Threshold – Dead Reckoning

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O delfonauta mais dedicado já está familiarizado com o conceito de filmes nada. São aqueles filmes que não fazem nada absurdamente errado, mas também não fazem nada absurdamente certo. Basicamente, filmes que, alguns anos depois, você nem mesmo sabe se já os assistiu.

Pois o mundo da música também é constantemente agraciado por discos nada. E Dead Reckoning é a mais nova adição nessa lista. O chato é que, a julgar por Slipstream, a primeira música, parece que vem coisa boa por aí. Um belo riff e vocais tremendões, alternando momentos melódicos com guturais, valem a canção. Daí em diante, contudo, trata-se de um disco morno, sem nada especial, mas também sem nada ruim.

As qualidades se mantêm durante toda a audição. Ótimos instrumentistas, um bom vocalista, belas melodias e solos. Mas é inegável que falta alguma coisa, as músicas simplesmente não ficam na cabeça.

Qualquer pessoa que nutra uma simpatia por Rock pesado com certeza pode deixar Dead Reckoning rolando enquanto trabalha ou faz outras coisas. Contudo, só os mais devotos fãs da banda ou de Metal Progressivo vão conseguir ouvir o disco inteiro sem se distrair por nenhum momento. E isso não é suficiente para que eu possa recomendar o disco como um todo. Mas a Slipstream é bem legal.

PS: Essa resenha foi escrita há mais de três anos, em 10 de julho de 2007. Mas como um bom CD nada, eu sequer me lembrava de tê-la escrito.