Constantine

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“Aqui é Constantine. John Constantine, idiota”. Baseado nos quadrinhos da Vertigo, que é da editora DC Comics, que é da Warner, que tem a Time, que é da AOL (e ainda tem gente que diz que não existe monopólio), Constantine chega aos cinemas após gerar muita polêmica na comunidade nerd. Dizem os mais xiitas que o ocultista John Constantine não é um personagem adaptável para os cinemas (pelo menos não em um filme hollywoodiano) afinal, trata-se de um personagem adulto, que aborda temas sérios como a religião em histórias cheias de violência.

Nunca fui muito de acompanhar quadrinhos adultos. Como o amigo delfonauta já deve saber, eu gosto mesmo é do Homem-Aranha que de adulto não tem nada. Por isso mesmo, conhecia muito pouco do Constantine, embora sempre tenha achado que se tratava de um personagem bem interessante. Por isso mesmo, pude assistir a esse filme sem as idéias pré-concebidas dos fanáticos pelo personagem e sem me preocupar com coisas como a mudança de nacionalidade do personagem (nos gibis ele é inglês). E, cara, eu me diverti pra caramba.

Nos primeiros minutos, parece até que estamos assistindo a um filme de terror assustador na linha de O Exorcista (aliás, o início parece muito com o longa da garota possuída). Contudo, a partir do momento em que Constantine (Keanu Reeves) dá as caras, o filme abre mão do terror para se tornar um filme de ação dos bons.

A premissa é a seguinte: existe uma guerra entre o céu e o inferno. Alguns representantes de ambas as partes vivem com a gente aqui na Terra. Contudo, eles não podem interferir diretamente nas nossas vidas, apenas influenciar. Essa regra serve para manter o equilíbrio. O problema é que esse equilíbrio foi afetado e cabe ao nosso herói resolver o problema e colocar o mundo de volta nos eixos.

Ok, admito que não é lá muito original, mas vai por mim, o filme é danado de bom. A condução da história prende a atenção, a trilha sonora é legal e os efeitos especiais são embasbacantes. Constantine tem tudo que um bom filme de ação deve ter. E isso, é claro, inclui a donzela em perigo interpretada pela deliciosa Rachel Weisz que fica boa parte do tempo com a camisa molhada. Mas calma, garotas, afinal, se vocês têm o Keanu no filme para suspirarem, nada mais justo que nós tenhamos a Rachel, certo? 😉

Quando o filme é bom, realmente não tem muito motivo para ficar se estendendo na resenha. Ouvi algumas pessoas reclamarem das atuações, mas na minha opinião, isso é coisa de jornalista chato que só assiste filme iraniano. Para nós, que queremos nos divertir, não é nada que chegue a incomodar. Quem agüentou Keanu Reeves em Matrix, filme muito mais pretensioso, não tem por que se incomodar com o dito-cujo em Constantine. Falei, falei, mas essa resenha pode ser resumida a uma única frase: “vai assistir Constantine, meu!”. Ele estréia essa sexta.