Depois de um episódio muito intenso, é comum séries darem uma esfriada. Este é o caso deste Episódio 4, chamado de Burning Bridges, que segue um terceiro episódio que foi simplesmente fantástico. Bem-vindo a nossa análise de The Council – Episódio 4.
ANÁLISE THE COUNCIL
Ao mesmo tempo que este quarto capítulo é consideravelmente menos intenso do que o anterior, ele também começa a levar a série a sua conclusão. Finalmente as sementinhas plantadas desde o início começam a cair nos lugares certos e os mistérios vão sendo revelados.
Aliás, revelação dos mistérios é o tema de Burning Bridges. Basicamente, a história aqui foca no desenvolvimento das revelações paranormais feitas no episódio anterior. E isso torna difícil fazer comentários, pois não quero spoilerar para aqueles que ainda não jogaram o que rolou até agora.
Particularmente notável é um diálogo que rola no segundo quest de Burning Bridges, entre o protagonista Louis e o misterioso Mortimer. É bastante esclarecedor e demonstra bastante influência dos melhores momentos da história de Assassin’s Creed.
UM JOGO A SER RESOLVIDO
Uma coisa que vem cada vez mais diferenciando The Council dos jogos da Telltale e outros adventures modernos é que este não é apenas uma história onde o jogador toma decisões. The Council realmente espera que você o resolva, com puzzles complexos.
Verdade, é possível avançar na história falhando nos puzzles, mas eu diria que se você escolhe jogar desta forma em sua primeira jogada, está fazendo errado. Afinal, solucionar os desafios que são apresentados faz parte dele.
Há dois quebra-cabeças mais elaborados neste episódio, mas o foco desta vez é mais nos diálogos esclarecedores e nos confrontos – que você deve se lembrar que são os “chefes” de The Council. E estes estão ficando cada vez mais difíceis e com consequências mais graves para a derrota.
Aliás, ao contrário do que acontece na maioria destes adventures modernos, eu realmente sinto que a história de The Council está sendo moldada pelas minhas escolhas. Eu pretendo jogá-lo de novo algum dia e farei escolhas diferentes para constatar a real, mas algumas consequências a coisas que fiz ou deixei de fazer são realmente marcantes.
QUEIMANDO AS PONTES
Uma coisa que está enchendo o saco e que contribuiu para este levar uma nota mais baixa do que os episódios anteriores são seus problemas técnicos. Teve vários diálogos em que os personagens não mexiam a boca ou produziam barulhos estranhos. Pior que isso, no entanto, é que desta vez eu encontrei mais um bug que quebra o jogo.
Eu saí de um quarto para a sacada, mas quando voltava, Louis ficava preso entre a parede e a cama, sem poder sair dali. Tentei sair do jogo e voltar, mas ele salvou minha posição. Tive, portanto, que reiniciar o quest, o que me custou uma hora de progresso.
Faz seis meses que The Council foi inicialmente lançado, o que me parece tempo mais do que suficiente para resolver estes problemas. Especialmente se você considerar que todos os episódios acontecem na mansão, ou seja, é sempre o mesmo cenário.
Outro problema, que não é técnico, mas me desanimou, é que nos dois últimos quests do episódio eu não tinha nada para ler. Não, não estou reivindicando um maior número de cartas e textos, mas aqueles livros que você escolhe no início de cada quest para ganhar upgrades. Aparentemente, eu já li todos eles.
NÃO É PORQUE UM MACACO NÃO VOA QUE UM PÁSSARO É SOBRENATURAL
Felizmente, a história, que é o principal por aqui, continua excelente. The Council conseguiu colocar paranormalidade de forma que não só me agradou, mas se tornou ainda mais interessante. Isso é algo bastante difícil de conseguir, e os roteiristas do jogo merecem muitos elogios por esta façanha.
Falta apenas um episódio para concluir The Council e, apesar dos problemas técnicos, ele caminha a passos largas para ser minha história interativa preferida. Que venha a conclusão. E, com ela, nossa análise final. Mantenha-se delfonado!
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