Sem Proteção

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Fazia tempo que o Shia LaBeouf não fazia filmes, né? Depois de ter a sorte absurda de ser apadrinhado pelo Steven Spielberg, ele começou a aparecer em praticamente todos os filmes, mas daí o sujeito deu umas declarações polêmicas jogando sua carreira no lixo e sumiu das telonas. Ou pelo menos eu não me lembro de tê-lo visto em nada desde o último Transformers.

Cá entre nós, não fez falta nenhuma. E eu nem digo isso por alguma picuinha relativa às habilidades de ator do cara. Não, eu digo isso porque eu sinceramente odeio digitar o nome dele. “LaBeouf” é uma palavra tão ridícula que parece inventada, além de não parecer se encaixar em nenhum idioma conhecido. Nem em Klingon, pô! E para piorar, o cara ainda tem uma letra maiúscula no meio da palavra. Assim não dá. Só falta ele casar com alguém e virar tipo Shia LaBeouf-Cruise para ter tudo que eu odeio digitar em nomes de celebridades. Pois é, eu também odeio digitar hífens em nomes. E sim, eu estou apostando minhas fichas que o Shia vai casar com o Tom Cruise.

Mas falemos do filme em questão, que é também o retorno do ginger Robert Redford à atuação desde Leões e Cordeiros, de 2007. Sem Proteção também é o nono filme de Roberto CarroVermelho na direção. Aliás, quais são as chances de um ginger ter a palavra “vermelho” no nome? Caramba, isso é uma coincidência tão grande quanto se o diretor de um filme do Homem-Aranha tivesse “Teia” no nome, né?

SEM PROTEÇÃO

Em Sem Proteção, conhecemos Sharon Solarz (Susan Sarandon) que, após ser procurada pelo FBI por 30 anos, finalmente é capturada. Acontece que ela fazia parte de um grupo de hippies antiguerra e eles acabaram matando um segurança após um assalto a banco. Isso gera muita comoção entre os seus antigos parceiros, que estão, em sua maioria, com identidades secretas, embora curiosamente nenhum deles use a cueca por fora da calça.

Jim Grant (Robert Redford) é uma dessas identidades secretas e, quando Solarz é presa, ele sai pelo país buscando limpar seu nome. Só que ele não contava com o retorno de Shia LeBüfe às telas como um repórter incansavelmente em busca da verdade.

A sinopse é complicada, e a trama também. Este é daqueles filmes conspiratórios em que ninguém é o que parece ser, e isso também contribui para torná-lo intrigante. O começo é bem lento, mas logo você começa a se envolver e a curiosidade para descobrir qual diabos é o plano do Betão prende a atenção.

No final, quando ele finalmente chega ao seu objetivo, há um diálogo bem legal, onde são discutidos os objetivos do grupo do qual fazia parte e suas ideologias políticas. Este diálogo é a melhor parte do filme, e é dele que vem boa parte dos Alfredos na nota.

Como você deve ter percebido, no entanto, não há muitos Alfredos na nota. Isso porque, apesar se ser intrigante, a obra não é lá muito interessante. Não empolga em nenhum momento, e chega inclusive a causar tédio em boa parte da projeção. No final melhora, mas infelizmente não melhora o suficiente para recomendar que você gaste seu rico dinheirinho no ingresso. Sem Proteção é tão genérico quanto o título nacional dá a entender e, como tal, se torna o mais novo orgulhoso integrante do clube dos filmes nada.