Aragami é um jogo de ação e steatlh lançado em 2016, cuja resenha você pode ler aqui. Agora, dois anos depois, está sendo lançada Aragami: Shadow Edition, a versão mais robusta do jogo original.

Além do jogo-base, essa edição traz 12 skins para o ninja-fantasma, um editor de fases e níveis adicionais de dificuldade. Mas a cereja do bolo certamente é a expansão Nightfall, que apresenta uma história inédita e novos personagens jogáveis.

Aragami: Shadow Edition, Delfos
O jogo está bonitão.

NIGHTFALL

A expansão, que conta com quatro capítulos, traz uma história que antecede os eventos do primeiro jogo, mostrando os fatos que levaram ao despertar do espírito vingativo Aragami.

Você poderá jogar com Hyo ou Shinobu, ambos ninjas assassinos que estão atrás do espírito de Yamiko, a garota que invoca o Aragami no jogo original. Controlando qualquer um dos dois, você já começa com todos os poderes destravados, ao contrário do que rola na campanha principal.

Cada uma das fases dura em média 40 minutos. Eu e o Corrales jogamos a expansão inteira em co-op, então dá para imaginar que esse tempo possa ser facilmente aumentado se você: a) jogar sozinho, b) estiver em busca de todos os troféus ou c) quiser se arriscar nas dificuldades mais elevadas.

Aragami: Shadow Edition, Delfos
Eu escolhi o caolho. O Corrales ficou com a ruiva.

SIMPLES, MAS BEM-FEITO

Em termos visuais, pouco ou nada mudou em relação ao jogo original. Os gráficos são honestos, mas cheios de estilo, seguindo aquela linha estética meio cartunesca da Telltale.

A movimentação dos personagens também se manteve fluída e responsiva. É gostoso chegar por trás de um inimigo e atravessar a espada entre suas costelas, ou lançar uma adaga e fazer os desafetos explodirem com o apertar de um botão.

Aragami: Shadow Edition, Delfos
Mais stealth que isso, impossível.

A direção de arte continua de parabéns, sendo elegante e bastante generosa na quantidade de sangue que vai se espalhando pelos cenários enquanto avançamos. E, mesmo jogando na dificuldade normal, o jogo não deixa de ser exigente. O esquema de one hit, one kill continua valendo para Nightfall, e mesmo o último inimigo em pé pode significar o reset da fase, se não formos cuidadosos.

PROBLEMAS TÉCNICOS

Infelizmente, presenciamos alguns bugs chatinhos ao longo da jogatina. Dois deles, mais problemáticos, afetaram nosso progresso, o que é um pecado em qualquer jogo – ainda mais em um que obriga você a reiniciar todo o capítulo caso saia para o menu no meio da fase.

Aragami: Shadow Edition, Delfos
Pelo menos as telas de loading são bem estilosas.

Logo no primeiro capítulo, tivemos que reiniciar a fase por causa de um bug que me impedia de realizar ataques melee – tornando o avanço praticamente impossível.

Já no capítulo dois, ficamos presos em um respawn infinito. O cara que devíamos perseguir havia morrido, o que fez o jogo reiniciar do último save point. Mas, quando retornamos ao jogo, o sujeito continuava morto, o que fez o game reiniciar novamente do último save point. Aí, quando retornamos ao jogo, o sujeito continuava morto, o que fez o game reiniciar novamente do último save point. E então, quando retornamos, o sujeito continuava morto, o que fez o game reiniciar novamente do último save point

Tirando esses dois problemas técnicos mais graves, porém, conseguimos finalizar a expansão tranquilamente.

Aragami: Shadow Edition, Delfos
Segura esse double kill!

ARAGAMI: SHADOW EDITION

Trazendo conteúdo suficiente para várias horas de gameplay, a nova edição de Aragami é perfeita para quem ainda não experimentou o jogo principal. Para quem já jogou, entretanto, pode ser uma boa adquirir a expansão Nightfall separadamente.

Seja qual for a escolha, os fãs de um bom stealth não sairão decepcionados. E, de quebra, poderão se sentir verdadeiros ninjas assassinos enquanto avançam por vales congelados e montanhas arborizadas, estripando ou se esquivando de todos que encontrarem pelo caminho.

Aragami: Shadow Edition, Delfos
Obviamente, eu escolhi a primeira opção.

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