Harry Potter e a Ordem da Fênix

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Harry Potter e o Cálice de Fogo: O filme.
Harry Potter and the Prisoner of Azkaban: O game.
Harry Potter e o Cálice de Fogo: O livro.
Harry Potter e o Cálice de Fogo: Livro vs. Filme

Cara, a J.K. Rowling deve ser uma pessoa deveras chata. Assim como foi feito na cabine de Harry Potter e o Cálice de Fogo, novamente o material de imprensa (como imagens do pôster do filme) vem acompanhado de uma lista com um monte de frescuras que devem ser seguidas caso o veículo opte por utilizá-lo. Tem um monte de regras chatas, como não poder cortar as imagens (o que é ridículo, já que os veículos têm que adequá-las ao padrão do seu layout) ou ter que colocar linhas de copyright. Dentre elas, a pior, contudo, é a proteção contra cópia.

Que eu saiba, não existe absolutamente nenhuma forma de um site impedir a cópia das imagens. Mesmo sendo flash ou qualquer outra tecnologia que eu conheça, ela só é exibida na sua tela se for copiada para seu computador (tudo bem que nem todos sabem mexer em cache e em coisas do tipo). Ou seja, todo site que utilizar as fotos, já não estará seguindo as regras.

Isso já tinha me incomodado no filme anterior e inclusive manifestei essa opinião na resenha apropriada, mas, caramba, insistir nisso é burrice. E não é coisa da Warner, pois eles lançam um monte de filmes tão grandes quanto esse sem essas frescuras. É coisa da Rownling mesmo.

Eu entendo a preocupação dela proteger sua propriedade intelectual, mas uma coisa é impedir que o texto do livro ou o filme sejam copiados, outra é impedir que o pôster do filme seja reproduzido! Mesmo que algum delfonauta copiasse o pôster e o colocasse em um blog, que mal isso faria? É um material de divulgação, cacilda! Quanto mais se espalhar pelo mundo, melhor para ela, pois vai fazer com que mais pessoas pensem no filme!

De qualquer forma, a propriedade intelectual é dela e ela faz o que quiser com isso. Justamente por não concordar com as abusivas e estúpidas regras para reprodução do material essa resenha não tem nenhuma imagem e o destaque da capa está com o sorrisinho maroto do nosso dragão preferido. E você agora sabe que todos os sites que veicularem imagens do filme estarão perigando de serem processados pela autora que é quase tão rica quanto a rainha da Inglaterra.

Mas vamos ao filme. Com os desastres que vieram após a saída de Chris Columbus da direção, eu tinha perdido completamente a fé na franquia. Eu a via mais ou menos como a maior parte das pessoas vê Star Wars: teve ótimos filmes no passado, mas os mais recentes não fazem jus ao seu legado. Contudo, foi com imenso prazer que me surpreendi positivamente com Harry Potter e a Ordem da Fênix.

Aparentemente, desistiram daquela bobeira de fazer os filmes serem sombrios e fizeram deste o que a franquia Harry Potter nunca deveria ter deixado de ser: mágica. E a mágica está impressa em cada fotograma do filme, seja na beleza dos cenários, nas criaturas fantásticas ou mesmo na incompreensível escolha de uma pedra (chamada Daniel Radcliffe) para interpretar um personagem tão importante. Aliás, se eu fosse fazer um desenho tipo South Park, que tira sarros de celebridades, provavelmente reproduziria Radcliffe como sendo uma pequena pedra, de óculos e cabelinhos fashion. Só não acho que conseguiria fazê-la ser tão inexpressiva quanto o ator.

O quinto ano em Hogwarts já começa conturbado. Com o retorno de Voldemort no final da história anterior, os bruxos do bem são obrigados a fazer planos de defesa e assim reformam a Ordem da Fênix, sociedade secreta criada para combater aquele que não deve ser nomeado. Paralelamente, a nova professora de defesa contra as artes das trevas parece ter objetivos escusos, pois não está disposta a ensinar feitiços de defesa para as crianças. Aliás, isso de todo ano o vilão ser o novo professor de defesa contra as artes das trevas já deu, né? Hogwarts devia eliminar a matéria de vez e parar de colocar seus alunos em perigo contratando esses loucos para a vaga. Enfim, diante do novo perigo e da falta da disciplina, os alunos decidem se organizar por conta própria para poder se defender de um possível ataque do malvadão, no melhor estilo Adava Kedavra e tal.

Praticamente todos os personagens principais estão de volta, nem que seja em pequenas pontas. Draco Malfoy, por exemplo, entra mudo e sai calado, é praticamente um figurante. Outros, como Sirius Black e Cho Chang têm um pouco mais de destaque, mas a maioria está lá apenas para marcar presença. E é triste que um personagem como o Snape não seja melhor aproveitado.

Quando o clímax se aproxima, contrariando todas as convenções hollywoodianas, é quando o longa atinge sua parte mais chata, culminando com o momento onde Harry vira para Voldemort e fala “você que é fraco, pois nunca vai conhecer a amizade e o amor”. Ah, faça-me o favor! Essa é uma das frases mais clichês e mequetrefes que eu já vi no cinema e tem todo o jeito de estar no livro também (não, eu não o li). J.K., você é mais criativa do que isso! Também fiquei um pouco decepcionado com a minúscula participação da Ordem da Fênix. Poxa, a tal sociedade secreta dá nome ao episódio e praticamente nem aparece.

Apesar desses problemas (que o impediram de levar o Selo Delfiano Supremo), Harry Potter e a Ordem da Fênix é deveras divertido, pois traz de volta a mágica e a fantasia dos dois primeiros filmes e o melhor, utiliza essas características para contar uma boa história. E falando em ordens e sociedades secretas, estou atrasado para a reunião da Ordem Delfiana Secreta. Aparatar!

REVER GERAL
Nota
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
harry-potter-e-a-ordem-da-fenixPaís: EUA<br> Ano: 2007<br> Gênero: Fantasia<br> Roteiro: Michael Goldenberg<br> Diretor: David Yates<br> Distribuidor: Warner<br>