The Decemberist – The Hazards of Love

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The Decemberist tem sido uma das bandas mais cultuadas no cenário indie norte-americano (não que isso seja boa coisa, pois o indie da terra do Tio Sam não é bom). Vamos, vamos, amigos delfonautas!

Este não é um disco muito coeso, que dê para fazer um faixa a faixa típico. É mais fácil uma análise de toda a obra em si. Basicamente, The Hazards of Love é uma epopéia das mais típicas dentre os discos conceituais. A história é bacana, porém meio furada. Uma muié se apaixona por um macaco, ops, um cara da floresta boreal. Achei beeem batida e muitos discos conceituais têm histórias melhores, como Ok Computer ou Kid A, do Radiohead ou até o The Black Parade, dos eminhos do My Chemical Romance.

O instrumental é de uma leveza sem tamanho, com violão, harpas, efeitos bonitinhos no teclado e uma profundidade que eu só consigo equiparar, atualmente, a gente como Belle & Sebastian e os brasileiros do Teatro Mágico. Todos os instrumentos se completam, não deixando lacunas. E as vocais femininas, a Shara Worden (e, meu Deus, que menina linda! Os caras do My Brightest Diamonds têm sorte de trabalhar com ela) e a Becky Stark, são incríveis.

Mas, como já dito, é um disco bem… mais ou menos. Perto dos outros dois da banda (The Crane Wife e Castaways and Cutouts) é fraco, com poucas músicas animadoras. As que mais me chamaram a atenção, que foram Isn’t It A Lovely Night e The Wanting Comes In Waves/Repald (aliás, só eu aqui odeio esses nomes de músicas/discos que são dois nomes em um? Nunca sei qual nome usar) têm uma levada bem prog, algo que eles deixaram meio de lado nesse disco.

Portanto, é um disco bom, mas nada indispensável.

Curiosidades:

– Esses caras adoram reis e rainhas. Esse álbum tem duas músicas com “Queen” no nome, e tem outro disco deles que se chama The King Is Dead.