Esta é nossa crítica Transformers O Despertar das Feras. Pelas minhas contas, deve ser o quadragésimo segundo filme dos robôs transformistas. Eu até cobri os primeiros, mas chegou a um ponto em que meu colega e xará Carlos Cyrino estava pegando as cabines, então simplesmente não precisava mais me submeter a isso. Cyrino, você faz falta, porque agora eu que preciso assistir a essas porcarias!

CRÍTICA TRANSFORMERS O DESPERTAR DAS FERAS

Para falar a verdade, eu não achei Transformers O Despertar das Feras tão porcaria assim. De fato não é um filme bom, mas na minha memória a franquia era bem pior. Como um filme de ação/super-heróis, ele até me entreteve nas duas horas em que durou.

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Curiosamente, O Despertar das Feras não é uma continuação, mas uma prequência. Passado em 1994, acontece antes dos anteriores, quando os autobots ainda não estavam tão acostumados a trabalhar com humanos. Aliás, eles têm aqui um desejo bem egoísta: voltar para casa.

Para conseguir a façanha, eles precisam coletar duas chaves mágicas. O problema é que o vilão pode usar essas mesmas chaves para comer todos os planetas do universo, no melhor estilo Galactus. Então os humanos que aparecem aqui também têm um objetivo egoísta. Afinal, eles não querem vilar papinha de super-vilão. Ah, e daí tem os Maximals, robôs com visual de feras, que existem por nenhum outro motivo além de que são brinquedos muito legais. E este é meu principal problema com Transformers.

ÓTIMOS BRINQUEDOS, NARRATIVA FRACA

Assim como Weird Al, eu sou um cara que gosta de uma bobeira. Mas tem bobeiras que eu engulo. Já Transformers, devo dizer que as historinhas que inventava quando brincava com meus brinquedos eram mais realistas. Eu simplesmente não engulo que alienígenas humanóides robóticos (inclusive com seios, bigodes e óculos, tudo mecânico) se transformem em carros de luxo terráqueos. Não faz mais sentido que eles sejam máquinas construídas pelos humanos, uma coisa meio Robocop?

Eu não consigo engolir isso, e em uma mídia puramente narrativa, como o cinema, não dá pra eu brincar com os robôs, o que tira todo o apelo da marca para mim. Mais de uma vez, algum personagem aponta o fato de a história em si ser ridícula, e em alguns casos eu até gosto desse tipo de piada. Mas você precisa aceitar a premissa para se divertir. Tipo, tudo bem clonar dinossauros ou ganhar poderes através de radiação, mas não rola pra mim pensar que um alienígena por acaso se transforma em um Porsche, inclusive com a marca escrita, sem nunca ter visto o carro. Eu fiz o possível para ignorar esse detalhe, e assim consegui me divertir um pouco, mas esta série é a definição de “desligar o cérebro”.

OPTIMUS PRIMAL

Apesar da premissa esdrúxula, como filme de ação/super-heróis, ele consegue até ser mediano. É simplesmente impossível para um nerd como eu ver robôs gigantes explodindo tudo nas ruínas incas e não pirar o cabeção, mesmo que nada daquilo faça sentido como história.

E o filme tem algumas cenas de ação e piadas legais. Em especial, o personagem Mirage é deveras divertido e rouba a cena sempre que aparece. Como um alívio cômico, ele é bem importante no começo do filme, mas quando as coisas ficam mais sérias, acaba relegado ao papel de coadjuvante. E por falar em coadjuvante, tem outra coisa que Transformers O Despertar das Feras faz que é uma ofensa à inteligência. Mas caso você considere o destino inicial de um personagem que participou de todos os outros filmes um spoiler, fica o aviso.

O SPOILER ENVOLVE O BUMBLEBEE

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Esta imagem está aqui para te separar do spoiler que nem spoiler é.

Provavelmente o Transformer mais popular é Bumblebee, que já ganhou até um filme solo. Agora acredita que eles resolvem matar ele na primeira cena de porrada do longa novo? Sabe porque isso é ofensivo? Ora, a gente viu o personagem nos outros filmes, que acontecem depois. Ou seja, ele tinha plot armor total. Era tão óbvio que seria ressuscitado que é curioso porque se deram ao trabalho de fazer draminha. A impressão que fica é que queriam o Mirage no filme, mas os roteiristas não conseguiram conciliar dois alívios cômicos, então deram um jeito de tirar um deles pela maior parte do filme.

TRANSFORMERS, O DESPERTAR DAS FERAS E O UH-TERERÊ!

E esta é nossa crítica Transformers O Despertar das Feras, também conhecido como Transformers 42: A Paixão de Bumblebee. Eu já desisti desses filmes muito tempo atrás, e nunca teria pago para assistir a um novo (ou mesmo dedicado o tempo para ver de graça na TV). Dito isso, não fiquei entediado durante a projeção. Se a definição “desligue o cérebro e divirta-se” lhe apetece, talvez haja algum valor para você. Mas se estamos falando dessa definição, por que não ficar com Velozes e Furiosos 10, que é muito melhor até mesmo nessa proposta?

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