Depois de games enormes, e outros muito esperados, hoje chegamos a um número do nosso especial PS VR2 que foi uma grande surpresa para mim. E esta é minha introdução para nossa análise Jurassic World Aftermath Collection no PS VR2.
ANÁLISE JURASSIC WORLD AFTERMATH COLLECTION
Eu tinha uma ideia de como era Jurassic World Aftermath. Uma boa ideia, na verdade. Sabia que era um jogo de stealth, um survival horror PG-13 em que você precisava se esconder dos dinossauros. Porém, é com alegria que digo aqui que ele é muito mais que isso. É simplesmente um jogo muito legal, que pode ser colocado lado a lado com clássicos do gênero como Outlast, Alien Isolation e Dead Space. Estes, aliás, são três games que vinham sempre na minha cabeça enquanto jogava.
Diria, inclusive, que a única coisa que torna Aftermath discutivelmente menos especial são seus gráficos, claramente bastante limitados por um baixo orçamento. Devido a questões orçamentárias, foi escolhido um estilo desenhado, que a príncipio lembra Borderlands. Porém, é claro muito rapidamente que a coisa aqui é muito menos detalhada. O visual em vários aspectos parece até ser totalmente 2D como games antigos em primeira pessoa. Algo tipo Outlaws, aquele jogo de caubóis da Lucasarts, lembra?
Imagino quão especial seria explorar o parque dos dinossauros com gráficos mais realistas de um game AAA. Isso, claro, estava fora de cogitação, mas imagino que, se fosse o caso, este game seria tão bom quanto Dead Space Remake ou Alien Isolation.
PERTINHO DO MUNDO DOS DINOSSAUROS
Inclusive o level design lembra muito o Dead Space Remake. Você está dentro do parque e, conforme avança a campanha linear, vai abrindo novas áreas e portas. Caso deseje, pode voltar para áreas já visitadas. E assim como em Dead Space, seus objetivos normalmente são recuperar a energia do local, consertar coisas quebradas, etc. A principal diferença, claro, é que não há combate, como em Outlast. Quando um dinossauro aparece, é sebo nas canelas, pois você é indefeso.
Embora o game não tenha cenas de violência, ele é bastante assustador. Quando um velociraptor te encontra, ele corre atrás de você, e a música fica intensa. A única forma de escapar é entrando embaixo de uma mesa ou algo nessa linha, o que faz com que ele tente te alcançar pelos lados. Mesmo depois de eu já saber que ele agia assim, eu continuava dando gritinhos altamente másculos toda vez que entrava numa mesa, olhava para trás e ele estava enfiando a cabeça para tentar me morder. Claro, o fato de ser em VR ajuda bastante no fator medo.
JURASSIC WORLD AFTERMATH NO PS VR2
Inclusive ele ter sido criado do zero tendo o VR em mente o torna até mais gostoso de controlar do que Resident Evil Village (que também é ótimo, não me entenda mal). Afinal, no game da Capcom, os controles de movimento servem basicamente para o combate. Aqui você abre portas, mexe em alavancas, aperta botões. E tudo funciona muito bem com o ótimo controle do PS VR2. Penso quão frustrante ele era no PS VR1, e dou graças a Hammond que só fui jogar agora.
Basicamente, o grosso do gameplay é explorar o parque, vencer alguns minigames e ler e-mails. O chato é quando o jogo quer que você leia e-mails enquanto tem raptors te caçando. Os raptors são os mais comuns, mas tem também outros tipos de inimigos. O T-Rex é um grande destaque em VR, não apenas pelo seu tamanho, mas porque para sobreviver você não pode se movimentar enquanto ele te olha. Isso é bem mais difícil do que pode parecer quando você está com um controle em cada mão e um capacete na cabeça (ou seja, o PS VR2). Imagino que na versão de Switch isso deve perder boa parte da graça, mas no PS VR2 é bem assustador.
ANÁLISE JURASSIC WORLD AFTERMATH PELA SEGUNDA VEZ
Jurassic World Aftermath também se beneficia de não cair na armadilha de Outlast 2, e suas perseguições ininterruptas. Embora tenha bastante perigo aqui, também há várias áreas em que você pode explorar com calma, o que considero vital neste estilo de jogo.
Eu sinceramente esperava que Jurassic World Aftermath fosse um jogo frustrante e meio pentelho de jogar. Fiquei bem satisfeito ao terminar com a sensação de que é um dos games mais completos que já joguei em VR. Especialmente se você excluir jogos também disponíveis fora do VR, como Resident Evil 7 e Village.
Na verdade, Jurassic World Aftermath é o tipo de jogo que gostaria de ver muito mais em VR. Uma aventura completa, com história, gameplay e final. Particularmente, este tipo de experiência me agrada muito mais do que aqueles que são puramente gameplay e que estão tão disponíveis em VR, como os games de ritmo, por exemplo. Se realmente tivermos vários jogos assim ao longo da vida do PS VR2, eu realmente vou ficar satisfeito de tê-lo comprado. Este texto termina aqui, mas nosso especial PS VR2 ainda continua. Mantenha-se delfonado.
