De todos os mangás (posteriormente adaptados para animês) sobre os quais eu li alguma coisa a respeito, Attack on Titan sempre me pareceu ser um dos mais interessantes. Vale lembrar, aqui no Brasil o mangá também é conhecido como Ataque dos Titãs, e é publicado pela Panini.

Na trama, a humanidade é atacada por criaturas humanóides gigantescas, os titãs, que se alimentam de pessoas e são extremamente difíceis de matar, morrendo de vez apenas quando são atingidos na nuca. Ou seja, são praticamente zumbis em tamanho família!

Cem anos depois, os humanos se reorganizaram numa sociedade protegida por uma gigantesca muralha para manter os titãs fora. Só que um dia eles conseguem entrar e voltam a criar o caos.

Bom, o mangá está sendo adaptado em um animê que tem sido bastante elogiado, até onde eu sei. E ganhou dois filmes em live action, que na verdade contam uma história só dividida em duas partes.

Delfos, Attack on Titan, CartazComo parte da iniciativa Anime Nights, a rede Cinemark vai exibir o primeiro filme em algumas de suas seletas salas. O que é estranho, considerando que tecnicamente um live action não é um animê. Mas ei, a cavalo dado não se olha os dentes! E eles já fizeram isso antes com o filme do Death Note, embora, na ocasião, acho que eles ainda não tinham batizado essa ação  como Anime Nights

Enfim, a premissa do filme de fato é bem legal e seu começo é muito bacana, sobretudo com a primeira aparição de um titã e a invasão à comunidade murada. São as melhores partes do filme e não se furtam a ter bastante sangue e membros decepados, ainda que o tom geral da película seja mais para o infantojuvenil.

O visual dos titãs ficou bem legal, misturando técnicas de maquiagem de efeitos especiais com computação. Tem um em particular, com uns olhos meio esquisitos, que eu achei bastante engraçado e assustador ao mesmo tempo.

E no fim das contas, os japoneses são mestres de longa data em contar histórias girando ao redor de criaturas gigantes. Esta aqui não foge à regra e tem um pouco de tudo: sobrevivência, sacrifício, e até relacionamentos.

Attack on Titan, Delfos
Esse é o titã que me fez rir e me deu medinho ao mesmo tempo.

Uma coisa que eu não curti muito foi a forma que os humanos desenvolveram para atacar os titãs e conseguirem alcançar suas nucas. A coisa gira em torno de uma espécie de disparador de arpéus, que eles vão atirando nas paredes dos prédios para se içarem pelos ares e atingir o ponto fraco do inimigo com espadas (isso sim é sempre legal). Embora visualmente fique bacana, é algo que por algum motivo não consegui comprar. Mas é uma neura minha e não um defeito.

No mais, como se trata apenas da primeira parte da narrativa, a história não termina, mas eu diria que eles escolheram um bom momento para interrompê-la, com uma virada bem WTF?! e um gancho para a segunda parte. Eu fiquei curioso para saber como termina a história, então diria que a tática funcionou.

Pela rápida pesquisa que fiz a respeito do longa, parece que mudaram bastante coisa com relação ao mangá e animê. Cortaram muitos personagens e alteraram as características de outros. Talvez isso desagrade aos fãs mais puristas, mas para um leigo, como eu, esta primeira parte da versão live action de Attack on Titan rendeu uma diversão a contento e ligeira.

Se você se interessou e quer conferir na tela grande do cinema, ele será exibido nesta quarta-feira, dia 4. A relação das cidades, salas e horários de exibição, você confere aqui.