Teenage Mutant Ninja Turtles 2 – Battle Nexus

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Já virou tradição no DELFOS iniciarmos resenhas de continuações com links para as resenhas dos originais, então para aqueles que quiserem ler a resenha do Bruno para a primeira edição deste Teenage Mutant Ninja Turtles, é só clicar aqui.

Um ano após o primeiro jogo, as populares “Tartarugas Adolescentes Mutantes Ninjas” voltam para a continuação. E se o primeiro jogo já não tinha os mesmos predicados dos jogos de outrora estrelados pelo quarteto, o que dizer deste? Vamos por partes.

Antes de mais nada, devo confessar minha admiração por estes répteis mutantes. As Tartarugas Ninja (a série original), foi o desenho que mais marcou a minha vida, ao ponto de me lembrar de episódios inteiros até hoje ou até mesmo de batizar meu primeiro e até então único carro com o nome da minha tartaruga preferida – Donatello, se alguém quiser saber. Sim, eu sou um cara estranho. Dito isto, você pode concluir que sou tão fã que minhas exigências baixam quando tenho a oportunidade de controlar meus heróis preferidos. Se você disse isso, você tem razão.

Por isso mesmo, apesar dos infindáveis defeitos do jogo anterior, ainda assim joguei-o até o final com todos os personagens (até com o Splinter). Mas afinal de contas, ele trazia tudo que um fã pode querer de um jogo das tartarugas, como o fato de ser um simples jogo de porrada, onde você vai andando e enchendo a galera de porrada. Mas a falta de personagens conhecidos (e com isso me refiro aos vilões do primeiro desenho) e a pouca quantidade de tipos de inimigos mataram o jogo. Além disso, o jogo não aceitava o modo de 4 jogadores o que para um jogo das Tartarugas, é inadmissível.

TMNT 2 – Battle Nexus conseguiu melhorar alguns aspectos do jogo, mas falhou miseravelmente em outros. Os inimigos continuam repetitivos e a maior parte deles ainda é desconhecida. As músicas continuam sem graça e os gráficos estão piores do que antes.

Com um sistema de combate extremamente raso e personagens muito pequenos na tela, TMNT 2 não só falhou na missão de melhorar seu jogo anterior como conseguiu piorá-lo ainda mais. A maior parte do tempo você se sente completamente indefeso ao enfrentar os inimigos. Para tornar sua tartaruga potente, você precisa coletar cristais e a cada 10 coletados, você sobe de nível. O problema é que, quando você começa a ficar forte o bastante para poder se defender, o jogo acaba. E quando você joga em múltiplos jogadores, vocês dividem a mesma barra de energia, ou seja, um morre, todo mundo morre, uma decisão bem estranha da softhouse.

Os personagens conhecidos também não dão as caras nesse jogo. Ou pelo menos não como eu os conhecia. No lugar do “chiclete mastigado” Krang, temos um monte de “chicletes mastigados” chamados Utrom, uma raça de alienígenas que, ao que tudo indica têm a mesma origem de Krang. No lugar de Rocksteady, temos os Triceratons, alienígenas malignos que estão no meio de uma guerra na qual você acaba se envolvendo. Também temos aqui a volta de Leatherhead que, ao invés de ser aquele jacaré burro metido a cowboy é um jacaré cientista de fazer páreo ao Donatello. E nem vilão ele é. Apesar disso, ainda não temos nenhuma citação a vilões da estirpe do Rei Rato ou, principalmente, do meu preferido, o Bebop.

Mas nem tudo são espinhos neste jogo. Algumas coisas são bem legais. Para começar, teoricamente agora é possível jogar em quatro jogadores. Teoricamente porque aqui no DELFOS o jogo só aceita três, mas ainda assim é mais que no jogo anterior. Outra coisa muito legal é a teórica possibilidade de jogar o primeiro Arcade estrelado por eles, jogo que até hoje é uma maravilha. Teórica novamente porque isso é divulgado, eu joguei até o final do jogo normal e não apareceu a opção aqui. Procurei na Internet pelo “truquinho”, e descobri que bastava encontrar um determinado item em uma determinada fase. O problema é que já o tinha encontrado e não aconteceu nada, então não posso comentar sobre isso. Vai entender essa Konami.

Mais uma vantagem, e a que considero a maior delas, é que agora é possível variar de tartaruga a qualquer momento. Isso deixa o jogo mais divertido e menos enjoativo, embora não existam grandes diferenças entre os personagens, com exceção de Leonardo, que é muitíssimo pior que todas as outras, o que é uma pena, já que suas armas (as duas espadas) são as mais legais. Também não posso deixar de citar as animações entre as fases, diretamente extraídas da nova série de TV e que são realmente muito legais. Também temos aqui a volta da famosa e tradicional “fase do Skate” que aqui nada mais é do que uma fase bônus, onde você tem que ficar coletando moedinhas para ganhar prêmios no final do estágio. Apesar de batidas, elas são até divertidas.

Além das tartarugas, também podemos jogar com outros personagens. A saber, Casey Jones, Karai, Slashurr e Splinter. Cada um deles tem uma manha diferente para ser destravado, mas se você não descobrir a manha em um determinado período, eles vão se destravando aos poucos, conforme os dias passam. E aqui vai a dica para os que jogam a versão PC: para destravar todos eles de uma vez, basta adiantar a data do seu computador uns dois meses e entrar no jogo. Tchanan, todos eles estão lá (é só colocar para cima na tela de seleção – cada tartaruga é substituída por um deles). Salve o jogo, saia, volte a data ao normal e pronto. Você tem oito personagens para se divertir.

Infelizmente, como já ficou claro, a diversão nesse jogo não é muita. É uma pena, pois na época dos 16-bit, essa série era quase imbatível, gerando ótimos jogos para Mega Drive e Super Nes, como Tournament Fighters e Turtles In Time, para citar dois exemplos. Se você, como eu, é muito fã dos personagens, jogue. Caso contrário, fique com os clássicos que ainda são bem melhores.

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