Eu esperava que este fosse um joguinho bem legal. Não especialmente marcante, mas algo na linha daquele hack and slash do Samurai Jack ou do beat’em up do Monkey King, sabe? Tipo um jogo de ação licenciado que, por pura limitação de orçamento, acaba não tendo toda a gordura que estamos acostumados a ver por em games maiores. Quer saber mais? Então vem ler a análise Zorro The Chronicles.

ANÁLISE ZORRO THE CHRONICLES

Uma forma bem clara de definir Zorro The Chronicles é como um Hitman para crianças. Cada fase é um mapa independente relativamente aberto. Você pode escolher entrar por dois cantos – um furtivo e um chutando o pau da barraca e tem alguns objetivos soltos. Coisa tipo “encontre os três pedaços do mapa com a localização do prisioneiro, e daí o liberte”.

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Oi! Eu sou o Zorro!

Você pode explorar todo o mapa em busca de desafios e colecionáveis, ou então correr de um objetivo para o outro. Nos objetivos em si, dá para escolher a abordagem. Entrar escondido, nocautear todo mundo sem ser visto ou sacar a espada e tacar o terror.

Há dois personagens jogáveis, um Zorro e uma Zorra. A diferença entre eles é que a moça tem um coração de vida a mais, e o rapaz tem uma mana a mais.

MOVIMENTACIÓN Y JUGABILIDAD

Tem algumas habilidades interessantes, como um gancho semelhante ao do Batman, mas não tão versátil. Com isso quero dizer que os telhados e lugares altos em que dá para subir são bem limitados. Mas a ideia é meio que aquela básica: suba em um lugar alto, marque os inimigos com a luneta e desvie deles ou faça planos de ataque.

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É uma gárgula? É o Bátima? Não, é o Zorro!

stealth não é muito elaborado. Dá para andar abaixado para se mover em silêncio e, ao se aproximar de um inimigo por trás, basta apertar o botão de ataque para nocauteá-lo. Também dá para atacar de cima, estilão Assassin’s Creed mesmo. O combate é mais diferente.

VIENE PARA LA PUERRADA!

Tem dois botões de ataque. A espada machuca, e o chicote deixa tonto. Também dá para apertar o B para um contra-ataque. Dá para vencer os meliantes com alguns golpes seguidos de espada. Mas o mais interessante é interagir com o cenário. Basicamente, basta “empurrar” o inimigo para qualquer detalhe do cenário e algo vai acontecer. Se for um cavalo, ele leva um coice. Se for uma fonte, ele vai ficar lá, de braços cruzados e emburrado.

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Achou que eu estava brincando, né?

Aliás, esse humor inocente é o que Zorro The Chronicles tem de mais legal. Ninguém morre aqui, eles só ficam cobertos de estrume, pendurados numa beirada ou então emburrados num canto. Estilo “screw you, guys, I’m going home” mesmo, sabe?

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Ou se pá você desenha um Z na roupa deles.

Esse humor bobinho, de “é tudo só brincadeirinha” é o que deixa o jogo gostoso nas suas primeiras horas com ele. É um prazer ver os muitos ataques diferentes e as diversas interações com coisas do cenário. Minha filhinha sentou do meu lado, ficou assistindo às lutas e gargalhando.

ANÁLISE ZORRO THE CHRONICLES PARA NIÑOS

Infelizmente, jogar Zorro the Chronicles é uma sensação parecida com assistir àqueles desenhos de criança bobinhos. Sabe aqueles que as crianças até curtem, mas os pais ficam entediados e acabam dormindo? É por aí.

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O cara nem pra usar uma cueca de coraçãozinho antes de vir lutar comigo.

Acontece que é tudo muito repetitivo. Não tem história nenhuma, é uma fase depois da outra, estilo Mega Drive. E sim, isso pode ser legal, mas daí o gameplay precisa brilhar. E não é o caso.

As animações de Zorro The Chronicles são bem legais e engraçadinhas, mas a jogabilidade simplesmente não é tão gostosa. O combate é engraçado, mas é totalmente button mashing. O gancho, que poderia deixar a movimentação legal, é muito limitado. E não tem glide ou nenhuma forma estilosa de descer dos lugares altos. Tipo, você só se joga. Nem o simples ato de se mover é especialmente bom. Quando você está em uma beirada, é literalmente difícil, parece que o controle não identifica as direções direito.

ANÁLISE ZUERRO LAS CRUÊNICAS

Então o que temos aqui é o tipo de diversão rápida. É legal pegar e fazer uma fase por dia ou algo do tipo. Mas sentar e jogar a história do começo ao fim é convidar o tédio. Até dá para terminar Zorro The Chronicles em um dia. Mas ao mesmo tempo, 18 fases parece simplesmente fase demais para pouca variação. Eu estava literalmente de saco cheio e querendo parar de jogar antes de chegar na metade.

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Eu estava ficando mais emburrado do que meus inimigos.

Não acho que algum gamer adulto vai realmente se divertir por muito tempo com Zorro The Chronicles, mas me parece um jogo simples e bacaninha para as crianças da família. É uma pena que não tenha um coop, pois daí seria uma atividade perfeita para pais e filhos pequenos.