Top 5: Jogos de Terror

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Medo. Essa emoção sempre atraiu e repudiou o homem, e… Argh, eu não sirvo para essas introduções tradicionais. A parada é a seguinte: o Corrales me pediu para fazer um Top 5 com os melhores jogos de terror para este especial e cá está ele. Jogos de terror são legais por várias razões e, embora o conceito não seja novo (alguém lembra de Halloween para o Atari?), só as novas gerações é que conseguiram criar uma experiência realmente dramática. Afinal de contas, para assustar, a coisa tem que ser realista o suficiente para ser verossímil. Bom, tão aí os jogos! Espero que gostem, e caso resolvam jogar algum, não venham reclamar comigo porque não conseguiram dormir. 🙂

5 – Silent Hill – PlayStation – Konami – 1999

História: Harry e Cherryl, pai e filha adotiva, estão a caminho de suas férias na cidade de Silent Hill e, após uma batida, são separados. Durante a busca pela Cherryl, coisas estranhas acontecem. Muito, muito, estranhas.

Por que está aqui? Soube se aproveitar de uma limitação do videogame em processar muitos polígonos para criar uma ambientação legal – de dia, muita neblina, e de noite, a escuridão. Os inimigos estranhos, como cachorros do avesso e enfermeiras demoníacas fazem barulhos assustadores. Aliás, as enfermeiras se tornaram marca registrada da série. Um outro elemento muito legal do jogo é o rádio que faz barulhos de estática quando há algum inimigo perto, mas escondido pela neblina ou escuridão. As fases em geral têm duas ambientações: uma normal e uma igual, mas repleta de coisas enferrujadas e cheias de tripas. Tudo parece um grande pesadelo. Ah, sim, o jogo vai ganhar um remake para o PSP.

Altos calafrios: Fantasmas em formas de bebês que não fazem nada, só seguem o personagem fazendo o rádio chiar. É bem perturbador.

Nível de medo: Médio

Nível de sustos: Médio

4 – Final Fantasy VIII – PlayStation – Squaresoft – 1999

História: Bruxa malvada quer conquistar o mundo, blá, blá, blá.

Por que está aqui? Se o personagem principal do jogo, Squack, quer dizer, Squall, não lhe assustar com seu penteado radical, então nada lhe assusta. Todos os personagens têm motivações idiotas, a história é muito, muito forçada, e a chefe final quer destruir o mundo sem o ter o menor motivo. São quarenta horas da mais pura tortura, e se você chegar até o final disso (e ainda assistir ao final imbecil), com certeza será uma pessoa mais amargurada. Ah, sim, esse foi o primeiro jogo que faz o nome da série Final “Fantasy” não ter sentido – de fantasia não tinha nada. Parece um Barrados No Baile futurista. Pode ficar mais assustador que isso? Deixe eu parar de escrever porque estou desenterrando memórias que deram muito trabalho para esquecer. Silent Hill pode fazer você ficar sem dormir, mas este jogo destruirá sua alma.

Maior Calafrio: As limitações gráficas do PlayStation combinadas com a arrogância dos desenvolvedores ao tentar fazer gráficos que o console claramente não agüenta: braços parecem serrotes e olhos mudam de tamanho quando as cabeças dos personagens se movem. Muito, muito assustador. Não jogue isso à noite. Aliás, é melhor que não jogue nunca.

Nível de medo: Alto

Nível de sustos: Alto

3 – Silent Hill 3 – PlayStation 2 – Konami – 2003

História: A continuação de Silent Hill 1, mantendo a mesma história envolvendo um culto bizarro a um deus prestes a ganhar uma forma física.

Por que está aqui? A personagem principal, Heather, tem que fugir de criaturas medonhas como tumores gigantes que andam, cachorros com bocas de verme e outras que não podem ser descritas por palavras, literalmente. A história da série pode nem ser grande coisa, mas o feeling dos jogos é medonho. Ah, sim, isso é uma qualidade. O esquema de mudança de ambientes de normais para malignos continua, e com uma criatividade que faz a gente pensar o que diabos se passa na cabeça dos produtores. Paredes que parecem organismos, escuridão praticamente tangível e, melhor, o som. Cara, o som deste jogo é simplesmente fantástico, melhor ainda que o dos anteriores da série. Muitas vezes só há uma criatura na sala, mas o som faz parecer como se o inferno estivesse inteiramente presente. Bacana que a versão estadunidense venha junto com a trilha sonora em CD grátis. A ambientação é o maior inimigo do jogo. Em vários lugares vemos detalhes como criaturas que ficam presas em parede sem fazer absolutamente nada. Apenas perturbar o jogador com a sua presença. Ganhou do primeiro Silent Hill porque os gráficos mais realistas fizeram uma grande diferença na arte de perturbar.

