O que dizer de um filme que, logo na primeira cena, mostra um nenê fazendo cocô na boca de um sujeito? Daí, logo em seguida, deixa claro que um dos motes do longa serão os daddy issues de um dos protagonistas. Eu sei o que dizer: pior primeira impressão da história.
Esse filme é Eu Queria Ter a Sua Vida, e ele não poderia começar de forma pior. Compare, por exemplo, a cena de um cara comendo cocô com a abertura desse filme aí embaixo.
Não estou dizendo que a cena é melhor por ser uma luta, longe disso. Mas repare no estilo, na beleza, na música. Enquanto alguns filmes começam deixando o espectador boquiaberto ou gargalhando, Eu Queria Ter a Sua Vida começa com um sujeito comendo cocô. E foi exatamente assim que eu me senti durante toda a projeção: como se estivesse sendo obrigado a engolir cocô.
E o filme até poderia ser divertido. Tem um monte de comédias de troca de corpos por aí e elas têm poucas diferenças e muitas semelhanças. E a principal das semelhanças é que esses filmes são, em geral, divertidos. E era apenas isso que eu esperava da troca de corpos entre Jason Bateman e Ryan Reynolds.
Verdade, em algumas cenas ele conseguiu arrancar algumas gostosas risadas. O nenê batendo a cabeça no berço, por exemplo, é genial. Infelizmente, esses poucos momentos engraçados são apresentados em meio a muito xixi (até a troca de corpos é feita mediante xixi), cocô e diarréia. Ah, a diarréia, amigo delfonauta. Alguém aí gostaria de ver uma mulher linda como a Leslie Mann sentada na privada, tendo diarréia e falando palavrões como um caminhoneiro? Se você disse que sim, eu tenho medo de você. E por que diabos ela aceitou fazer uma cena como essa? Por quê, por Tutatis!?
Se a sua ideia de humor envolve fluidos corporais e coisas que as pessoas fazem no banheiro, Eu Queria Ter a Sua Vida foi feito para você. Mas, se esse for o caso, o que diabos você está fazendo no DELFOS? Este site não foi feito para você! =P
