Adam’s Venture: Origins

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Adam’s Venture: Origins é o remake voltado para consoles de nova geração da série Adam’s Venture. É um jogo episódico com uma história no estilo Indiana Jones durante os anos 20. Jogando como Adam Venture (sim, este é o nome do rapaz), você deverá seguir as pistas relacionadas à teoria do seu pai, o Professor Venture, e contar com ajuda de sua colega, amiga e interesse romântico Evelyn. Basicamente, uma turminha da pesada se envolvendo em muita confusão.

A jogabilidade é bem simples, além da movimentação, os controles envolvem o uso de uma corrente (porque chicote dava processo), um botão para interagir com objetos e outro para pular.

Em geral, Adam’s Venture: Origins diverte. A pegada é compatível com os jogos de PCs da década de 90. Pode ser uma boa pedida para nostálgicos desta época. Entretanto, encontrei alguns problemas durante a minha experiência com o título.

FALANDO DAS COISAS RUINS…

Este foi o meu primeiro contato com a série Adam’s Venture e entendo o esforço dos seus desenvolvedores em adequá-la à nova geração, mas a quantidade de bugs relacionados à movimentação do personagem e a câmera desobediente são irritantes e atrapalham demais. Os gráficos são normais, nada que encha os olhos e nada que ofenda.

Em segundo lugar, a história do jogo exige um pouco mais de ação. Apresentar uma história de conspiração com “vilões e mocinhos” e eleger ambientes de exploração e puzzles como força motriz é um erro. Falta a possibilidade de dar uns sopapos nos malvados e uns tiros para o alto visando reprimir o medo de zumbis inexistentes. Por essas características, Adam’s Venture parece um pouco fora de contexto quando comparado a outros títulos disponíveis no mercado.

Outra coisa não muito legal é a dublagem do jogo, que deixa muito a desejar e algumas das piadas do personagem principal são a semente do desejo por personagens mudos.

AS COISAS BOAS DA ADAM-VENTURA

Se falha em alguns pontos, o jogo entrega algo coerente dentro dos gêneros propostos: exploração e puzzles. A parte de exploração tem uma gradação compatível com as mudanças de episódios. Os mapas são bem divertidos apesar de alguns serem relativamente simples e lineares.

Os puzzles são de longe a melhor parte do jogo. Digo isso como um rapaz de humanas cujo cérebro derrete quando confrontado com operações matemáticas simples no nível usar calculadora para rachar a conta das cachaças. Os puzzles variam entre o fácil e o intermediário. Alguns são apenas intuitivos, enquanto outros exigem um pouco mais da cabeça. Confesso que fiquei muito tempo preso em dois: o da igreja e o das dinamites. E ainda não compreendi muito bem a lógica deles. Se algum delfonauta mais atento aos paranauês quiser me explicar nos comentários, fique à vontade.

Minha frustração “positiva” fica no fato da adam-ventura ser relativamente curta. Terminou quando eu já estava me achando o Sherlock dos puzzles.

Em linhas gerais, Adam’s Venture: Origins é altamente recomendável para amantes de puzzles (ou para aqueles que precisam botar a cabeça para funcionar um pouco mais). O jogo diverte neste quesito mas fica muito aquém de outros títulos da nova geração, a exemplo da série Tomb Raider pós-reboot.

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