Crítica Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal: extremamente maligno

Este é o filme que tem participação do vocalista do Metallica.

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Crítica Ted Bundy, Zac Efron, Delfos

Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal é o sétimo longa baseado na história de um dos serial killers mais famosos da história. É também o primeiro deles que eu assisto. Meu conhecimento da carreira extremamente maligna, chocantemente malvada e vil do sujeito se resumia ao senso comum. Então aqui teve muita novidade para mim. Crítica Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal

EXTREMAMENTE MALIGNO Crítica Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal

Crítica Ted Bundy, Zac Efron, DelfosTed Bundy – A Irresistível Face do Mal é bem diferente do que eu imaginei que seria. Os assassinatos não são mostrados e não há absolutamente nenhuma violência gráfica. Ele é, na verdade, um drama de tribunal.

A história começa quando Tedão inicia um relacionamento com Liz Kendall (Lily Collins). Pouco depois, ele é preso e começa a ser investigado por uma série de crimes. Ele mantém sua inocência durante toda a projeção. Quando começa a ficar claro que as acusações vão longe, Liz passa a ignorar as tentativas de contato de Ted, e ele acaba se envolvendo com outra mulher, que viria a ser a mãe de seu filho. O foco do filme é no julgamento televisionado de Ted e em sua relação com estas duas mulheres.

E você sabe, eu gosto de dramas de tribunal. Bem mais do que gosto de cinebiografias. Isso torna este filme muito mais aprazível para mim do que uma tradicional cinebiografia, e o aproxima de histórias como aquela temporada de American Crime Story que retrata o julgamento de O. J. Simpson. Ajuda bastante o fato de este ser um bom drama de tribunal.

CHOCANTEMENTE MALVADO

Pessoas da minha geração costumam lembrar do julgamento de O. J. Simpson como aquele que mais foi espetacularizado pela mídia, mas o de Ted Bundy veio antes e teve algumas peculiaridades interessantes.

Ted era um sujeito inteligente, estudante de direito e com algum conhecimento legal. Ele também era carismático e bonitão. Isso fez com que as mulheres da época acreditassem em sua inocência. Assim, ele acumulou uma legião de apoiadoras.

Crítica Ted Bundy, Zac Efron, Delfos
How are you doing?

Ele também negou veementemente todas as acusações até literalmente o fim (ele confessou pouco antes de ser executado), o que ajudou a gerar dúvidas do tipo “será que ele é?”.

Tudo isso é bem representado no filme, que apresenta o sujeito sem fazer juízos de valor. O Ted de Zac Efron é, como o da vida real, um sujeito carismático e inteligente, que apresenta bons argumentos a favor de sua inocência.

Na verdade, o filme deixa sua culpabilidade tão em aberto que até me surpreendi quando cheguei ao escritório, acessei a página da Wikipédia do cara e o vi representado como um assassino sem sombra de dúvida.

VIL

E seus crimes são realmente dignos dos superlativos que compõem o título original do longa. Embora não haja violência por aqui, os assassinatos são descritos de forma bem gráfica no julgamento e mesmo sendo apenas pessoas falando (uma delas Jim Parsons, o Sheldon de The Big Bang Theory), a coisa ainda impressiona e dá nojo.

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Bazinga!

Outra curiosidade digna de nota, e que provavelmente vai levar algumas pessoas ao cinema, é a ponta de James Hetfield, o vocalista do Metallica. Ele faz o papel de um policial de cabelos brancos que dá as caras logo no início do filme. Tem algumas falas, mas é realmente uma ponta, tendo apenas alguns segundos de tela. E já que falamos em pontas inusitadas, temos aqui o retorno de Haley Joel Osment, o menininho de O Sexto Sentido, agora crescido e irreconhecível.

Eu não esperava nada de Ted Bundy – A Irresistível Face do Mal, e me surpreendi ao deparar-me com um longa não apenas competente, mas que é muito bem sucedido em entreter e se manter interessante durante toda sua duração. Se você também curte dramas de tribunal, vale o ingresso, sem objeção.