Do Not Open, disponível para PS4, PS5 e Windows, é um game de terror um tanto diferente dos Resident Evils da vida. Para mim, pessoalmente, o que ele faz de criativo não é especialmente legal. Porém, vou descrevê-lo aqui para você saber se seu estilo te interessa ou não.

DO NOT OPEN

Após o puzzle que dubla de tutorial, Do Not Open tem uma rotina bem clara. Você está na sala de uma bela e assustadora mansão, e tem várias portas para entrar. Escolha uma, e estará preso dentro de uma pequena fase. Para escapar, é necessário solucionar um puzzle, mas a pegada é que todos os itens são aleatórios.

Do Not Open, Terror, Escape Room, Delfos
O puzzle das facas é um bom exemplo.

Ilustro com o da cozinha. Logo na entrada, tem um livro de receitas, dizendo que você deve cortar cinco ingredientes. A ordem e os ingredientes são aleatórios. Daí você deve sair abrindo todos os móveis da fase em busca das cinco facas, que estarão escondidas em lugares diferentes a cada nova tentativa. Finalmente, deve colocar as cinco facas na ordem solicitada pela receita.

Ou seja, mesmo que você saiba qual faca é usada para qual ingrediente, precisa ver a ordem em que deve colocá-las, e encontrá-las. O problema é: olhe a imagem acima. Você sabe qual faca serve para cortar queijo, pão, fruta, batata e carne? Eu sinceramente não sei. Aqui em casa, uso o mesmo tipo de faca para tudo isso. Porém, para sair da cozinha, você precisa saber. Ou organizar na base do chute.

A PRESSÃO DO TEMPO

Assim que você entra na área do puzzle, um cronômetro é ligado. Quando ele chega ao zero, um monstro invade a área e fica perambulando pelo local até você sair. Tentar resolver qualquer coisa no chute não é recomendado, pois cada tentativa errada tira um minuto do cronômetro. E o jogo não tem pausa, então não dá nem para ir ao banheiro sem ser cronometrado. Do Not Open é igual à vida de um proletário.

Do Not Open, Terror, Escape Room, Delfos
Sai pra lá, monstro!

A pressão nunca para, no entanto. Assim que qualquer puzzle é resolvido, mesmo que haja sobra de tempo, o monstro chega. Então você precisa chegar à saída da área usando de estratégia para passar pelo monstro. Desnecessário dizer que não é legal solucionar um puzzle e morrer no caminho para a saída. Especialmente porque, como os itens de solução são aleatórios, mesmo que você saiba o que fazer, é trabalhoso passar por todos os passos para coletar todas as informações que mudam a cada tentativa.

NÃO ABRA DO NOT OPEN

Do Not Open é um jogo bem curto. Eu não o terminei, mas a julgar pelos troféus, há apenas cinco áreas para escapar, contando com a inicial. Segundo vídeos do game completo, é possível terminar em 30 minutos.

Embora você possa escolher em qual porta da sala entrar, a ordem das fases é pré-determinada quando você começa o jogo. Aparentemente, esta ordem é diferente cada vez que inicia uma partida, mas uma vez que você continua no mesmo save, está preso na ordem escolhida pelo game. Ou seja, não interessa em qual porta entre, vai sair sempre na mesma fase até conseguir vencer.

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Alguém me explica essa tara de jogos de terror por privadas sujas?

Do Not Open é um game para ser jogado várias vezes, e os troféus refletem isso. Ele propõe desafios como vencer sem ser visto pelo monstro ou sem falhar os puzzles. A aleatoriedade das soluções também aponta isso. É o tipo de coisa que eu sei que tem quem gosta. E acredito que muita gente pode se interessar por uma interpretação roguelike de um survival horror/escape room.

Eu não sou uma dessas pessoas, embora ame o gênero terror. Mas é bem fácil saber se Do Not Open vai te apetecer por essa descrição. Aqui, o que você espera é exatamente o que vai receber.