Se você gosta de Lemmings, precisa jogar Pop-Up Pilgrims

Não deixe os peregrinos se suicidarem.

0
Pop-Up Pilgrims, Delfos

Tem alguns jogos que todo mundo já jogou. Um deles é Tetris. Outro, mais relevante para o assunto de hoje, é Lemmings. Se você gosta do jogo dos bichinhos suicidas, com certeza vai se divertir bastante com Pop-Up Pilgrims, que chega exclusivamente ao PS VR.

Pois é, estimado leitor de tantas lutas e confortos. Pop-Up Pilgrims pega a ideia de Lemmings e a traduz muito bem para a realidade virtual. Basicamente, tem uma nuvenzinha que vai para onde você olhar. Ela funciona como um cursor, e com ela você deve guiar um grupinho de peregrinos para a saída. Simples. Divertido. Viciante.

Inicialmente, basta ajudar os peregrinos a pular entre as plataformas, o que você faz apertando o R2. Obviamente, a coisa até começa fácil, mas vai ficando bem mais complicada conforme você avança na campanha. Você logo vai precisar pegar pedrinhas que abrem a saída quando levadas até seu destino, colecionar itens que carregam habilidades consumíveis e, claro, usar estas habilidades consumíveis. Isso enquanto há inimigos que podem empurrar seus peregrinos ou até mesmo matá-los.

Pop-Up Pilgrims, Delfos
Olha o anjinho que anteriormente era um peregrino.

As primeiras fases demoram poucos minutos, mas logo a coisa fica tão complexa que levar todo mundo até a saída pode levar um bom tempo. Minha tática, assim como fazia em Lemmings, é deixar a turminha na plataforma de início, que normalmente é segura, e levar apenas um até os itens, botões e demais coisas que preciso cumprir para abrir a saída. E não raro, meu peregrino virava anjinho e eu tinha que recrutar outro “voluntário” para a missão.

REALIDADE VIRTUAL

O jogo usa muito bem o fato de ser em VR. O visual é uma fofura, com personagens e cenários que parecem feitos de papel. A profundidade é bem implantada e é comum você precisar se mover para encontrar itens e objetivos que podem estar atrás de uma árvore ou algo do tipo. As fases também fazem um bom trabalho em encher seu campo de visão sem necessitar que você fique assumindo posições desconfortáveis. Além disso, a música tem uma alegria contagiante que deixa difícil jogar sem dar uma dançadinha.

Pop-Up Pilgrims é jogado com o Dualshock e usa poucos botões, tornando-o um daqueles casos em que é fácil aprender a jogar, mas difícil de terminar. Inclusive, ele é bastante longo, com seis mundos que trazem 10 fases em cada um, incluindo uma fase chefe que costuma ser pauleira.

Meu principal problema com ele é algo que acontece com frequência no PS VR: a imagem vai andando por vontade própria para a direita, e por algum motivo, segurar options, que deveria resetar a visão, não o faz apropriadamente. A única solução que conheço é desligar e ligar o headset, e leva uns 30 segundos para a imagem voltar a aparecer no visor, além de que ficar nesse liga/desliga não deve ser bom para o aparelho.

Pop-Up Pilgrims, Delfos
Nesta screenshot, por exemplo, eu estava olhando para a frente, e este quadro deveria estar centralizado.

Isso acontece em vários jogos e não tenho certeza de até que ponto é culpa da desenvolvedora ou de limitação do hardware, mas este é um dos jogos em que isso aconteceu com mais frequência e mais rápido. Eu tinha que desligar o headset sempre entre uma fase e outra, e às vezes até no meio delas ou era obrigado a jogar em posições desconfortáveis.

POP-UP PILGRIMS

Isto é um problema técnico, no entanto, uma inconveniência bem comum no PS VR. Não chega a tirar o brilho do jogo, especialmente para fãs de Lemmings que estavam carentes de um novo jogo do gênero.

Pop-Up Pilgrims realiza sua proposta muito bem, com um audiovisual caprichado e um excelente uso da realidade virtual. Se o gênero te apetece, pode comprar sem medo.