O cinemão pipoca tem um novo paradigma. Novo? Não tanto, na real. Desde que a Disney começou a monopolizar a cultura pop, este novo estilo de blockbuster ficou claro. São filmes de ação de alto orçamento, que investem tanto no humor quanto nos efeitos especiais. E, de preferência, trazem marcas conhecidas. Hoje é dia da nossa crítica Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes.

CRÍTICA DUNGEONS & DRAGONS HONRA ENTRE REBELDES

E, sabe? Eu não acho isso ruim. Sim, a gente pode – e deve reclamar – da falta de espaço nos cinemas mais comerciais para filmes de outros gêneros. Dito isso, o gênero ação com humor muito me agrada. Digo mais, se fosse escrever um roteiro de cinema, acho que naturalmente me aventuraria por este gênero. Já pensou, eu escrevendo algo com apelo comercial? Não, isso nunca vai acontecer.

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Dungeons & Dragons o filme é exatamente o que você espera, inclusive com a marca famosa. Marca esta, aliás, que convenhamos que não faz diferença alguma além de chamar a atenção. Afinal, isso não é uma adaptação de Cavernas do Dragão, embora faça uma forte referência aos aventureiros que nunca conseguiram voltar para casa.

SINOPSES E DRAGÕES

Aqui acompanhamos a aventura de um grupo de ladrões. Manja aqueles roubos para encerrar a carreira? Pois é, deu errado. Quem diria? Daí o Chris Pine e a Michelle Rodriguez foram presos. Ao sair, descobriram que seu colega Hugh Grant virou um grande vilão. Pior, ele adotou a filha do Hollywood Chris, que não quer saber do pai. Agora eles vão reunir a banda antiga para o maior de todos os assaltos: pegar a filha de volta.

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Cara, acredita que só ao escrever isso eu percebi como essa história é batida e ruim? Convenhamos, é uma patacoada que chega a ser ridícula. No meu papel de crítico de cinema imparcial, admito que nem percebi isso enquanto assistia. Na verdade, todas as piadas, efeitos especiais e o espetáculo da coisa toda me deixaram sorrindo a sessão inteira.

Fazer o quê? Alguém um dia comentou aqui no DELFOS que eu só falo bem de filmes da Marvel. Isso é falso, mas admito que eu gosto muito desse gênero. Quando é bem-feito e divertido, me entretém e isso em geral é o suficiente para uma recomendação minha. Mas, ei, eu já falava bem de filmes assim antes de isso ser legal.

DUNGEONS E CRÍTICAS

Como crítica, falaria que estou um tanto cansado desses mundos fantasiosos (o que vale também para Star WarsHarry Potter e tantos outros) focarem tanto nos personagens humanos. Normalmente tem uma infinidade de criaturas legais e também racionais nesses mundos, mas acredito que nunca vi uma história focada num deles. Sei que é para economizar na CG, mas até o Mandalorian, que nem mostra a cara, é humano, pô. Precisa?

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Agora que eu parei para pensar e escrever sobre a história, vejo que ela realmente é fraca. Mas não muda o fato de que a jornada foi gostosa, repleta de cenas legais. O momento em que eles vão a um cemitério sagrado para fazer perguntas pros presuntos é especialmente bobo (no bom sentido), assim como o ataque do dragão gordinho, que acaba servindo como uma excelente cena de ação também. Ele tem também várias referências à cultura pop, como filmes de faroeste ou até mesmo uma reprodução de uma cena famosa de Vingadores.

Essa é a pegada. Dungeons & Dragons Honra Entre Rebeldes é a típica diversão descompromissada. Um filme pipoca que literalmente deu pipoca para os jornalistas comerem durante a sessão (anos atrás isso era comum, mas hoje em dia anda bem raro). O tipo de coisa para curtir no cinema num sábado e depois sair para comer uma pizza. O que até hoje considero um excelente date. Bora?