores vivas, onde os personagens passam o tempo todo sorrindo, e as músicas são pegajosas melodias assobiáveis. Em outras palavras, ele traz tudo que um bom plataforma 3D deve trazer.

Ele empresta um bocado do funcionamento de coletatons, como Super Mario 64, mas em geral ele pode ser considerado um jogo de fases. As fases são destravadas após coletar um número específico de espátulas douradas, mas elas não são mundos abertos cheios de pequenos desafios independentes, estilo Super Mario Odyssey. Cada mundo tem um caminho e uma sequência de estágios. O próprio caminho principal ocasionalmente te premia com algumas espátulas. Outras estão escondidas, enquanto algumas vêm através de desafios opcionais, semelhantes a sidemissions.

Jogando no meu estilo natural, explorando com calma e saboreando cada mundo, eu nunca precisei voltar para uma fase anterior em busca de mais espátulas. Pelo contrário, eu sempre tinha bem mais do que o necessário para progredir.

OS TRÊS PATETAS

Durante a campanha, você controla três personagens. Bob Esponja, claro; Patrick e Sandy. Cada um deles tem habilidades específicas. Patrick consegue pegar e jogar frutas e inimigos. Sandy plana e usa um gancho. Já Bob tem poderes com bolhas de sabão.

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Sandy mostra que esquilos são os bichos mais ágeis do fundo do mar (!).

Todos eles são bem carismáticos e divertidos de controlar, mas você não pode alternar entre eles a qualquer momento. Para isso, você deve usar pontos de ônibus espalhados pelo mundo e, dependendo da fase, você troca do Bob Esponja para Sandy ou para Patrick. A troca limitada faz com que, por exemplo, você esteja controlando Bob e veja frutas no chão, sem nenhum ponto de ônibus por perto para chamar o Patrick. Isso incomoda um pouco pessoas que, como eu, tenham TOC e mania de fazer 100%.

PROBLEMAS TÉCNICOS

O curioso é a quantidade de problemas técnicos que o remake de um jogo tão antigo apresenta. Durante minha campanha, eu tive que lidar com problemas graves cerca de 15 vezes. Ocasionalmente, o Xbox One travava e eu precisava fechar o jogo. Outras, o personagem ficava preso no cenário. Em um caso específico, o Bob começou a voar, e foi subindo, subindo, subindo, até que eu pude ver onde o cenário criado para o jogo acabava.

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Tipo assim.

A boa notícia é que, apesar de o jogo ser consideravelmente quebrado, ele salva com frequência. Então mesmo quando eu precisava fechá-lo e abrir de novo, o prejuízo era mínimo, muitas vezes de menos de um minuto. Isso fez com que ele se mantivesse jogável e agradável até o fim, mas em um mais metido a truezão, que quase não salva, como está na moda atualmente, eu provavelmente teria desistido bem rápido. Um hip hip hurrah para os jogos respeitosos de 2003!

O problema mais grave foi um escorregador com tempo. Ele deveria me premiar com uma espátula, mas ela simplesmente não apareceu. Tentei várias vezes, recarreguei save, fechei o jogo e nada da espátula. Acabou que essa foi a única que eu não consegui pegar, e me impediu de fazer 100%.

ALEGRIA, CRIATIVIDADE E A FALTA DELA

Apesar dos problemas técnicos consideráveis, que me fazem recomendar que você espere alguns meses para jogar, Battle for Bikini Bottom foi daqueles jogos extremamente agradáveis, que me colocou grandes sorrisos no rosto.

Em especial sua primeira metade é pura alegria, com seus cenários coloridos, músicas felizes e um senso de humor deliciosamente bobinho (os dubladores, inclusive, são os mesmos do desenho).

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Nem todos os mundos são tão criativos e divertidos quanto os primeiros, no entanto. Na segunda metade, tem alguns que são totalmente filler. A Sand Mountain da foto acima, por exemplo, é composta de um hub com três portas. Cada porta leva para um escorregador, e é isso. Esse é o mundo inteiro. Um grande passo abaixo, por exemplo, de Jellyfish Fields, o primeiro mundo do jogo, que traz uma longa sequência de telas de plataforma muito divertidas.

Sand Mountain não é o único mundo sem inspiração, mas felizmente estes não são maioria. Battle for Bikini Bottom pode não ter a qualidade de um plataforma 3D da Nintendo, mas é divertido e simpático. Sem dúvida capaz de agradar a qualquer fã do gênero, o popular jogo para crianças de todas as idades.