Amor Extremo

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Alfredo, Alfredo de la Mancha, Delfos, Mascote, Alfred%23U00e3o, Delfianos

Tem dias que o Rezek realmente faz falta aqui na turminha dos delfianos. Como, dos três patetas que falavam sobre cinema (Cyrino, Rezek e eu), ele era o mais diferente, tinha alguns filmes que iam direto para ele. E APENAS para ele. Normalmente, filmes de amor para os quais só ele tinha paciência. E, não raro, nosso amigo de olhos esbugalhados e vítima preferida do Torquemada, voltava todo empolgado, contava o filme inteiro e ainda o colocava nas suas listinhas de melhores do ano.

Porém, todos sabemos que a vida adulta alcançou o Rezek e agora suas participações aqui são, na melhor das hipóteses, esporádicas. Dessa forma, acaba sobrando para mim pegar esses filmes que parecem ter sido feitos pelo nosso crítico mais padrão.

Aqui, conhecemos dois casais. Ambas as moças são best friends forever e um dos caras faz miséria com as duas sem o outro saber. Claro, uma hora ele vai saber e tal. Blá-blá-blá. Muito tempo, muito pouca coisa acontecendo. E eu, sinceramente, não tenho paciência para isso.

Você, amigo delfonauta e confidente do momento, já tentou ficar duas horas plantado numa sala de cinema, assistindo a um filme onde absolutamente nada explode? NADA! Nem sequer uma fagulha ou uma colisão entre uma bicicleta e um carrinho de cachorro quente. E, como se isso não bastasse, não tem absolutamente nenhum ser ingerindo miolos. Sério, assim não dá. Se não tem explosões e não tem zumbis, o que mais um longa pode oferecer?

Poxa, tudo bem que é um romance e tal, mas convenhamos, tudo fica melhor e mais romântico se envolver seres putrefatos. Ou no mínimo um cabunzinho, vai!

A pior fonte de decepção, no entanto, é o fato de o diretor ser John Maybury, do tremendão Camisa de Força, praticamente uma aula de como fazer um longa interessante sem explodir nada. Aqui, no entanto, ele continua com uma estética belíssima, porém acredito que você não vá ao cinema para ver fotografia. Você vai para ver zumbis, explosões e zumbis explodindo, certo?

Ok, acabei seguindo pelo lado de humor por aqui, principalmente porque o longa em questão foi especialmente vazio e sem nada digno de nota. Porém, se você quer saber se vale a pena ver no cinema, classifique com um número entre 1 e 10 o quanto você gosta de explosões (sendo 1 = “explosões são desperdícios de película” e 10 = “Peraí! É possível fazer um filme sem explodir nada?”). Quanto mais próximo do 1 estiver seu ranking, mais o ingresso vai valer a pena.