Maior Calafrio: Tem uma determinada sala que, quando você entra, tem um espelho. O espelho mostra o seu reflexo totalmente vermelho. Aos poucos o vermelho vai saindo do reflexo e cobrindo a sala, enquanto a porta fica trancada. A porta se abre depois, mas se você não sair imediatamente, morre.

Nível de medo: Alto

Nível de sustos: Baixo

2 – Siren – PlayStation 2 – SCEA – 2004

História: Você não sabe de absolutamente nada no começo do jogo, apenas que criaturas conhecidas como shibitô (zumbis japoneses inteligentes) estão à solta. Agora eu vou contar o porquê disso tudo acontecer, que eu acho muito legal. Talvez o delfonauta não queira ler para não estragar a história, então é só pular a parte em itálico.

Começo do Spoiler

Há mil anos, uma vila antiga do Japão estava sofrendo com falta de alimentos. Calhou de um alienígena cair do céu. O povo achou que era um alimento enviado pelos deuses, e comeu a carne do alien. No seu grito de morte (que dá o nome ao jogo), ele amaldiçoou a vila. O tal alienígena tem o melhor design que já vi até hoje, muito impressionante.

Fim do Spoiler

Por que está aqui? Como eu falei, você não enfrenta zumbis, e sim shibitô, que são criaturas tão inteligentes quanto os personagens do jogo. Durante o jogo, vários personagens são controlados, e todos com um poder em comum: o de enxergar pelos olhos dos shibitô. Praticamente não existem armas, e é bem fácil morrer. Um jogo muito perturbador, e eu mesmo conheço duas ou três pessoas que simplesmente não conseguiram jogar o dito cujo de tanto medo. Não saber nada da história do jogo no início ajuda bastante, principalmente quando se tem que fugir dos shibitô que vêm alegremente correndo para brincar de arrancar sua cabeça. O diretor é o mesmo do primeiro Silent Hill.

Maior Calafrio: Quando você está enxergando pelos olhos de um shibitô, e de repente se vê pelos olhos dele. Geralmente isso é seguido por uma gota de suor acompanhada por uma tela de Game Over.

Nível de medo: Médio

Nível de sustos: Alto

1 – Fatal Frame 2: Crimson Butterfly – PlayStation 2 e Xbox – Tecmo – 2003

História: Duas irmãs gêmeas se perdem numa floresta e vão parar numa vila japonesa conhecida como “Vila de Todos os Deuses”, sem nenhum habitante… vivo, pelo menos. Contar mais da história tiraria a graça do jogo, mas dá para adiantar que os antigos habitantes da vila costumavam fazer alguns rituais envolvendo gêmeas. Pô, acho que todo mundo consegue pensar em pelo menos um ou dois rituais que gostaria de fazer com gêmeas. 🙂

Por que está aqui? Terror oriental com seus demônios e fantasmas na sua forma mais pura, e isso já vale vários pontos, pois na minha opinião, os fantasmas orientais são bem mais sinistros que os ocidentais. Como as gêmeas estão enfrentando seres sem corpo, não existem armas físicas, mas sim uma câmera que consegue “exorcizar” espíritos, a “Câmera Obscura”. Isso, por sinal, é um elemento muito interessante – como você tem que fotografá-los, o jogo lhe força a ficar na visão em primeira pessoa para “encará-los” bem de perto (quanto maior o close, mais danos causa). A história é um ponto muito interessante do jogo, e os vários rituais que são mostrados durante o jogo são de arrepiar os cabelos – sacerdotes ficando cegos com máscaras de pregos, desmembramentos, etc. Realmente perturbador.

Maior Calafrio: Os fantasmas têm várias deformações dependendo da forma que morreram (e você acaba sabendo como isso aconteceu nos vários textos encontrados durante o jogo). Se fosse para escolher um só, eu escolheria o fantasma da mulher que caiu da escada. O delfonauta saberá de quem eu estou falando quando jogar.

Nível de medo: Alto

Nível de sustos: Alto

Esse foi mais um Top 5 com a Qualidade Comprovada DELFOS. Espero que tenham se assustado. Ah, e eu desafio qualquer delfonauta a achar um Top 5 com jogos de terror que não tenha nenhum Resident Evil além deste. Por que não tem nenhum jogo da série? Bom, eu sempre achei que RE é bom para dar sustos, não para meter medo. Alguém aí vai achar que o braço-serrote da Quinua, quer dizer, Rinoa (do macabro Final Fantasy VIII) é menos assustador que um zumbi? É, eu pensei mesmo que não.

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